Por cerca de um ano, o Departamento de Polícia Federal (DPF) escondeu o resultado da sindicância 04/2015 que investigou a existência de uma escuta clandestina na cela do doleiro Alberto Youssef, na Superintendência Regional do DPF no Paraná (SR/DPF/PR), descoberta em março de 2014, na primeira fase da Operação Lava Jato. Agora, com a participação do seu diretor-geral, Leandro Daiello Coimbra, e do corregedor-geral da instituição, Roberto Mario da Cunha Cordeiro, aprontam uma verdadeira “Armação Federal”.
Como noticiou em CartaCapital desta semana – edição nº 940, nas bancas desde sábado (18/012) – Maurício Dias, na coluna Rosa dos Ventos, a culpa pela existência do tal grampo foi atribuída à parte mais fraca da história- “o mordomo”, na classificação de Dias. Ou seja, ao agente de Polícia Federal Dalmey Fernando Werlang que confessou ter instalado o aparelho. Mas, apesar dele explicar que cumpriu ordens da cúpula da Superintendência, isso não foi avalizado pelo sindicante. Assim, os delegados por ele nominados – Rosalvo Ferreira Franco, o superintendente do Paraná, Igor Romário de Paulo, o Delegado Regional de Combate ao Crime organizado, e Marcio Adriano Anselmo, então à frente das investigações da Lava Jato – poderão sair ilesos dessa história ainda muito mal contada/esclarecida.
Nas conclusões da Sindicância 04/2015, o delegado Alfredo José de Souza Junqueira, Coordenador de Assuntos Internos (Coain) da Coger/DPF – por muitos considerado ético como este Blog mesmo admitiu diversas vezes – considerou que se é certo que Werlang instalou o grampo e coletou gravações das conversas entre os presos da cela 5 da custódia por 12 dias (de 17 a 28 de março), não ficou provada a origem da ordem superior para que agisse assim.
Ao contrário do que o Blog anunciou em 12 de outubro de 2015 em Surgem os áudios da cela do Youssef: são mais de 100 horas, a perícia da Polícia Federal resgatou 263 horas e 41 minutos de gravações. Confirmou que as conversas eram entre presos da Lava Jato ao confirmarem as vozes, tais como as de Carlos Alberto Pereira da Costa, Carlos Alexandre de Souza Rocha e Alberto Youssef. Mas, conforme as informações passadas ao Blog por fonte de Brasília que acessou cópia de toda essa documentação, segundo a sindicância, não houve conversas relevantes com relação à Operação Lava Jato.
O Blog não conseguiu confirmar se a sindicância presidida por Junqueira apresentou transcrições dessas conversas. Mas, não deixa de ser curioso que os cinco presos na primeira fase da operação Lava Jato – que teve ampla repercussão -, nos seus 12 primeiros dias na custódia da SR/DPF/PR, tenham falado sobre situações irrelevantes à investigação. Só falta dizer que discutiam futebol ou trocavam receitas culinárias.
Convém lembrar que, em agosto de 2015, na reportagem Lava Jato revolve lamaçal na PF-PR, o advogado de Youssef, Antônio Augusto Lopes Figueiredo Basto, admitiu que o doleiro tinha indícios de que os assuntos conversados com os companheiros de cela chegavam aos delegados, pois eram por eles abordados em conversas informais:
“Tivemos alguns indícios disso sim, Houve indícios, isso não tem dúvida. Mas, não em interrogatórios. Em conversas assim… que não tem como serem recuperadas. Eles nunca interrogaram diretamente sobre isso, mas os assuntos acabavam sendo abordados pelos delegados”, explicou à época.
O fato concreto é que graças a Werlang, a partir de um depoimento prestado ao delegado Mario Renato Castanheira Fanton, em 4 de maio de 2015, se soube que o grampo foi instalado quando das primeiras prisões da Operação Lava Jato e se derrubou a falsa versão, montada pela cúpula da Superintendência do DPF no Paraná, na sindicância 04/2014, presidida pelo delegado Maurício Moscardi Grillo.
Essa apuração apontou a aparelhagem encontrada por Youssef como sendo a usada na época em que o preso Fernando Beira-Mar esteve naquela custódia (entre 01 e 03 de abril de 2008). Versão tão mal engendrada que não levou em conta que o grampo achado na custódia em março de 2014, que pertence à própria Polícia Federal, só chegou a Curitiba em setembro de 2008, cinco meses depois da passagem do traficante por ali.
Na mesma edição de CartaCapital, o repórter André Barrocal conta mais um pouco da “Armação” que Coimbra e Cordeiro – muito provavelmente com o aval do hoje ministro licenciado da Justiça Alexandre de Moraes, provável novo ministro do Supremo Tribunal Federa (STF) – armam e que culminará com o Desmonte da Lava Jato. Prepara-se um cenário em que os delegados que Werlang acusou de ordenarem a instalação do grampo ilegal na cela de Youssef ou que tenham participado de algum forma de toda esta farsa, ainda que pelo conivente silêncio, saiam ilesos dessa história.
Em consequência, aos poucos, a equipe inicial está sendo desfeita, um a um estão sendo afastados de Curitiba e, consequentemente, das investigações.
Do grupo que participou desde o início da investigações faziam parte a delegada Érika Mialink Marena – que também investigou o famoso caso Banestado/CC5 -, atualmente em Florianópolis, e Marcio Adriano Anselmo, que apesar de apontado como um dos autores do grampo ilegal, assumirá em breve, caso não ocorra nenhum contratempo, a Corregedoria da Superintendência do Espírito Santo. Estaremos diante de um caso de roto vigiando esfarrapado? Para o DPF, certamente não, pois alegam inocência do mesmo, apesar de Werlang o apontar como um dos mandantes da ordem que recebeu.
Também foram afastados o delegado Eduardo Mauat da Silva., no segundo semestre de 2016. Ele tinha sido aprovado em um concurso de remoção realizado três meses após o início da Lava Jato (portanto, em 2014), quando, oficialmente, foi removido a pedido para a delegacia de Santa Cruz do Sul (RS). Porém, continuou no Paraná, com um detalhe: passou a receber diárias, uma vez que, na prática, após a remoção foi emprestado à SR/DPF/PR. Quando ele, em postagem nas redes, defendeu sua permanência na operação, chegamos a questioná-lo pelo blog: Delegado Eduardo Mauat: foi por ideologia ou pelas diárias?
O delegado Luciano Flores, que hoje é superintendente no Espírito Santo onde Márcio Adriano quer assumir a corregedoria, era outro que, lotado no Rio Grande do Sul, permaneceu em Curitiba emprestado, recebendo as devidas diárias, até pedir licença para trabalhar nos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. Ao final dos mesmos, quis voltar, mas foi barrado. Agora está em Vitória (ES). Foi ele quem fez a condução coercitiva de Lula.
Outros dois delegados a abandonar a Lava Jato foram Duílio Mocelin, que retornou para Rondônia, na mesma época em que Mauat foi dispensado. Já Felipe Eduardo Hideo Hayashi não recebia diárias, pois estava lotado no Paraná e ali ficou chefiando a Delegacia de Combate aos Crimes Financeiros (Delefin). Por motivos pessoais afastou-se das investigações da operação, levando seus colegas a desconfiarem de que algo lhe desagradou.
