Ao comentar o Inquérito Policial no qual a Força Tarefa da Lava Jato indiciou o ex-presidente Luiz Inácio da Silva e sua mulher, Marisa, não vou me alongar sobre erros, falhas, interpretações que muito já foram falados, como o fez Luiz Nassif no Jornal GGN em: PF insiste em confusão dos apartamentos 141 e 174 no Guarujá. Há, porém, um fato gritante, relacionado com a foto ao lado que mostra uma das postagens feitas pelo delegado federal Márcio Anselmo Adriano, que presidiu o inquérito e indiciou Lula, no período eleitoral de 2014, como noticiou a jornalista Julia Duailibi, em Delegados da Lava Jato exaltam Aécio e atacam PT na rede.
Nossos Códigos de Processo preveem as figuras da suspeição e do impedimento, assim definidos na página do Supremo Tribunal Federal (STF) em: Entenda as diferenças entre impedimento e suspeição:
“No impedimento há presunção absoluta (juris et de jure) de parcialidade do juiz em determinado processo por ele analisado, enquanto na suspeição há apenas presunção relativa (juris tantum).
O Código de Processo Civil – CPC dispõe, por exemplo, que o magistrado está proibido de exercer suas funções em processos de que for parte ou neles tenha atuado como advogado. O juiz será considerado suspeito por sua parcialidade quando for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes, receber presente antes ou depois de iniciado o processo, aconselhar alguma das partes”.
As figuras jurídicas da suspeição e do impedimento valem, segundo os nossos Códigos de Processo,para magistrados, e membros do Ministério Público. Não há previsão na lei para impedimentos de advogados, nem mesmo para procuradores do Estado (advogados públicos). Mas, em um estudo feito pelo procurador do Estado do Espírito Santo, Roger Faiçal Ronconi – Suspeição e Impedimento do Procurador Do Estado – ele conclui: “mutatis mutandis, as regras se assemelham àquelas previstas aos Magistrados, embora a elas não se igualem, devendo a questão ser resolvida sob o enfoque Constitucional e dos princípios que regem a Administração Pública”.
O mesmo deve ocorrer para os demais funcionários públicos, entre os quais delegados de polícia. è a mesma base de princípio, embora eles não estejam atrelados ao previsto nos Códigos. “Não tem previsão legal, mas como base de princípios do sistema epistemológico, o mesmo deve valer para o funcionário publico em si, se tiver interesse em si, direto ou indireto, como parte amiga ou inimiga”, resume um grande criminalista do Rio.
Na notícia de Julia Duailibi, ela expôs outros comentários de Márcio Anselmo:
. “Alguém segura essa anta, por favor”, declarou o delegado Marcio Anselmo, coordenador da Operação Lava Jato, em uma notícia cujo título era: “Lula compara o PT a Jesus Cristo”. Ele também falou sobre habeas corpus que foram impetrados nos tribunais a favor dos investigados. “Vamos ver agora se o STF aguenta ou se vai danieldantar”, declarou, numa referência ao banqueiro Daniel Dantas, que teve a prisão revogada pela Corte em 2008.
Ele também compartilhou uma notícia sobre hospedagem de Lula na suíte mais cara do Copacabana Palace. “Assim é fácil lutar contra azelite!!!”, escreveu. Na reta final do 2º turno, fez comentários em outra notícia, na qual Lula dizia que Aécio não era “homem sério e de respeito”. Escreveu: “O que é ser homem sério e de respeito? Depende da concepção de cada um. Para Lula realmente Aécio não deve ser”. O delegado apagou há poucos dias o seu perfil no Face book.
As manifestações de Anselmo e de outros – como Igor Romário de Paulo e Mauricio Moscardi Grillo – ferem a Lei nº 4.878, de 3 de dezembro de 1965, que dispõe sobre o regime jurídico peculiar dos funcionários policiais civis da União e do Distrito Federal, o que inclui o Departamento de Polícia Federal (DPF). Ali está previsto que se trata de transgressão disciplinar entre outras coisas:
I – referir-se de modo depreciativo às autoridades e atos da administração pública, qualquer que seja o meio empregado para esse fim;
XII – valer-se do cargo com o fim, ostensivo ou velado, de obter proveito de natureza político-partidária, para si ou terceiros;
Ambos incisos, no entendimento de diversos juristas, foram feridos com as postagens dos delegados, mas um sindicância feita pela própria Superintendência Regional do Paraná do Departamento de Policia Federal (SR/DPF/PR), apesar das promessas do então ministro José Eduardo Cardozo de que “nós jamais podemos permitir partidarização de nenhuma investigação. A imparcialidade é uma caraterística das investigações policiais e das ações administrativas e cabe ao ministério da Justiça verificar. A (Corregedoria da) Policia Federal fará uma averiguação da conduta desses agentes policiais.Se for comprovada alguma ilegalidade ou ofensa ética as medidas serão tomadas”.
