Reformas, não pelo, mas do Congresso!
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 Arnaldo César (*)

DIRETAS JÁA overdose de informações proporcionada pela lista do ministro Fachin está deixando o respeitável público enfarado. Por conta do que delataram os diretores da Odebrecht já foram abertos 293 inquéritos. Outros mais são aguardados. A fina flor da inteligência política está lá. Não ficou ninguém de fora. Até o falecido ex-governador Leonel Brizola foi lançado neste mar de lama.

A chamada “Delação do Fim do Mundo” provocou todos os estragos previamente imaginados.  Os desdobramentos desta história darão muitos panos para mangas. Bem como levarão décadas para terem um desfecho qualquer.

Os tribunais brasileiros, seja a Corte Suprema ou as instâncias inferiores, não têm fôlego e tampouco pernas para apurar, julgar, punir ou absorver essa multidão de políticos catalogados no departamento de propinas da maior empreiteira do País.

No fundo, o distinto público está querendo saber qual é a saída para tal barafunda? Atordoada com o volume de informações e com as manipulações que deverão fazer com elas a grande mídia ainda não teve tempo para responder tal questionamento. Alguns editorais – da Folha de S.Paulo, de O Globo e do Estadão – sugerem que a encrenca – uma das mais complexas da história do País – encontrará soluções na Justiça ou através de um reforma política.

Charge copiada do blogger mazelas do judiciario - http://mazelasdojudiciario.blogspot.com.br/2012/05/tribunais-estao-abarrotados.html

Charge copiada do blogger mazelas do judiciario – http://mazelasdojudiciario.blogspot.com.br/2012/05/tribunais-estao-abarrotados.html

Ambos os caminhos são precários. Os tribunais, como se sabe, estão congestionados. Já na Câmara e no Senado a situação está preta. Mais de 40% de seus integrantes estão comprometidos com a Lava Jato e várias outras investigações a respeito das mais variadas formas de corrupção, desvio de dinheiro público, sonegação fiscal, ameaças de morte, chantagem, homicídios e outras “cositas mas”.

Como reformar a política com um Congresso em que mais 300 parlamentares ostentam prontuários cabeludos? A quadrilha que comandou o golpe contra a presidente Dilma Rousseff tirou o Brasil dos trilhos. E, mais: esses ladravazes não fizeram outra coisa a não ser dar provas cabais de que estão preocupados única e exclusivamente com os seus interesses pessoais. Para eles, a Nação que se lixe!

Pelo visto, o respeitável público terá, ele mesmo, que retirar o País do atoleiro em que a classe política o mergulhou. A coisa está tão complicada e movediça que nem mesmo um pacto como os que foram feitos na Alemanha e na Espanha têm condições de ser construído. Por uma razão muito simples, todas as lideranças brasileiras estão enlameadas.

Resta-nos, portanto, um único recurso: Eleições diretas Já.  Não há nada mais purificador e transparente numa democracia quanto à vontade da maioria do povo expressa nos votos. Só assim essa locomotiva chamada: Brasil poderá ser recolocado nos trilhos.

(*) Arnaldo César é jornalista  e colaborador do Blog

4 Comentários

  1. Dilma Coelho disse:

    É preciso investigar…
    — O “AMIGO” NÃO É LULA, O “AMIGO” É O ENGENHEIRO ANTÔNIO REBOUÇAS SAMPAIO:
    É o que mostra documento vazado. Como a internet não perdoa, documentos vazados ainda em 2016 foram resgatados pelos internautas e neles o apelido “AMIGO” era atribuído ao engenheiro Antônio Rebouças Sampaio, amigo de Marcelo Odebrecht, ligado a ACM Neto e a obras na Usina de Hidroelétrica de Pedra do Cavalo. Mesmo que prossigam com as investigações e assumam a delação como verdadeira, o único documento que veio a público, diz o contrário. Eis uma prova física, contra uma delação premiada, que juridicamente não é uma prova. http://www.apostagem.com.br/2017/04/12/documento-mostra-que-o-amigo-nao-e-lula-documento-vazado-liga-o-codinome-a-antonio-reboucas/
    — …”É nesse quadro de subtração da liberdade e tratamento psiquiátrico que Marcelo Odebrecht efetuou sua delação. É na condição de “ou delata ou apodrece na cadeia mesmo sem ser julgado”, que a condicional de denunciar o ex-presidente Lula se tornou insuportável para quem nunca foi submetido a fortes cargas de opressão. Portanto, alguém ou algum codinome deveria ser logo atribuído a Lula e a sua “propina” ser explicada como dada em espécie.

  2. João de Paiva disse:

    Deputados e senadores sérios e honestos (e os há) devem convocar uma CPI e pedir a procuradores, juiz e delegados da Fraude a Jato para dar explicações sobre vazamentos e outras ilegalidades criminosas cometidas.

    Além desses procuradores, policiais federais e juízes, devem ser convocados também os diversos executivos e dirteores das empresas investigadas na Fraude a Jato, para que eles expliquem como é que durante várias décadas essas empresas corromperam políticos e SEMPRE obtiveram vitórias no judiciário. Qual o ‘preço do passe’, para operarem por tanto tempo sem serem molestadas pela PF, pelos MPF e pelos juízes? Qual a ‘comissão’ paga por essas empresas para que as negociatas não fossem investigadas, denunciadas ou se chegassem a tanto, fossem julgadas favoravelmente.

    E os inúmeros casos de venda de sentenças? Será que o esquema não era a regra nas ações contra essas empresas que chegavam ao PJ?

    Como disse Eliana Calmon: “Delação que não cite ninguém do Judiciário não é delação que se preze, que tenha credibilidade, que seja para valer e que possa ser levada a sério”

  3. Reflexão disse:

    Engraçado que nenhum juiz desembargador procurador promotor foi delatado. Vamo para de palhaçada !

  4. Antonia Cruz disse:

    Perfeito. As ruas e povo pode moralizar a desgraça que virou o Brasil pós golpe. Nem o STF tem moral pra seguir avante com essa pouca vergonha.

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