Estas remoções ocorreram ao longo do ano de 2016 quando já surgiam as denúncias contra políticos do PMDB e do PSDB que estariam envolvidos nas falcatruas. Inclusive, o presidente golpista, Michel Temer, que segundo as delações, pediu e recebeu dinheiro de caixa 2 nas campanhas eleitorais. Tudo cheira a um desmonta da Lava Jato, devidamente costurado pelo PMDB de Temer, com a participação do Palácio do Planalto e a concordância dos tucanos do PSDB.
Curiosamente, segundo a fonte do Blog que teve acesso aos documentos da sindicância 04/2015, o delegado Junqueira concluiu que Werlang não instalou o grampo “de maneira espontânea”, existindo indícios de que atendeu a ordens superiores. Mas, diante das negativas dos três delegados por ele apontados como autores da ordem – Rosalvo, Igor e Márcio Adriano – e de uma única testemunha que teria confirmado a versão do agente de polícia – a sua colega, Maria Inês Malinowski de Paris Slussarek, que o ajudou a instalar o aparelho – Junqueira concluiu não ser possível atestar de quem partiu a ordem.
Sem promover sequer uma acareação entre Werlang e os três delegados por ele denunciados, Junqueira concluiu propondo um Inquérito Policial contra o agente por falsidade. O crime, alega, ocorreu quando ele fez um parecer, a pedido do delegado Moscardi, afirmando que o equipamento não tinha condições de ser usado e poderia ser o da época em que Beira-Mar esteve preso ali. Com base na mesma justificativa, ele ainda responderá a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
O inquérito proposto foi instaurado em 31 de janeiro – IPL 01/2017 – e levou o delegado Márcio Magno Carvalho Xavier, da Coain/COGER/DPF, a Curitiba, entre os dias 10 e 14 de fevereiro, como noticiamos em Coain/GOGER/DPF em Curitiba: o temor da Lava Jato. A partir desta reportagem, Barrocal escreveu em CartaCapital:
“Este inquérito, teoriza uma autoridade em Brasília, dessas que dominam o universo de policiais, procuradores e tribunais, é o segredo do desmonte da Lava Jato. A fonte do poder de Daiello de dobrar os teimosos. Um sinal do tipo: ou vocês deixam a operação sem criar problemas ou vão pagar (…) Boatos sobre o afastamento de Anselmo da Lava Jato, por alegado esgotamento, correm desde 2016, mas o delegado só explicitou suas condições físicas este ano. Após a abertura do inquérito sobre os grampos”.
Na realidade, instaurou-se dois inquérito. O de nº 02/2017 tem como alvo o agente de Polícia Federal Paulo Romildo Rossa Filho, vulgo Bolacha, que respondeu pela custódia durante longos anos, até 2015, quando foi afastado de lá. Ele poderá responder por falso testemunho pois se alega contradições nos depoimentos que deu aos delegados Moscardi (sindicância 04/2014) e Junqueira (sindicância 04/2015). Em uma ele disse não ter presenciado a localização do grampo e nem mesmo ter visto o aparelho apreendido na cela de Youssef, no dia 10 de abril de 2014. Na outra ele já admitiu que retirou os presos da carceragem e assistiu a busca feita pelos delegados da cúpula da SR/DPF/PR.
Na meteórica passagem do delegado Magno por Curitiba ele tomou quatro depoimentos apenas e não indiciou ninguém, ao contrário do que informamos na reportagem – Coain/GOGER/DPF em Curitiba: o temor da Lava Jato. Na sexta-feira (10/02) ouviu Paulo Romildo, como admitiu seu advogado, o ex-delegado de Polícia Federal Ademir Gonçalves.
“O delegado disse, ‘está aqui o inquérito para apurar a falsidade ideológica’. Eu questionei, qual a falsidade? Quero que se estabeleça, que se coloque nos autos, qual a divergência’. Daí ele colocou, com relação ao Bolacha que ele teria dito ao Moscardi que teria participado e visto. Com relação a isso, com o Alfredo, ele falou, ‘Não, eu separei os presos e fiquei lá olhando, eu não participei. Não vi eles fazer’. (sic) Daí houve a interpretação, então você mentiu. Ou mentiu com o Alfredo ou mentiu com o Moscardi. Daí foi para que ele esclarecesse. ‘Não, exatamente isso que estou falando… Talvez o jeito de expressar, mas o que foi dito é que eu separei e eles ficaram lá. Quando eles terminaram e saíram com caixa, com alguma coisa, falaram que haviam encontrado coisa dentro da cela do Youssef. Eu não vi ninguém achar. Ouvi o pessoal comentar que teriam achado. eu não vi, não participei”, explicou Gonçalves ao Blog.
As explicações do advogado foram dadas em uma conversa telefônica de aproximadamente 25 minutos interrompida bruscamente nada menos do que oito vezes, como se tivesse ocorrendo alguma interferência. Ao final, ele resumiu seu medo:
“Minha preocupação toda é que o Bolacha é um infeliz. Tem um carrinho do ano, paga pensão. É um fu…. O Bolacha não tem o que mentir, eu falei para ele, você tem que falar a verdade. Não tem que ficar inventando histórias não“.
Contradição maior – Em um sintoma claro de algo errado na apuração realizada até agora, há em toda esta história uma contradição bem maior que, ao que parece, não foi destacada, como deveria, na sindicância 04/2015, presidida por Junqueira. Tampouco na sindicância 04/2014 feita por Moscardi, já que esta sequer ouviu Werlang.
Tanto ele como a agente Maria Inês afirmam que quando foram instalar, em 17 de março de 2014 – data da prisão de Youssef – a aparelhagem de escuta na laje da cela nº 5, o agente Bolacha, responsável pela custódia, retirou todos os presos das celas e os levou ao banho de sol. Na versão de Werlang, isto foi o que Igor combinara com ele ao lhe dar a ordem de instalação da escuta. O delegado regional de Combate ao Crime Organizado comprometeu-se em acertar com Bolacha a preparação da carceragem para que nenhum preso soubesse da instalação do grampo. Igor, nas sindicâncias, negou que tenha dado a ordem, logo negou que tenha falad0 com Bolacha.
Já o “carcereiro”, no depoimento a Moscardi (sindicância 04/2014) garantiu que no dia da prisão de Youssef, “não esteve na custódia nenhum policial para preparar qualquer equipamento de intercepção ambiental”.
Na sindicância presidida por Junqueira, Werlang e Maria Inês mantiveram a versão da retirada dos presos que, de resto foi confirmada pelo traficante Ailton Gonçalves da Silva, recolhido à custódia desde dezembro de 2013. Ouvido por Moscardi no dia 16 de julho de 2014, admitiu que no dia da prisão de Youssef (17 de março daquele ano), “por volta das 15:00 horas, foi solicitado pelo que todos os presos da custódia fossem para o pátio” (sic). Em seguida, ao tentar reconhecer um dos agentes, identificou a pessoa errada, apontando um policial que no dia daquela prisão estava em missão em Santa Catarina.