Oficialmente, a sindicância realizada, – apesar das transgressões previstas na Lei 4.878 -, concluiu que não houve ilegalidade nem transgressão disciplinar. Para a Corregedoria e a direção do DPF, os delegados estavam exercendo o direito de manifestação previsto na Constituição. Cardozo,embora jurista, aceitou de bom grado. Não quis brigar com a Força Tarefa da Lava Jato. Tinha medo da opinião pública. Ou melhor, da opinião publicada.
Um comportamento completamente diverso do que adotou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que decidiu abrir uma investigação na sua Corregedoria contra quatro juízes que participaram, em 17 de abril, de um ato contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff, na capital fluminense. O nome dos magistrados não foi informado pelo TJRJ sob argumento de que a investigação contra eles corre em segredo de justiça, como noticiou em.com.br, em Juízes que participaram de ato contra afastamento de Dilma podem perder o cargo.
Estes juízes, destaque-se, não julgavam nenhum processo com relação a Lula, Dilma ou qualquer político. Foram como cidadãos, mas tiveram que responder a sindicância que acabou arquivada após muita discussão no Órgão Especial.
Situação diversa dos delegados que atuam diretamente nas investigações da Lava Jato. Como lembra um agente de Polícia Federal do Paraná, “estes delegados deveriam estar impedido de tocar esses inquéritos. Mas o que acontece é que ninguém na SR do Paraná pensa na repercussão negativa disso”.
Mais grave é que o governo Dilma Rousseff, com medo da mídia, nada fez administrativamente com relação a diversas irregularidades cometidas pela Polícia Federal do Paraná. Da mesmo forma que se omitira o Ministério Público Federal e o Judiciário como um todo. Algo fica claro. Isenção não houve.
21 Comentários
Aparentemente alguém quis se passar por mim.
Não apenas discordo do que foi escrito, como também já estou adotando medidas para responsabilizar quem o fez.
Diante do seu comentário de que alguém usou seu nome em uma postagem aqui, eu já retirei do ar o que essa pessoa escreveu. Não tinha como adivinhar que nao era o próprio. atenciosamente Marcelo Auler
A citação doutrinária está fora de contexto, valendo para procuradores e não para delegados. foi escrito a muitos anos atrás.
Parte do MPF no Paraná (espero qie seja só uma parte), virou advogado de bandido.
Definitivamente.
A questão é, por que disso?
O MPF não é o fiscal da lei?
Estão sendo chantageados porque cometeram ilegalidades também?
Ou estão com medo do resultado da exposição da verdade?
Independente da resposta. Tenham certeza de uma coisa.
Tudo vai aparecer, e essa será a maior vergonha da história não só da PF, mas tb do MPF.
Prezados,
Esta é mais uma ótima reportagem do Marcelo Auler. As críticas ao governo Dilma e ao então Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, são pertinentes. Entretanto não podem os blogs e portais progressistas se voltar contra as vítimas, culpando-as pelo golpe de Estado em vias de se consumar. Agindo assim, blogueiros, jornalistas, articulistas e cientistas sociais e políticos mais parecem aqueles torcedores que, diante da eliminação do time, se põem a hostilizar e culpar o treinador pelo fracasso da equipe. Essa postura é muito cômoda; e igualmente covarde. No mundo esportivo quando aqueles que fogem a esse script, fazendo críticas constantes e consistentes a determinados treinadores e comissões técnicas, deparam com o sucesso daqueles que são objeto da crítica, é comum serem hostilizados não só por aqueles a quem eram dirigidas as críticas, mas pela malta descerebrada, que constitui a massa dos torcedores comuns, volúveis e influenciáveis pela chamada ‘grande mídia comercial’. Eu me lembro que José Trajano, sempre crítico da seleção brasileira de 1994, do então treinador Carlos Alberto Parreira e do auxiliar técnico Zagallo, teve de ouvir vários desaforos, tanto de Zagallo (que proferiu aquela frase canalha “vocês vão ter que me engolir”), como de vários torcedores sem noção, que passaram a ofender os jornalistas que faziam críticas à CBF, à comissão técnica da seleção brasileira de futebol e ao péssimo em horroroso futebol que apresentavam.
