No momento em que se encerra mais um ciclo da rotação da terra em torno do sol, é habito fazer um balanço do que nos aconteceu nestes 365 dias que se encerram.
Sem dúvida foi um período difícil em que vivenciamos crises que jamais imaginaríamos rever, depois do muito que brigamos pela redemocratização do país e por uma maior Justiça Social.
Mas é justamente nas crises que aprendemos a resistir e lutar. Algo que, por mais difícil que seja, torna-se mais fácil quando contamos com a solidariedade daqueles que, ao longo da vida, ou mesmo mais recentemente, conquistamos como amigos, companheiros de luta ou simplesmente simpatizantes. Sem nos esquecermos dos parentes que nos acompanham desde o início da vida.
Graças a esses apoios é que consegui caminhar e me foi possível conquistar algumas vitórias. Em 2019, por exemplo, houve a dedicação a resgatar a centenária Associação Brasileira de Imprensa – ABI para o campo democrático, reinserindo-a entre as entidades da sociedade civil que lutam pela defesa do Estado Democrático de Direito.
Uma luta vitoriosa, travada com a ajuda de muitos colegas jornalistas que se somaram nessa batalha. A todos, mais uma vez, renovo meus agradecimentos.
Mas também foi importante o apoio de muitos – anônimos ou não – ao Blog Marcelo Auler – repórter (minha trincheira de lutas e também importante fonte de sustento), mesmo diante das minhas omissões por falta de braços para dar conta das múltiplas tarefas que se apresentaram.
Nesse momento em que agradeço todos esses apoios, renovo minha disposição de continuar na batalha. De não me acovardar nem titubear diante de ameaças e atos autoritários, venham eles de onde vierem.
Fica a promessa de que nessa luta jamais abrirei mãos DOS PRINCÍPIOS que ao longo da vida abracei e pelos quais muito lutei ardentemente.
Não cederei na luta pela prevalência do Estado Democrático de Direito, no qual a Liberdade de Expressão é ponto fundamental.
Não me acovardarei diante das ameaças – entre elas os processos judiciais, mas não apenas eles. Jamais permitirei me autocensurar por medo ou receio. Enquanto tiver forças e o apoio que não me tem faltado, haverá resistência, de todas as formas legais possíveis.
Da mesma forma continuarei lutando por um mundo – em especial, neste em que estou mais diretamente inserido – mais justo, mais igual.
Onde independentemente de crenças ou religiões, prevaleçam os ensinamentos Daquele cujo nascimento comemoramos no Natal: o do amor, incondicional, ao próximo e, em nome deste amor, uma maior Justiça Social.
Nessa luta, espero continuar contando com todo o apoio que até hoje me tem sido depositado. Neste momento, portanto, ao mesmo tempo em que agradeço a confiança que cada um, ao seu jeito e ao seu modo, me depositou, renovo a esperança de seguirmos juntos nessa luta – nos apoiando mutuamente -, por mais árdua que ela seja.
São meus votos e meu compromisso/minha promessa, não apenas aos que me apoiaram, nesse final de 2019 e início de 2020.
Vamos juntos, em frente, resistindo.
Feliz e abençoado Natal. Um ano novo de lutas e conquistas a todos.