Embora pese o erro no reconhecimento, ele não invalida o depoimento confirmando a retirada dos presos. Porém, ninguém tratou de fazer a acareação dele com Bolacha e deste com Werlang e Maria Inês, deixando transparecer que não se deseja aprofundar esta questão. Ou seja, tudo leva a crer que a autoria da ordem para a instalação do grampo só surgirá em caso de “rebelião” dos delegados que estão sendo afastados.
O próprio advogado de Bolacha deixou claro que o delegado Magno, ao ouvir seu cliente na sexta-feira, dia 10/02, “nada lhe questionou sobre a retirada dos presos”. O que se pode deduzir é que, assim como a fonte de Barrocal explicitou que o inquérito sobre os grampos é o trunfo de Daiello contra delegados que queiram se rebelar, a investigação sobre o falso testemunho de Bolacha pode também servir para que ele não modifique o que falou sobre a colocação do grampo na cela que, como se mostrou, foi feita e, certamente, teve que contar com a sua participação.
Outra evidência surge quando se descobre, na consulta ao site da Justiça Federal, que o IPL 01/2017 foi ajuizado em 1 de fevereiro (nº 5003191-72.2017.4.04.7000) tendo caído, por sorteio, nas mãos do juiz Nivaldo Brunoni, da 23ª Vara Federal de Curitiba. Ele está em segredo de Justiça, mas o acompanhamento processual foi extraído, como mostra a ilustração ao lado. Já o IPL 02/2017, segundo Gonçalves, não teve ajuizamento.
Na segunda feira, 13/02, o delegado Magno ouviu o Agente André Luiz Zanotto, que respondia pelo NIP na época da instalação do grampo. Para ele, Junqueira propôs um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), por negligenciar no controle dos aparelhos de escuta. Também ouviu Dalmey e, por fim, o delegado Moscardi, cujo depoimento prosseguiu na terça-feira. O delegado, apontado como o responsável pela falsa sindicância, pelo entendimento (armação?) da Corregedoria restará apenas um PAD, por negligência no serviço, como mostraremos em outra postagem.
No IPL 01/2017, o delegado Magno tem por propósito investigar apenas a responsabilidade criminal pela falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal) e uso de documento falso (art. 304 do mesmo Código) por parte de Werlang. Mas, na portaria de instauração do IPL, admite-se que ele apure outros crimes que surjam no meio da investigação, ou mesmo que faça um enquadramento diferente do investigado.
Esta passa a ser a tênue linha de esperança daqueles que acreditam que o delegado Magno poderá reverter o quadro que hoje se apresenta como uma armação federal. Para tal, basta que ele responda a uma simples questão que se coloca diante de qualquer investigação policial: a quem interessava o crime?
Certamente, pelo que se sabe, não era a Werlang, que sequer estava entre os investigadores da Operação Lava Jato. Portanto, não tinha nenhuma motivação para fazer uma escuta ilegal, como aconteceu. Já o mesmo não se pode dizer de delegados e agentes que participavam da Lava Jato. Como é difícil imaginar que um agente teria condições de dar este tipo de ordem a outro colega, deduz-se que ela partiu de alguém hierarquicamente superior ao APF Dalmey Fernando Werlang. Mas, já que isso não foi esclarecido até agora, ele se tornou, como concluiu Dias, na sua coluna de CartaCapital, o “mordomo da Lava Jato”. Ou seja, a corda ruiu do lado mais fraco da história.
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Prezado Jornalista Marcelo Auler, prezados leitores
Ao ler esta reportagem me veio à cabeça o enredo de uma crônica, cujo tema é “A frustração de um repórter”. A chegou a ficar pronta na minha cabeça, mas ainda não pude registrá-la na forma escrita; talvez o faça nesses dias de carnaval. O que posto a seguir são duas crônicas; uma postada como comentário ao artigo de Luís Nassif, no GGN, intitulado “Janot e os inquéritos intermináveis contra Aécio”; a outra escrevi em novembro de 2016, logo após o linchamento midiático e prisão de Sérgio Cabral filho e Anthony Garotinho, ex-governadores do RJ. Os leitores verão que essas crônicas guardam estreita relação com o tema da reportagem e estão em sintonia com outros comentários e artigos que escrevi ou reproduzi aqui nesta caixa de comentário do blog.
Chamo a atenção dos leitores para o ‘timing’ em que ocorrem o desmonte da ORCRIM Fraude a Jato, mostrado nesta reportagem, as entrevistas de dois delegados da STR/DPF/PR a uma revista semanal, a entrevista do procurador do MPF, Carlos Lima, a um jornal, declarando que “A Lava a Jato já cumpriu sua missão”, o providencial “acidente” que matou Teori Zavascki e abriu caminho para ‘MT’ nomear o brucutu tucano, Alexandre de Moraes, para a vaga no STF, as pornográficas sabatinas ao brucutu – uma a bordo de um barco-bordel, apelidado de ‘love boat’, outra na CCJ do Senado, onde 10 dos 19 que votaram a favor da indicação têm os nomes citados em delações premiadas, a começar pelo presidente da comissão, senador Edison Lobão -, a piscadela ‘sexy’ e reveladora com que Alexandre de Moraes saudou Edison Lobão, assim que o nome do brucutu foi aprovado na CCJ (a foto histórica de Dida Sampaio ilustra a capa do jornal O Estado de São Paulo, do dia 22 de fevereiro de 2017), a aprovação em plenário, por ampla maioria, do nome do brucutu para compor o STF, o caloroso encontro e abraços trocados entre Alexandre de Moraes e o multi-delatado senador Aécio Cunha, o pedido de exoneração do MRE, feito por José Serra.
Por fim notem os leitores que TODAS as profecias do malandro-agulha, senador Romero Jucá, contidas naquele edificante diálogo entre ele e o ex-senador tucano Sérgio Machado estão se cumprindo à risca. Notem que ‘os generais’, ‘com o supremo e tudo’, estão fechados com a trama e garantindo tudo; o único que não estava plenamente cooptado ou enquadrado “um sujeito fechado a quem poucos tem ace$$o” foi providencialmente “acidentado” e morto num avião particular, de propriedade de um empresário que era réu em ações penais no STF, o qual era também um dos passageiros da fatídica viagem.
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Quando o crime organizado é o próprio Estado
Como há quase três anos eu e outras pessoas temos comentado, as mais perigosas ORCRIMs estão hoje incrustadas ou imersas no aparelho de Estado. O chamado ‘sistema de justiça’ – composto pelas polícias, ministério público e poder judiciário – está eivado de ORCRIMs institucionais; a mais acintosa delas é a chamada “Lava a Jato”, que aos mais atentos sempre se mostrou uma Fraude a Jato, uma operação midiático-policial-judicial, com propósitos políticos claros: desestabilizar e derrubar um governo legítimo, social-democrata e nacionalista (substituindo-o por outro ultra-neoliberal, privatista e entreguista) e criminalizar um partido, (o PT) e os líderes desse partido e da esquerda Política.