Há mais de dois anos tenho criticado os chamados ‘intelectuais esquerdistas’ (como Wanderley Guilherme dos Santos e Aldo Fornazieri), que se aproveitam da fragilidade da Esquerda que chegou ao poder (O PT e o PC do B que ao primeiro se aliou e se mantém fiel), após incessante massacre midiático e da burocracia estatal que se associou em ORCRIM, para derrubar a presidenta Dilma Rousseff e aniquilar o PT e a Esquerda. É muito fácil se juntar a uma maioria de ocasião, a uma horda nazifascista e atacar aqueles que estão enfraquecidos; no mundo animal as hienas fazem isso. Além de ingênuas, as Esquerdas brigam entre si e agem como canibais, seja para chegar ao poder, seja para capitalizar eventuais apoios e simpatias, quando algum dos seus segmentos está na iminência de ser defenestrado do poder, mesmo que através de um golpe de Estado, como é caso em curso no Brasil.
Há um dito popular, que é muito apropriado para o momento: “Roupa suja se lava em casa.”. As Esquerdas JAMAIS colocaram em prática essa máxima. Se o fizessem, a farsa do mensalão não teria tido o trágico desfecho que teve. E sem o sucesso daquela farsa, a atual, que culmina na deposição de um governo legítimo, substituindo-o por um composto pelas quadrilhas oligárquicas e plutocráticas da velha política, jamais teria lugar.
Prezado João de Paiva
Em consideração aos seus comentários, críticas e também elogios que você tem feito ao longo da existência deste Blog, lhe dou uma explicação: Em momento algum agi com o propósito de me por “a hostilizar e culpar o treinador pelo fracasso da equipe. Essa postura é muito cômoda; e igualmente covarde”.
Como faço sempre, eu reportei uma situação que vem sendo narrada aqui nesse blog há muito tempo. Embora não concorde em culpar e responsabilizar vítimas por crimes que lhe são cometidos, na análise do problema que passamos é fundamenrtal indicarmos onde houve falhas, ainda que elas não justifiquem o golpe que está sendo dado.
atenciosamente
Marcelo Auler
João de Paiva, primeiro quero lembrar que você intervem de forma brilhante por aqui, geralmente, e com certeza, és sujeito em intencionado, pensante.
Porém, não entendi esse teu comentário, meu caro.
O blogueiro ressalta que a presidente e seu ministro, últimos superiores dos políciais de curitiba, sabiam desde 2014 que a conduta deles era, antes de tudo, também política.
Ora, até para preservar o resultado de investigação tão importante, ela teria que assegurar, mediante MJ e DG, que pessoas idôneas cuidassem do caso.
Não o fez, preferiu proferir a mentira de que “a investigação era dela”, e se fodeu, si fufu, se lascou, escafedeu-se….
O poder e a política não tem dó dos covardes, nem dos imbecis, João de Paiva.
Digo mais.
Você, que está aqui há pelo menos 1 ano, chocado com os absurdos da operação leva jato, aposto, qd ver a lei ser cumprida, dizer irá que se trata de uma injustiça, de uma armação do novo governo etc etc etc… aguardemos.
Aliás, essa tese não é apenas minha ok, é também do ex-líder do governo no senado, o Vovó Mafalda lá do MS, que foi em cana.
Você acha que ele conhecia a Diuma ou não?
Disse Mafalda que ela foi muito mal instruída, devemos reconhecer. De um lado, um incompetente deslumbrado, sonhando em ser presidente (Merdadante), de outro, o pianista republicano, frouxo….
Independente disso, a presidente era ela, não eles, a culpada, no fim, é ela mesmo.
Tanto que quem tá lá no senado agora, sentado numa trolha, é ela….
