Arnaldo César
Foi preso, na última segunda-feira (dia 11/05), em Belo Horizonte, o jornalista Marco Aurélio Carone. Ele é diretor do site de noticias “Novo Jornal”. É acusado de pertencer a uma quadrilha especializada em “difamar, caluniar e intimidar adversários políticos”. Seu crime foi ter tornado público a relação de notórias figuras mineiras que se envolveram com o repasse de R$ 40 milhões dos cofres de Furnas para o “Caixa 2” do PSDB. Trata-se do famigerado “mensalão mineiro”.
Uma encrenca da pesada. Suspeita-se que os figurões apontados pelo jornalista também estariam envolvidos com o assassinato da modelo e garota de programas Cristiana Ferreira, em meados de 200. Vamos nos abstrair, contudo, das paixões políticas que envolvem escândalos deste quilate. Fixemo-nos, única e exclusivamente, na prisão do profissional da imprensa. O motivo apresentado pela juíza Isabel Fleck, da 1º Vara Criminal de Minas Gerais, para mandar trancafiar Carone é o de que, se ele ficar solto, poderá vir a fazer novas divulgações sobre o caso.
Ou seja, a Sra. Fleck, no uso de suas atribuições, praticou censura prévia. Exatamente, como se fazia, nos “anos de chumbo” da ditadura militar. Os organismos dedicados à proteção da liberdade de expressão deveriam prestar mais atenção em sentenças como a desta magistrada. Desgraçadamente, a censura prévia voltou à moda nos tribunais deste País.
6 Comentários
A cada dia que passa parece que o país afunda um pouco mais… Lamentável
Gostei do assunto, bacana seu site ……
Gostei do conteudo
Olá, gostei muito do seu artigo, aguardo mais novidades. Para mim, que estou começando agora, suas dicas foram muito importantes.
Credo! Ta tudo errado neste país! Lamentável…
Os juízes brasileiros são os legítimos herdeiros do período da inquisição.