A série histórica de reportagens feita pelo Jornalista Marcelo Auler reduziu a um cadáver – com as pútridas e fétidas entranhas expostas à luz solar – a SR/DPF/PR, o baixo clero da Fraude a Jato. Como a ligação entre a SR/DPF/PR e os 14 procuradores do MPF/PR e destes com o juiz sérgio moro é umbilical, siamesa, estes agentes públicos também tiveram suas entranhas expostas: são criminosos e integram a ORCRIM da Fraude a Jato. Eugênio Aragão e Luís Nassif desmascararam Rodrigo Janot e seus auxiliares na PGR, mostrando que a PGR e o PGR representam o alto comando nacional do golpe. Acovardado, acumpliciado, conivente e partícipe da trama golpista e do fraudulento processo de impeachment, o STF se auto-revelou também uma ORCRIM institucional. As quadrilhas políticas que hoje dominam o Congresso Nacional e o Executivo Federal são o que de pior, mais corrupto, mais criminoso a política brasileira conseguiu produzir nesses 5 séculos.
A queda misteriosa do avião em que viajava Teori Zavaski – que jamais será investigada e esclarecida corretamente – levanta fortíssimas suspeitas de que ocorreu um atentado e não um acidente aéreo. A movimentação política – para a nomeação de um tucano e aliado de michel temer, para “estancar a sangria” e blindar os caciques tucanos e do PMDB – antes mesmo do enterro de Teori, reforça essa suspeita. Com a nomeação de Alexandre de Moraes para a vaga de Teori, todas essas suspeitas de atentado e manobras de uma máfia político-policial-judicial se confirmam. Outra ORCRIM muito atuante, que dá suporte ao governo golpista, é o PIG/PPV. O alto comando internacional consegui desmantelar a Petrobrás e agora os tubarões do petróleo disputam a dentadas as partes do cadáver da outrora maior empresa brasileira; o ACI abortou também os projetos na área nuclear, de defesa e aeroespacial, mantendo o Brasil como colônia agrícola e mineral, exportadora de produtos primários, incapaz de levar adiante um projeto soberano de desenvolvimento.
O edificante diálogo entre o malandro-agulha, Romero Jucá, e o ex-senador tucano Sérgio Machado descreve claramente o roteiro do golpe e pra “estancar a sangria”; tudo o que Jucá disse naqueles telefonemas grampeados está acontecendo; até a eliminação de Teori (“um cara fechado a quem poucos tinham ace$$o”) foi prevista e revelada naquela fala pouco ou nada codificada do senador roraimense. Não fossem a PGR e o STF ORCRIMs, os políticos que faziam a trama seriam não apenas denunciados, como teriam as denúncias aceitas, seriam processados, julgados e condenados. Mas a PGR e o STF fazem parte da trama, como hoje está confirmadíssimo.
Por fim as Forças Armadas estão acumpliciadas e coniventes com o golpe de Estado, ou seja, as FFAA são outra ORCRIM institucional no aparelho de Estado; o baixo clero dessas FFAA, ou seja, as PMs, tem se encarregado de reprimir com violência as manifestações contra o golpe e pela democracia. Sob o comando de Alexandre de Moraes, em parceria com o Exército, a PM paulista espionou, perseguiu, reprimiu, feriu e matou pessoas que ousaram se reunir em protestos contra o golpe de Estado; o Exército chegou a infiltrar um capitão num grupo de jovens que por meio de rede social combinavam se encontrar numa manifestação contra o golpe, na capital paulista; o nome do P2 e Willian Pina Botelho. Alexandre de Moraes ordenou também a invasão da Escola Florestan Fernandes, do MST. A sede do PT em São Paulo foi invadida pela polícia federal que usou um aparato de modo a que as empresas de mídia pudessem explorar o caso como se fosse o de combate a uma organização terrorista.
Por tudo isso e muito mais sabemos que as verdadeiras ORCRIMs e organizações terroristas que atuam no Brasil estão no aparelho de Estado. Essa é a razão por que não se vêem manifestações de resistência o golpe nas ruas brasileiras; basta que se juntem algumas dezenas de pessoas para que infiltrados e PMs sabotem e reprimam com violência qualquer manifestação contra as quadrilhas golpistas. No RN, no ES e no RJ o Exército chegou a ser convocado, mostrando que se as PMs (algumas delas arrochadas e sem receber salários ou com salários atrasados) se aquartelarem, o governo golpista de michel temer e quadrilhas que o apóiam não hesitará em colocar os militares das FFAA para reprimir os que protestam. Conforme mostrou Luís Nassif, os três estados que citei estão sob intervenção federal; michel temer e seu bando só não decretam intervenção oficial porque, se o fizerem, não poderão revogar a CLT e desmantelar a Previdência Social, já que o Art. 60 da CF estabelece que não se pode apresentar PEC, quando há intervenção federal nos estados.
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Quando agentes, fiscais e aplicadores da Lei se associam em ORCRIMs, a barbárie se instala.
A disseminação do ódio, semente do fascismo, tem sido feita pelos chamados veículos da grande mídia comercial brasileira desde os idos de 2005, quando veio à baila a farsa do chamado “mensalão do PT”. Como já abordado por mim e por vários jornalistas, analistas e colunistas que escrevem e publicam artigos em blogs e portais progressistas, aquele episódio marcou o fim da curta e falsa ‘lua-de-mel’ entre a grande mídia, o PT, Lula e o governo liderado por este. 2010 é o ano que marca a ruptura completa de qualquer pudor ou verniz que pudesse encobrir a atuação político-partidária dos veículos da grande mídia comercial; nesse ano Judith Brito, então presidente da ANJ, confessou pùblicamente que, devido à ‘fragilidade’ da oposição política – leia-se PSDB – a imprensa assumira então o papel de oposição política ao governo petista.
As conseqüências da atuação descaradamente político-partidária da imprensa são hoje bem conhecidas e resultaram num golpe de Estado midiático-policial-judicial-parlamentar. Tendo em vista que a grande imprensa brasileira foi apoiadora, cúmplice e conivente, quando não atriz dos golpes de Estado perpetrados ao longo do século XX, a surpresa e o espanto não decorrem apenas ou principalmente dessa postura golpista dos maiores veículos de comunicação. A principal agravante da crise atual – que não é apenas política e econômica, mas sobretudo institucional – é que na trama e execução do golpe de Estado em curso, todo o sistema de justiça (aí inclusas as polícias, o ministério público – tanto federal como nos estados – e o poder judiciário) foi cooptado e está a serviço da trama golpista, cujo alto comando sabemos ficar no exterior, em especial nos EUA.
A concentração dos meios de comunicação que são concessão pública (Rádio e TV) em número super-restrito de famílias, assim como a super-concentração de veículos impressos(jornais e revistas) em um número restrito de famílias, muitas das quais detêm a propriedade cruzada, explorando na mesma praça diferentes meios de comunicação, concomitantemente à cooptação do sistema de justiça, tornam o golpe de 2016 muito mais grave e de conseqüências até o momento imprevisíveis. O que vemos desde o episódio do chamado ‘mensalão do PT’, que resultou naquela aberração jurídica que foi o farsesco e midiático julgamento da AP-470, foi um completo desvirtuamento das instituições que compõem o chamado ‘sistema de justiça’; o respeito à Lei e ao Estado de Direito Democrático começou a morrer ali.
Em comentários e num ensaio já mostrei que as manifestações, que ficaram conhecidas como jornadas de junho de 2013, foram as sementes do golpe de Estado lançadas em terreno fértil. A partir dali houve uma cooptação e espúria aliança – na verdade um conluio – entre os veículos da grande mídia comercial e as instituições que compõem o sistema de justiça (notadamente a PF, o MP e o PJ). A chamada operação “Lava a Jato”, cujo nome mais adequado é Fraude a Jato, deflagrada no ano seguinte, é conseqüência natural e continuidade da trama golpista, seguindo as diretrizes do alto comando internacional.