Caro leitor e comentador do blog (não vou me dirigir a ti invocando um pseudônimo impróprio ou deselegante, estejas certo)
Primeiramente agradeço por me considerares um ser pensante. Estejas certo de que sou bem intencionado; mais ainda: sou bem educado, como podes conferir lendo os textos dos comentários que posto aqui; observa que nunca escrevi palavrões ou termos e baixo calão contra quem quer que seja, muito menos contra a maior autoridade do País, a presidenta Dilma Rousseff.
Se leste com atenção o comentário que fiz, hás de ter notado que na abertura está escrito assim “Esta é mais uma ótima reportagem do Marcelo Auler. As críticas ao governo Dilma e ao então Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, são pertinentes.” Portanto a primeira coisa que fiz foi afirmar que concordo com as críticas. A minha discordância é com o momento e a forma como elas foram apresentadas, servindo de munição para os golpistas.
Se trabalhas na PF conheces muito bem as entranhas, as facções e milícias existentes na instituição; há de tudo ali, desde funcionários públicos íntegros e cumpridores do dever até mafiosos, criminosos organizados infiltrados no aparelho de Estado. A série de reportagens feitas por Marcelo Auler incomodou bastante alguns da SR/DPF/PR que se associaram em ORCRIM e utilizam a instituição Polícia Federal para cometer crimes e e patrocinar um golpe de Estado. Pelas reportagens-denúncia, corajosas e reveladoras, Marcelo Auler tem sofrido perseguição, censura e ações judiciais movidas por aqueles que usaram/usam a PF, para cometer ilegalidades criminosas. O MP é outra instituição em que existem também as facções e milícias; isso está evidente e só não vê quem não quer. O PJ também não foge à regra; ou não te lembras daquele juiz Flávio Roberto Souza, da 3ª VFC-RJ, que em confissão, admitiu ter desviado R$830 mil, em moedas estrangeiras, apreendidas pela Justiça em processo criminal por tráfico internacional de drogas? A Farsa a Jato NUNCA teve e NÃO tem o propósito de efetivamente combater a corrupção, mas sim combater o PT e a Esquerda. O discurso de combate à corrupção é apenas mote, para angariar apoio da opinião pública (na verdade não existe opinião pública, mas opinião publicada), ou seja, enganar os chamados ‘inocentes úteis’, de modo a colocar a população contra um governo legítimo e focado na ação social, substituindo-o por um governo golpista, não eleito, mas que defenda os interesses das oligarquias plutocráticas. Não sou filiado a nenhum partido político, embora eu me identifique e milite pelas causas defendidas pela Esquerda Política e Democrática. A chamada ‘Lava a Jato’ jamais me enganou e tenho denunciado a atuação político-partidária e criminosa dos que integram a chamada ‘força-tarefa’, desde o nascedouro, em 2014.
O republicanismo ingênuo e suicida, defendido pelos governos petistas, merece, sim, duras críticas, mas em bons termos, sem baixarias, ofensas, injúrias, calúnias e difamações contra as autoridades. Podes criticar a presidenta Dilma Rousseff por muitas coisas, mas não de covardia. Sempre fui crítico da atuação de José Eduardo Cardozo como ministro da Justiça; nesse cargo ele foi uma nulidade. Mas nunca escrevi palavrões, ofensas ou qualquer palavra desrespeitosa em relação a ele; muito menos fiz acusações infundadas ou que não possa provar.
Não sou adepto do uso de subterfúgios; nunca compactuei com a ação parlamentar do ex-senador Delcídio do Amaral. Embora o tucanato negue, ele era filiado ao PSDB (ou pelo menos assinou ficha de filiação a esse partido); ademais, Delcídio foi nomeado para uma diretoria da Petrobrás, ainda no governo tucano de FHC. As primeiras denúncias de corrupção envolvendo o ex-senador, assim como o ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró, datam desse período. O fato de eu não compactuar com a atuação política de Delcídio não me tira a obrigação moral e o dever cívico de reconhecer a ABSOLUTA INCONSTITUCIONALIDADE da detenção dele, determinada pelo STF. Digo com absoluta certeza: o fato de o STF chancelar a prisão de um senador em exercício do mandato, que não foi apanhado em flagrante delito, não torna constitucional essa INCONSTITUCIONALIDADE FLAGRANTE. O STF estuprou a Constituição Federal nesse e noutros episódios, como vem fazendo há mais de uma década.
