Marcelo Auler
Uma nova edição foi feita aos 00.29 minutos do dia 07/11, para modificar o título onde, erradamente eu me referi a Marília (MG), quando na verdade queria falar de Mariana (MG). Marília fica em São Paulo. Peço desculpas a todos.
A reportagem está no Tijolaço, do jornalista mais do que esperto, Fernando Brito. Mostra que desde 2013 já se alertava para o rico do que aconteceu em Mariana (MG). É de se questionar neste momento o por que de serem contra as ações que vários procuradores da República movem contra outras barragens e usinas construídas sem os devidos estudos técnicos.
Na época da ministra Marina Silva, no Meio Ambiente, queixavam-se aqueles que querem a qualquer custo criar usinas hidrelétricas, das exigências que os órgãos do meio ambiente faziam. Sempre os acusaram de querer atrasar obras, impedir o progresso e o crescimento da nação. O mesmo ocorria a cada ação proposta pelo Ministério Público Federal impedindo construções desse tipo sem os devidos estudos técnicos concluídos.
Agora, choramos os mortos, desabrigados e atingidos direta ou indiretamente pela catástrofe ocorrida na cidade mineira. Será que isso servirá de lição? Temo que não e que daqui a alguns anos estaremos novamente passando por momentos parecidos. Fica o alerta, embora ele não valha muita coisa.
Segue a chamada da matéria do Tijolaço. Quem se interessar clique no link e vá até a página.
Técnicos alertaram em laudo sobre risco na barragem da Samarco em 2013
POR FERNANDO BRITO · 06/11/2015
Como a Samarco não é uma empresa pública e metade dela pertence a uma multinacional, a BHP Billiton, australiana (a outra metade é da Vale), quase não aparece o nome da empresa nas manchetes sobre a tragédia de ontem, em Mariana. Sabe o leitor como seria se o acidente fosse com a Petrobras, não é?
Mais impressionante ainda é que não se tenha dito – ao menos que eu lesse – que a possibilidade de ruptura da barragem de rejeitos era prevista desde 2013, como fica claro no parecer técnico sobre a ampliação de seu nível para acima da cota 920, assinado por Tereza Cristina Souza Sposito, Hebert Lopes Oliveira, Felipe Fonseca do Carmo e Luciana Hiromi Yoshino Kamino, do Instituto Prístino, formado por professores, na maioria, da Universidade Federal de Minas Gerais.
No documento “Análise Técnica Referente à Revalidação da Licença Operacional da Barragem de Rejeitos do Fundão – Samarco Mineração S/A – , eles dizem isso, explicitamente. ao condenar a existência de pontos de contato direto entre a “pilha de estéril” (rejeitos da mineração) e a barragem, cuja altura se pretendia ampliar (ou ampliou-se) para a cota 930 m.
Continua: http://tijolaco.com.br/blog/tecnicos-alertaram-em-laudo-sobre-risco-na-barragem-da-samarco-em-2013/
2 Comentários
É, não se fala quase nada sobre o capital privado e estrangeiro dessa empresa. Enquanto isso, muitas outras coisas acontecem. A rede Walmart no Brasil retirando funcionários e colocando garotos de 16 anos para pagar menos, por exemplo. E se esse laudo técnico já não tivesse dito nada, mas disse… Até parece que empresas estrangeiras tem uma preocupação genuína com o favorecimento ou desenvolvimento sustentável do Brasil.
O ressarcimento do dano ambiental deverá na minha humilde opinião da seguinte maneira:
RECARGA DOS MANACIAIS DE CAPTAÇÃO QUE RECALCA PARA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA DOS MUNICIPIOS ATINGIDOS POR VIA ESTAÇÃO DESALINIZADORA EM TUBARÃO-ES (Á IMPLANTAR URGENTE,RECALCANDO PELO MINERODUTO EXISTENTE DE VAZÕS DE 200L/S E CONETANDO EM REDES TAMBEM A IMPLANTAR AOS MANACIASI ADJACENTES DESTES MUNICIPIOS) AÇÃO URGENTE QUE DEVERÁ SER FISCALIZADA PELA CONCESSIONARIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA DOS MUNICIPIOS AFETADOS-BARRA LONGA TESTANDO A QUALIDADE DA ÁGUA ISENTO DE CIANETOS E OUTROS ELEMENTOS NOCIVOS.