Os EUA investiram contra o projeto de desenvolvimento soberano do Brasil de olho em nossas riquezas e projetos estratégicos (Nióbio, Petróleo, Nuclear, Aero-Espacial, etc.). Como hoje em dia fica muito dispendiosa a aplicação de golpes militares clássicos e como o s EUA já possuem muitas frentes de guerra abertas no Oriente Médio, a solução adequada para aplicar os golpes de Estado na América Latina foi usar a técnica da guerra híbrida (a esse respeito sugiro que leiam e ouçam o jornalista e analista político Pepe Escobar) e desfechar nesses países o chamado ‘golpe brando’, ‘golpe branco’ ou ‘golpe suave’. A primeira aplicação da técnica se deu em Honduras; depois o golpe ‘soft’ foi aplicado no Paraguai e neste ano foi estendido ao Brasil, sempre com êxito. Na concepção e nas dissimulações do alto comando a trama dos golpes ‘brandos’ pode ser considerada sofisticada. Mas nos três países latino-americanos em que foi aplicada, o primitivismo e a canalhice dos atores locais desmascaram a trama golpista, assim que os golpes foram desfechados. No Brasil o processo foi mais lento e gradual, mas nem por isso deixou de ser percebido e denunciado pelos jornalistas independentes e pela parcela mais bem informada, atenta, crítica e observadora da população.
Uma vez que o golpe foi percebido e denunciado antes mesmo que sua consumação ocorresse, houve uma disputa para estabelecer qual das narrativas prevaleceria, se a da grande mídia comercial brasileira, que estimulou, promoveu e atuou em prol do golpe ou se a dos blogs e portais independentes e progressistas, que sempre defenderam o governo legítimo da presidenta Dilma Rousseff e o Estado de Direito Democrático. Veículos da mídia internacional a princípio reproduziam o que o PIG/PPV brasileiro publicava; mas com a instauração do processo de ‘golpeachment’ (um golpe de Estado midiático-policial-judicial-parlamentar travestido de impeachment, simulando legalidade e institucionalidade que jamais possuiu), repórteres e correspondentes foram enviados ao Brasil e passaram a acompanhar o que acontecia e nosso País.
Em poucas semanas todo o castelo de cartas do PIG/PPB brasileiro foi posto abaixo e os jornais, revistas, emissoras de Rádio e TV mais influentes do mundo (como o New York Times, The Guardian, Der Spiegel, BBC, El País, Le Monde, etc.) chamaram o golpe por aquilo que é: um golpe de Estado, a ruptura com o Estado de Direito Democrático. O jornalista estadunidense, radicado no Brasil, Glenn Greenwald e o portal de notícias que dirige, The Intercept, teve papel importantíssimo na construção da narrativa verdadeira sobre o golpe, em âmbito internacional. Com sua credibilidade e reconhecimento, Glenn Greenwald denunciou a trama golpista, mostrando ao mundo que uma presidenta honesta estava sendo deposta por um parlamento cuja câmara baixa, composta por bandidos, era chefiada por um bandido, Eduardo Cunha. Por sua decidida tomada de posição, Glenn Grenwald chegou a sofrer ameaças; o jornal O Estado de São Paulo, em editorial, chegou a pedir a restrição da atuação do jornalista no Brasil; a ANJ, que defende os interesses corporativos do PIG/PPV, quer impedir a atuação de jornalistas estrangeiros em veículos de mídia, como é o caso de Glenn Greenwald e seu portal Intercept.
A publicação de livros destrinchando e mostrando as entranhas da trama golpista,antes mesmo da consumação, de que são exemplo “Golpe 16”, que reúne artigos de jornalistas e analistas independentes e progressistas, “A radiografia do golpe”, do professor e sociólogo Jessé Souza, “A outra história da Lava a Jato”, do jornalista Paulo Moreira Leite, contribuiu de forma decisiva para criar uma massa crítica de resistência e combate ao golpe. Assim, para se consolidar, os atores do golpe têm de apelar cada vez mais para medidas repressivas e atentatórias contra os direitos dos cidadãos, contra os movimentos sociais e contra os partidos de Esquerda. É isso que temos visto desde que as quadrilhas políticas, sobretudo do PMDB e do PSDB, tomaram o poder executivo federal. A nomeação de ministros truculentos, machistas, misóginos, investigados ou réus em processos penais por corrupção, velhos e brancos, está em sintonia com o viés autoritário, corrupto e violento do governo ilegítimo que usurpou o poder após o ‘golpeachment’.
A presença de figuras como o general Sérgio Etchegoyen no recriado SNI – tucanamente alcunhado de GSI, Gabinete de Segurança Institucional – , o grotesco e truculento Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça, Raul Jungman no Ministério da Defesa (área da qual não entende absolutamente nada), Eliseu Padilha, para a Casa Civil, Geddel Vieira Vieira Lima, para Secretaria de Governo, além de incompetentes e corruptos notórios como Mendonça Filho na Educação e Ronaldo de Barros na Saúde, mostram que a má-fé e a violência repressiva estão no DNA do governo usurpador. Um governo composto por figuras como as citadas, com uma pauta ultra neoliberal, privatista e entreguista, que se põe a demolir todo o estado de bem-estar social duramente construído ao longo de 12 anos por Lula e Dilma, só pode se sustentar pela força, pela violência, pela repressão. A peculiaridade do Estado Fascista de Exceção, já em vigor e predecessor da ditadura fascista que em breve se consolidará no Brasil, é que a repressão agora está sendo exercida não pelo Exército e outras Forças Armadas Federais, mas pelas polícias (federal, militares e civis dos estados e distrito federal), pelo ministério público (tanto da União, como dos estados e do distrito federal) e pelo poder judiciário (tanto federal como nos estados).
O aspecto mais grave do golpe de Estado de 2016, ainda em curso, é o fato de que o conluio do sistema de justiça com o PIG/PPV com outros atores golpistas levou vários agentes desse sistema de justiça a atuarem de forma criminosa, à margem da Lei. Salta aos olhos e parece evidente ao cidadão bem informado, atento e observador que instituições como as Polícias, o Ministério Público e o Poder Judiciário estão eivados de ORCRIMs institucionais. A atuação descaradamente partidária da Fraude a Jato, que persegue e incrimina líderes políticos da Esquerda e ao mesmo tempo blinda e protege líderes políticos do PSDB permite inferir que os integrantes dessa força-tarefa constituem, na verdade, uma organização criminosa composta por profissionais dessas instituições. Repórteres investigativos como Marcelo Auler e Luís Nassif produziram reportagens com denúncias provadas de práticas de ilegalidades criminosas por parte de delegados da SR/DPF/PR. O juiz federal Sérgio moro, responsável por conduzir e julgar a maioria dos processos da Fraude a Jato, tem cometido crimes de forma continuada (prisão preventiva por tempo indeterminado e coação de presos, para forçá-los a delatar o que e quem ele, os delegados e procuradores desejam, tortura psicológica e física contra esses presos – como denunciou Delcídio do Amaral – gravação de conversa entre cliente e advogado, violação do sigilo telefônico de escritórios de advocacia, interceptação e divulgação de conversa telefônica entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, cerceamento da defesa dos investigados, impedindo que estes possam produzir provas que demonstrem sua inocência, vazamentos de informações aos veículos do PIG/PPV sobre investigações processos que deveriam ficar em sigilo, assassinato de reputação ao expor pessoas investigadas ao linchamento, mesmo antes de serem julgadas). Não apenas o juiz Sérgio Moro, mas delegados da PF e procuradores do MP, os quais integram a Fraude a Jato, têm cometido os crimes listados, além de outros que não citei.