A ORCRIM da Farsa a Jato armou uma ratoeira para Delcídio; e ele caiu. Delcídio foi preso ILEGALMENTE, chantageado, pressionado, quiçá coagido e/ou torturado psicològicamente para delatar quem e nos termos que desejam os milicianos da ORCRIM da Farsa a Jato; isso é cristalino como gelo antártico. Portanto, NADA do que provenha de uma delação oriunda de uma prisão ABSOLUTAMENTE INCONSTITUCIONAL poderia ter valor para instruir processos e denúncias criminais contra quem quer que seja, se no Brasil estivesse em vigor o Estado Democrático de Direito. Fica evidente, então, que a burocracia estatal (PF, MP e PJ, incluso o STF) é artífice, senão co-autora e co-partícipe do golpe de Estado que se consuma na seara parlamentar.
O que você chama de ‘novo governo’ é na verdade um bando de golpistas, que para se livrar de investigações, denúncias, processos, julgamentos e talvez condenações penais, se associou para derrubar um governo legítimo, aplicando um golpe parlamentar. Mas esse golpe parlamentar não seria possível, caso a ORCRIM da Farsa a Jato, com o auxílio luxuoso do STF, não fornecesse às quadrilhas oligárquicas e plutocráticas da velha política a munição e o combustível necessários.
Você sabe como funciona o presidencialismo de coalizão? Creio que seja afirmativa a resposta. Delcídio era ‘líder’ do governo no senado, mas isso não significa que todas as ações dele, inclusive as conversas ILEGALMENTE grampeadas, tenham sido orientadas pela presidência da república. DUVIDO muito que Dilma Rousseff ou Lula o tenham orientado a ‘comprar’ o silêncio de quem quer que seja. Desafio Delcídio, tu e qualquer outro a PROVAR isso. A anotação de um encontro, numa agenda eletrônica, e um depoimento dado em ‘delação premiada’ em que Delcídio foi coagido a dizer aquilo que os procuradores queriam que ele dissesse, NÃO PROVA ABSOLUTAMENTE NADA.
Quanto ao ex-ministro Aloízio Mercadante (não uso palavrões ou deturpações dos nomes; quando quero expressar desprezo, costumo grafá-los em letras minusculas), concordo com tuas críticas, embora discorde da forma pouco elegante e deseducada com que as fazes.
No final do teu comentário tu provas a tese que apresentei no meu, como passo a demonstrar. Teu comentário termina assim:
“Independente disso, a presidente era ela, não eles, a culpada, no fim, é ela mesmo.
Tanto que quem tá lá no senado agora, sentado numa trolha, é ela….”
No primeiro parágrafo do comentário original que postei sobre a reportagem de Marcelo Auler, como parte da argumentação escrevi:
“Agindo assim, blogueiros, jornalistas, articulistas e cientistas sociais e políticos mais parecem aqueles torcedores que, diante da eliminação do time, se põem a hostilizar e culpar o treinador pelo fracasso da equipe. Essa postura é muito cômoda; e igualmente covarde.”
Trocando apenas os sujeitos das ações, mantendo a ordem e as ações indicadas pelos verbos, argumentação pode ser assim reescrita:
Agindo assim, leitores e comentaristas de blogs e redes sociais mais parecem aqueles torcedores que, diante da eliminação do time, se põem a hostilizar e culpar o treinador pelo fracasso da equipe. Essa postura é muito cômoda; e igualmente covarde.
Não fujo dos debates civilizados.
Saudações.
Concordo com 99% do que diz.
Quando me refiro ao que Delcídio disse, me refiro apenas ao trecho que citei: “ele avisou que a lava jato existia para destruir o governo, e ela foi convencida por carozo e mercadante que não devia fazer nada”. PONTO.
Do resto, nem sei.
De um fato ninguém vai poder fugir, ela sabia sim do comprometimento político dos policiais, que ficou cada vez mais forte e evidente.
Não fez nada.
E caiu por causa disso!
De forma civilizada e inteligente o consenso se estabelece.
