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Ocupação na UFRJ: DCE não quer Polícia Rodoviária no campus na Olimpíada

Marcelo Auler

DCE Mario Prata ocupa campinho no Camous da UFRJ na Praia Vermelha 13.07.2016 (2)

Na noite de quarta-feira (13/07) cerca de 15 barracas foram armadas por aproximadamente 40 alunos.Eles não querem que o espaço que seria usado para um bandejão passe a abrigar “forças da repressão” nos Jogos Olímpicos. Foto: Mídia Ninja.

No “campinho” da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Praia Vermelha, a promessa de construção de um bandejão, instalado em container, completou dois anos sem se concretizar. Mas, em poucas semanas, a comunidade acadêmica assistiu ser erguida uma nova estrutura para abrigar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante a Olimpíada, Para impedir o uso da área por forças policiais, cerca de 40 alunos, comandados pelo DCE Mário Prata, ocuparam, na noite de quarta-feira (13/07), o espaço. Quinze barracas foram armadas.

Nós estamos absolutamente contrários à presença da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aqui, principalmente pelo fato de ser uma amostra da conivência da Universidade com os Jogos Olímpicos, da forma como ele vem sendo tocado. Somos contra ceder um espaço público, ceder um espaço da universidade para colocar uma força policial que nós sabemos que irá reprimir os movimentos sociais, assim como vem reprimindo durante a preparação para estes jogos, fazendo remoções, proibindo manifestações, etc.. Achamos que o papel da universidade não pode ser o de apoiar uma Olimpíada como esta“, explica Pedro Aquino Paiva, diretor do DCE.

Mapa do Campus da Praia Vermelha UFRJCom o acampamento, os alunos esperam preencher uma lacuna que dizem não ter sido respeitada pela reitoria: o debate aberto com toda a comunidade acadêmica sobre o uso do segundo maior espaço livre da Universidade. Eles querem ter acesso aos contratos firmados pela UFRJ com o Comitê Olímpico Internacional (COI). Esta área fica próxima à Avenida Wenceslau Brás, no bairro de Botafogo.

Além da PRF, segundo Paiva, a Marinha de Guerra também pleiteia o uso de um pedaço do “campinho” para pouso e decolagem de helicópteros.

Ali, na década de 80, chegou a funcionar um bandejão, desativado com o corte de verbas promovido, em 1991, pelo governo de Fernando Collor de Mello. Desde então os alunos brigam para a reconstrução de um novo restaurante já que o desativado virou sucata.

“De 1991 para cá existe uma luta para reabrir o bandejão. Para que se fizesse um  novo porque o que está aqui já é uma sucata e não existe nenhuma função, o prédio está abandonado. Em 2011 conseguimos conquistar da universidade a garantia da construção de um novo restaurante aqui. Mas, ele nunca saiu do papel. O último acordo que tivemos é de que funcionaria em container no campinho. Isto foi prometido pela reitoria há mais de dois anos, e não realizado”, insiste Paiva.

A estrutura da base para a PRF começou a surgir rapidamente. O bandejão prometido há dois anos, ainda é só promessa. Foto: Mídia Ninja

A estrutura da base para a PRF começou a surgir rapidamente. O bandejão prometido há dois anos, ainda é só promessa. Foto: Mídia Ninja

No caso da Olimpíada, a estrutura para erguer o que servirá de base à PRF, rapidamente apareceu, o que para Paiva “é uma falta de respeito com os estudantes nessa inversão de prioridade”.

Nesta quinta-feira os alunos pretendem realizar o festival ” Educação sem Temer”, organizado pelos estudantes da Escola de Educação.

Ele tem como  objetivo debater a questão da educação pública, gratuita e de qualidade, mas também denunciar o atual quadro político. Denunciar o governo golpista do Temer“, garante o diretor do DCE.

“Somos contra ceder um espaço da universidade para os Jogos Olímpicos, no caso da Praia Vermelha, para uma força policial”, conclui Paiva.

3 Comentários

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  3. João de Paiva disse:

    Prezados leitores, prezado Jornalista Marcelo Auler.

    Se o golpe de Estado não for abortado no Senado, estejam certos: repressão virá com muito mais força e intensidade. O nazifascista e ex-advogado do PCC, nomeado pelo traidor-golpista-usurpador-corrupto michel temer para o ministério da (in)justiça, assim como o chefe do recriado SNI (agora tucanamente apelidado de GSI), o general filho, sobrinho e neto de torturadores e que foi o único chefe militar a se pronunciar contra a Comissão Nacional da Verdade – responsável por apurar o cometimento de crimes de Estado durante a ditadura militar-civil que assolou o Brasil entre 1964 e 1989 – estão babando como pitbulls, ávidos por colocar as tropas no encalço dos integrantes de movimentos sociais (sem-terra, sem-teto, indígenas, estudantes, professores, sindicalistas, etc.), partidos políticos de Esquerda (PT, PC do B, PSOL, PSTU, etc.). Amostras disso já foram dadas, quando polícias invadiram escolas públicas ocupadas por estudantes e professores, em SP, RJ, GO, RS, assim como há poucos dias tropas da PF invadiram a sede nacional do PT, em SP. Episódios como esses são típicos de uma ditadura. E não se enganem: se o golpe não for abortado, a repressão será intensificada. Os jornalistas independentes também já sentem na pele a perseguição; no PR o presidente da associação de magistrados instruiu procuradores e juízes a mover ações contra os jornalistas que publicaram os vencimentos desses funcionários públicos, uma informação que pela Lei da Transparência deve ser pública e acessível a qualquer cidadão; Marcelo Auler tem sido vítima de ações por danos morais, perpetradas por delegados federais que cometeram ilegalidades criminosas mostradas em reportagens publicadas neste blog; o repórter Mauro Donato, do DCM, foi espancado pela PM paulista quando fazia cobertura de ocupações de escolas públicas; no RS um jornalista foi levado preso, quando cobria ocupação de uma escola pública por estudantes.

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