O TRF4 coonestou os crimes do juiz Sérgio Moro e o STF se omitiu, sendo conivente com tais crimes. Essas ações criminosas de desembargadores e ministros do STF (afinal se um juiz de tribunal superior coonesta uma ação criminosa de juiz de primeiro grau, também ele está cometendo um crime) abriu a porteira, para que juízes e procuradores pudessem soltar os ‘demônios’ que guardavam consigo. As recentes decisões de dois juízes, Glaucenir Oliveira, Marcelo Bretas e do próprio Sérgio Moro, decretando a prisão dos ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral Filho, mostram que o Estado de Exceção ràpidamente caminha para uma ditadura do Judiciário. Os Direitos do cidadão são vilipendiados, desrespeitados, as pessoas são submetidas a linchamentos e condenação prévia nos veículos de mídia, o direito de defesa é cerceado e a população, manipulada e envenenada pelo ódio nazifascistóide disseminado pelos veículos de mídia, assiste ao espetáculo de suplício, como se estivéssemos na era medieval. A ação dos jornalistas independentes foi rápida e no dia seguinte à prisão de Anthony Garotinho, os leitores puderam conhecer a ficha corrida de Glaucenir e os abusos e crimes cometidos por esse juiz; foi possível saber, também, que o DPF que pediu e executou a prisão de Garotinho é aliado político de um adversário do ex-governador, na cidade de campos dos Goytacazes, no norte fluminense, reduto político de Garotinho e esposa. É fundamental relembrar que Garotinho é considerado inimigo mortal da TV Globo, a quem denunciou por sonegação fiscal, usando microfones e câmeras da própria emissora. No afã de se vingar do ex-governador, a PF e a emissora dos Marinho cometeram outro crime, ao grampear e divulgar a conversa entre Garotinho e seus advogados, visando desqualificar a decisão da juíza e ministra do TSE, Luciana Lóssio, que reformou a decisão do juiz Glaucenir, determinando que Garotinho permaneça em prisão domiciliar. Com problemas cardíacos, Garotinho sofreu princípio de obstrução de uma artéria e foi submetido a cateterismo e colocação de um stent.
Sérgio Cabral Filho também foi linchado pela mídia, que usou imagens dele de cabeça raspada e uniforme de presidiário,divulgadas pela polícia.
Não tenho nenhum apreço ou simpatia pelos ex-governadores fluminenses e presumo que sejam culpados de alguns dos crimes de que são acusados, mas como cidadãos eles têm o direito à presunção de inocência – como estabelece a CF/1988 em seu Art. 5º – e ao exercício de ampla defesa. Os veículos de mídia, os profissionais da PF(e outras polícias que atuaram nesses casos) e os juízes Sérgio Moro e Glaucenir Oliveira cometeram crime e devem ser punidos por isso.
Como disse Ruy Barbosa: “a pior ditadura é a do judiciário”.
Igor responde pra nos que fim deu aquele inquerito que o Sergio Moro requisitou investigacao sobre indicacao de advogados que bolacha fazia aos presos, aquele de numero 453/2014. Esse mesmo que ia dar pad por demissao. Vc arredondou tambem?
Os EUA, quando decidem que é hora de botar a mão em algo que lhes interessa, faz uso de diversas metodologias, ortodoxas ou não:
1) Intervenção militar direta, como fez na Líbia (alegando violação de direitos humanos, que foram sanadas pelo bombardeio indiscriminado e baixas civis e mergulho do país no caos) e Iraque (justificado pela mentira da existência nunca comprovada de armas de destruição em massa), nesses dois casos, o interesse era basicamente atender o lobby de empresas produtoras de armamentos e tentar botar a mão nas reservas petrolíferas do Iraque;
2) Guerras por procuração, como feito na Síria, se treinam terroristas “moderados” e se fornecem armas via Arábia Saudita, na tentativa de depor o regime secular de Al Assad (sem sucesso), na tentativa de privar a Rússia de uma saída para o Mediterrâneo e consequentemente para o Atlântico;
3) Revoluções coloridas, via manipulação da opinião pública pelos meios de comunicação (algo familiar?), denúncias de corrupção e fomento de rivalidades étnicas, como o feito na Ucrânia (com o mesmo objetivo da intervenção indireta na Síria, isolar a Rússia), e ocorre agora na Romênia há mais tempo, na Venezuela;
4) Essa é a mais legal de todas, porque também é a mais barata: a NSA coopta agentes públicos do poder judiciário, incentiva o acesso ao poder de uma facção notoriamente corrupta, e chantageia essa facção através do agente cooptado, visando a consecução de objetivos econômicos e estratégicos pré definidos (destruição de empresas concorrentes, posse de recursos minerais, etc) conforme a entrega acontece, a chantagem afrouxa, seletivamente.
Lava Jato chega ao fim como as Operações Satiagraha e Castelo de Areia, por problemas de princípio…em breve,vão aparecer,as famosas tecnicidades jurídicas…..assim ;como nas duas operações acima citadas….e desta feita, a lava jato será anulada..é esperar pra ver….
Muito pertinente esta observação. Moraes no STF, ex-advogado de Cunha no MJ, delegados fanfarrões removidos pelo Brasil afora e em breve o sargento Garcia da PGR sendo substituído por alguém de confiança do MT. De fato a Lava Jato já acabou, só o juiz celebridade é que ainda não percebeu. Vai acontecer aqui o mesmo que ocorreu na Itália, depois da Mani Pulite a classe política se reagrupou, editou leis concedendo anistia a si mesmo e a corrupção voltou com muito mais força do que antes.
Não acredito que, em algum momento, Janot tenha tido interesse em um eventual terceiro mandato. É só mais uma encenação lavajatesca. Chega o momento do intrépido procurador sair de cena, e dessa forma, a culpa fica para quem todo mundo sabe que tem culpa mesmo, e se brincar, sai uma candidatura dos “inconformados” atores principais, agitando a bandeira da nova política (tomada da mão de Marina Silva) como alternativa ao Bolssonaro.
E mais: O juiz celebridade percebeu sim, porque também ele colabora para que acabe.
TESTEMUNHA: AMIGO DA MEIRE
Ministério Público Federal:- Delegado, boa tarde. Eu queria, por favor, que o senhor esclarecesse, prestasse alguns esclarecimentos entorno da apreensão daquele equipamento de escuta que foi encontrado, que teria sido encontrado na carceragem da Polícia Federal em março do ano passado. Há uma dúvida bastante grande sobre o que efetivamente aconteceu e foi ouvida uma testemunha aqui, no início da tarde, que referiu que teria havido uma ordem de parte da direção da Polícia Federal aqui no Paraná para instalação desse equipamento, então eu começo lhe perguntando se o senhor, em algum momento, deu essa ordem, se o senhor esteve no controle da colocação dessa escuta e recebeu os áudios em algum momento. Enfim.
Testemunha:- Bom, a testemunha que foi ouvida anteriormente era lotada em outro setor, eu não tinha qualquer relação hierárquica com ela, eu não teria como ter dado qualquer ordem nesse sentido para ela sem um canal hierárquico nesse sentido. Agora, resumindo mais ou menos a história, eu me recordo, mais ou menos no dia dos fatos, eu estava em Curitiba, eu me lembro de alguma coisa, salve engano uma petição no e-proc, alguma coisa nesse sentido, não lembro exatamente, dando conta que o senhor Alberto teria encontrado um aparelho, que poderia ser um aparelho de escuta, aparentemente um transmissor, ou era alguma coisa que estava conectado na energia elétrica. Eu não tenho relação com a custódia, a custódia é uma situação administrativa. Eu lembro que fiquei sabendo disso, salvo engano, eu não me recordo se eu fui ouvido na sindicância ou no inquérito posterior, alguma coisa nesse sentido. Mas acho que só para esclarecer alguns pontos que ficaram meio que… Que parece totalmente descabida essa situação em relação ao que foi alegado. Eu não sei o que a Testemunha anterior falou, mas eu sei, pelo menos eu ouvi algumas relações do que ela teria dito na CPI, mas, alguma coisa no sentido de que a escuta teria por objetivo captar as conversas entre o senhor Alberto e o senhor Paulo Roberto na cela onde eles estavam presos, até para esclarecer, os dois nunca ficaram presos juntos, eles ficavam presos inclusive em alas diferentes. Aí, salvo engano, falaram que o teor desses diálogos eram para ser confrontados em interrogatórios. O senhor Alberto Youssef não foi ouvido… Ele foi ouvido uma vez na polícia, ficou em silêncio e o senhor Paulo Roberto nunca foi ouvido em Curitiba até o acordo de colaboração, ele foi ouvido no Rio de Janeiro. Então tem algumas situações aí que não guardam muito nexo com o que foi dito. E outra coisa também, pelo menos pelo que eu ouvi, que a gente teoricamente acompanharia o que eles falavam na custódia, me parece estranho. Se tivesse esse acompanhamento, como que a gente demoraria aí, o senhor Alberto salve engano teria encontrado o equipamento em um dia, um final de mês, isso foi fotografado, foi levado para perícia, foi feito ata notarial, isso durou mais ou menos o lapso de 01 semana, e se ele estava sendo ouvido como que a gente não teria percebido que ele teria desligado, ou que o suposto equipamento teria parado de funcionar. Mais ou menos é o que eu lembro aí desses fatos.
Ministério Público Federal:- Tá. O senhor sabe qual é a cela que o Alberto Youssef foi colocado logo ao chegar, ou perdão, se o senhor puder ao menos descrever como é a carceragem, como são essas duas alas…
Testemunha:- Bom, a carceragem são duas alas separadas com uma parede, grades de um lado, parede, grades de outro, pelo que eu me recordo… Isso tem documentado, a divisão de qual preso que ia, o serviço de custódia tem um registro de que preso que fica em qual cela, eu não me recordo, se eu não me engano parece que o senhor Alberto Youssef ficava em uma cela do lado… Na hora que você entra na custódia, do lado esquerdo e o Paulo Roberto… Eu sei que eram alas diferentes, e o Paulo Roberto em uma cela do lado direito, que eles nunca ficaram na mesma cela. E elas são divididas com uma parede.
TESTEMUNHA DELEGADO CHEFE (AÇÃO PENAL 503652823)
Ministério Público Federal:- Por favor. Eu gostaria que o senhor esclarecesse, primeiro fizesse um relato geral e depois eu vou aprofundar alguns aspectos, no que toca à apreensão ou à identificação de um aparelho de escuta na carceragem da Polícia Federal que aconteceu em março, teria acontecido em março do ano passado. O que o senhor tem conhecimento… Aliás, até reformulando, primeiro ia lhe perguntar se partiu do senhor ou de alguma autoridade da delegacia, da superintendência aqui do Paraná, uma ordem nesse sentido, da instalação do equipamento, se aconteceu essa ordem, em que circunstâncias, o motivo e qual a razão dela?
TESTEMUNHA :Bem, essa ordem não existiu por nenhuma das autoridades envolvidas na Investigação Lava Jato e nem da Superintendência da Polícia Federal. Até aquele momento, no momento em que ela foi encontrada, nós desconhecíamos que existia esse tipo de aparelho instalado no forro da custódia. Salvo engano, dia 30… Uma data específica, a gente já vinha fazendo várias revistas na custódia para localizar itens não autorizados e, por uma informação da possibilidade de haver um telefone lá dentro, foi feita uma revista na custódia e encontrado, salvo engano, nos pertences do réu Alberto Youssef, uma das partes de um equipamento de escuta ambiental. Até aquele momento, nenhum de nós tinha experiência com esse tipo de equipamento, não sabíamos nem que o equipamento seria da polícia, o que foi confirmado logo na sequência, um equipamento tombado, enfim, pertencente ao Núcleo de Inteligência. Isso foi no final da tarde, por volta de umas 5h da tarde nós retiramos o equipamento, fizemos a revista completa. Na sequência, por volta de 19h nós tomamos conhecimento aí através do processo eletrônico, uma petição da defesa de Alberto Youssef, de que aquele equipamento já tinha sido encontrado 10 dia antes, salvo engano. E, enfim, se preparava uma petição, alguma coisa para relatar aquilo, mas que ele tinha sido encontrado 10 dias antes. O equipamento foi retirado, a administração da superintendência foi comunicada do evento, foi instaurada uma sindicância para apuração, foram ouvidos os presos na ocasião.
A sindicância foi feita, o equipamento, apreendido e a sindicância concluída, naquele momento, a sindicância tinha um foco, ela não foi conduzida por mim, óbvio, mas ela foi conduzida por um dos delegados da superintendência e concluiu que aquele equipamento não tinha condição de uso. Não foi feita perícia nele, mas se solicitou naquele momento uma informação técnica do policial que, além de ser a pessoa que mais detinha conhecimento do equipamento, era quem detinha unicamente a posse daqueles equipamentos. Aqueles equipamentos ficavam exclusivamente com o APF Dalmey, e fez aquela informação dizendo que ele não tinha condições de uso. Não me recordo se no dia seguinte ou dois dias depois, nós voltamos à carceragem, aí eu voltei junto com o próprio Agente Dalmey, para que fosse feita uma nova verificação do forro para ver se havia algum dispositivo mais instalado, algum vestígio, alguma coisa. Nada foi encontrado, no depoimento seguinte, acho que do Alberto Youssef, uma das partes do equipamento foi entregue. A sindicância foi concluída, sem mais nada para… Nenhuma providência a ser tomada. Dentro da sindicância, foi anexado alguns documentos sugerindo que aquele equipamento estivesse lá desde 2008, se não me engano, quando o preso Fernando Antônio da Costa, o Beira-Mar, ficou preso, esse equipamento estaria lá. Enfim, essas informações partiram das pessoas, informações que foram trazidas para a sindicância, dentre elas pelo próprio Agente Dalmey. Enfim, eu sei que a sindicância foi concluída, hoje há outros procedimentos em curso na corregedoria, para apurar se houve alguma irregularidade nessa sindicância e se esse equipamento era realmente o que estava lá desde então ou se ele teria sido trocado, enfim. Aí sobre esses procedimentos eu não tenho conhecimento, que são todos na corregedoria geral.
Ministério Público Federal:- Quanto ao equipamento em si, o senhor disse que foi juntado ao procedimento da corregedoria uma informação de que ele não era operacional, que ele não funcionava. Sabe dizer, recorda das razões desse não funcionamento do equipamento?
Testemunha:- Não me recordo, eu sei que assim, uma das partes estava com o Alberto Youssef, uma das partes foi entregue por ele depois, um pedaço, salve engano o microfone, faltava fiação, mas era efetivamente um equipamento de transmissão, um equipamento que precisava ser acionado remotamente para gravar e esse acesso remoto era feito a partir do Núcleo de Inteligência.
Ministério Público Federal:- O senhor recebeu cópias das gravações que podem ter sido realizadas ou sabe da existência dessas gravações?
Testemunha:- Não, não tenho conhecimento.
Coitadinho! Ele nao sabia de nada. Nunca viu um equipamento desses. Só a esposa dele que usava esse tipo de coisa. Que menino inocente, pois acha que o mundo é burro igual ele pra acreditar nas mentiras que conta.
Alfredo! Pesquisa na doutrina de direito penal a respeito de participacao por omissao. Vc nao só prevaricou, mas vc aderiu ao proposito criminoso da organizacao criminosa. Vc é partícipe! Vc e seus colegas que te pediram aquele relatorio da sindicancia que vc demorou desde 18/12/2015 ate 06/05/2016 pra fazer sem nenhuma diligencia em curso, a nao ser um testemunho perdido da Meire Poza. Esse mesmo que nao podia vir a publico pq nao podia atrapalhar o impeachment da presidente.
Vamos la COAIN!
Superada esta etapa em que se descobriu a prova ilicita, vamos pra segunda etapa: O USO DE CELULAR NA CELA POR ALBERTO YOUSSEF.
Aquele caso em que o bolacha ja estava quase indiciado no inquerito 674/14 e Igor estragou tudo por meio do inquerito 768/14.
Mais um indicio das armacoes do Igor viu Alfredo. Dava pra somar nos indicios da autoria do Igor o
Organograma de amigos tb viu, o pedido que ele e Moscardi fizeram para Fanton retirar o depoimento e o reconhecimento fotografico da Nelma do 737.
Ate cego consegue ver. Nao ve quem nao quer ver!
Alfredinho, Alfredinho…vc nunca me enganou!!! Magno está no mesmo caminho!!! Prova disso tudo: a COAIN deve ser extinta. Se fosse o Marcos Paulo da DIP ja estariam todos em cana!!! Na polícia é assim, uns querem se dar bem…vide Valeixo..outros fazem o que é certo… vide Fanton…E vc, de que lado está? Durma bem…já ouviu falar na roda gigante da Polícia?
[…] Armação federal (I) […]
Que solucao mais emgracada essa da coain. A culpa é de quem provocou tudo e mostrou que tinha razao.
Uma salva de palmas para o quarteto Tania Fogaca, Daiello, Alfredo Junqueira e Cordeiro.
O delegado Moscardi que falsificou uma sindicancia toda pra encobrir a fraude ganha um pad prescrito de trabalhar mal! Palmassssss para ele!!! É o garoto paginas amarelas da veja, cujo patrocinio foi dado por Daiello.
Sera que a Tania Fogaca esta reunida agora com o Igor Romario para ver qual solucao dar no inquerito 737 para esconder a denunciacao caluniosa que ele provocou?
E vc dr Etico, sera que nao havia nenhum indicio, como a sra Daniele Gossenheimer ter sido a autora da escuta do fumodromo, para presumir que o senhor Igor, Rosalvo e Marcio sao os mandantes dessa escuta na cela? Sera que a palavra do agente estuprado, unica testemunha do pedido antietico, nao vale nada diante de tantos indicios?
Pra mim esta claro que existe uma evidente e eloquente prevaricacao por parte desses delegados que apuraram e mandaram apurar a farsa.
Ainda bem que quem vai ver o resultado dessas duas escutas vai ser o pgr, o stf e o Presidente. Talvez o fato seja crime! Talvez seja improbidade administrativa! Talvez gere infracao punivel com demissao! Quem sabe?
Senhor Jornalista. Já fiquei falando sozinho até em situações menos complexas. Infelizmente, a tão em moda teoria do domínio dos fatos não está em prática no Direito Administrativo. Há que se perguntar: por que um agente federal tomaria tal iniciativa? Soa-me evidente que de que esse servidor está falando a verdade. Um grampo nessas condições só interessaria a Farsa Jato. Como a Farsa Jato tem dono, permito-me presumir que a questão deixa de ser meramente administrativa e ganha contornos criminais e vai além das fronteiras da PF. Este agente cumpriu ordens, sim, ainda que ilegal.
Dr. Armando,
por favor, esclareça-me.
Alguém pode retirar do ALMOXARIFADO da POLÍCIA FEDERAL um aparelho que permite praticar crimes de várias ordens assim sem mais nem menos?
Um aparelho de escuta é mais letal que uma arma.
Att.
Aqui vai uma sugestão: já que os justiceiros da Lava Jato idolatram tanto as práticas norte-americanas de apuração criminal, porque a Corregedoria da PF não submete os delegados fanfarrões de Curitiba ao detector de mentiras? Com certeza estes investigados não acharão que seria uma maneira de produzir provas contra eles mesmos, afinal de contas todos eles assinaram a lista da famigerada “10 medidas contra a corrupção”.
Aliás, em relação ao tema grampo ilegal, o juiz midiático que vazou para o JN o grampo da Presidente da República também deveria se preocupar. Caso os advogados do ex-Presidente Lula insistam em levar a apuração criminal deste fato até o fim, e no meio do caminho Lula for eleito, existem chances reais do autor deste vazamento ilegal para a imprensa ser punido, antes de efetivada a prescrição.
[…] Armação federal (I) […]
[…] Marcelo Auler publica a primeira reportagem da séria “Armação Federal”, onde revela que apareceram, depois de um ano escondidos, apareceram a sindicância realizada para apurar as responsabilidades sobre a escuta clandestina feita na cela do doleiro Alberto Youssef, ponto de partida da Operação Lava jato e as 253 horas e 41 minutos de conversas captadas por ela. […]
[…] Fonte: Armação federal (I) | Marcelo Auler […]
Difícil acreditar nessa “justiça”.
Todo mundo sabe que um APF não entra numa cela e coloca um grampo sem pelo o menos 3 delegados estar sabendo o SR o DRCOR r seu chefe imediato. Aliás , sabendo não , ter MANDADO. Vcs são uns covardes , indiciam por corrupção imaterial quem denunciou crimes e as fraudes e os crimes de verdade são deixados de lado. Vergonha.