Devo dizer que às vezes sinto engulhos e vontade de escrever textos pesadíssimos contra algumas figuras públicas (sejam elas dos poderes políticos sejam aquelas da burocracia estatal que usam os cargos públicos – estáveis, muito bem remunerados e mesmo vitalícios – para fazer a mais imunda política (como é o caso da PF, do MP e do PJ). Mas tenho de me conter, pois a liberdade de expressão termina onde começam os direitos à honra, privacidade e imagem; se não tenho provas, não acuso. Mas não poupo pesadas críticas às instituições e não temo chamar a “Lava a Jato” pelo que ela de fato tem mostrado se: uma Farsa a Jato, uma ORCRIM, com o fito de combater a Esquerda e o maior partido que a representa, o PT. NUNCA apoie nem apóio a Farsa a Jato porque percebi desde o início que ela JAMAIS teve ou tem o propósito de efetivamente combater a corrupção. Como qualquer pessoa honesta e bem intencionada, SEMPRE combato e apóio o combate à corrupção e outros crimes.
Enfim: concordo com as críticas a José Eduardo Cardozo e Aloízio Mercadante como ministros, mas ressalto que devemos fazê-la de forma educada, civilizada.
Quanto à inação da presidenta Dilma Rousseff em relação à Farsa a Jato, essa ORCRIM com o propósito de aniquilar o PT e a Esquerda e derrubar a presidenta, recai-se no republicanismo suicida que você e eu denunciamos; e os maiores defensores desse ‘republicanismo’ foram José Eduardo Cardozo e Aloízio Mercadante. Mais uma vez chegamos ao consenso.
Saudações.
Marcelo, o que você acha da isenção do ministro do STF que foi advogado do PT e agora julga o PT?
Caramba!!! Tá explicado…sabia que havia problemas familiares para ela ser solteirona e insuportável…
Toda essa imundice foi conveniente ate para o impeachment e para o pmdb. Mas espero que o MJ e o presidente Temer saibam que os delegados aecistas nao se pautam pela legalidade e pela etica.
Dai amanha eles podem se juntar com o juiz, alguns procuradores e elegerem outro alvo que pode ser o pmdb e ligar de novo a maquina da inquisicao e queimar o novo governo na fogueira que queimou o PT.
Se o governo for sabio sabera que a punicao exemplar é merecida para esses delegados aecistas e criminosos, sob pena de responderem como Dilma por nao ter controlado essa quadrilha.
Marcelo, você não acha que Ricardo Lewandowski foi leniente, faltando com o decoro, a severidade, no julgamento de Dilma Rousseff?
Mais do que isso amigo, o MPF e a JF tão com o caso da cela ha uns 2 meses, e tão sentados encima (ui!).
Sabe porque? Pq atiçaram os cachorros doidos encima do governo, e tão com medo de cumprir a lei e os delegados falarem a verdade: QUE TAVA TODO MUNDO JUNTO!!!!
Bem, eu to no probatório, eu só fiz o que mandara, e vou cobtar tudo. Até pq, Meire já contou…
Deu ruuuuuuim,iiiihhhh. Vazei!
E o DPF MARCINHO continua:
“Os agentes também já sabiam em maio de 2014 do envolvimento de parlamentares na investigação. Diferente do que foi dito pelos integrantes da força-tarefa, que só tomaram conhecimento da existência de personagens com prerrogativa de foro ao longo da investigação, um dos diálogos revela que Meire e Márcio Anselmo falam do então deputado federal Luís Argolo.
Em 14 de maio, Márcio pergunta para Meire: “vc sabe se o bebe jhonson tinha alguma relação com o precatório do maranhão?”. Bebê Jhonson era como os investigados se referiam ao ex-deputado Luiz Argolo. Ou seja, naquele momento Delegado investigava um deputado federal sem autorização do Supremo Tribunal Federal.”
Eu só fiz o que mandaram, não tenho nada a ver com isso.
Na PF, quem não faz o que os delegados mandam, vai em cana, então….. Vide o caso do Dalmey…..
O delegado combinou a busca p esquentar documemtos!!!!Ele COMBINOU A BUSCA!!!’ Kkkkkkkkkkkkkkk
“Em 5 de maio, o delegado Márcio Anselmo fala com Poza pelo aplicativo de conversas WhatsApp. “Devemos acertar para a prox semana uma viagem a sp para formalizar a apreensão daqueles documentos”. Poza responde: “Te aguardo!!!”. O delegado continua: “Se puder já separe todo o material dos contratos da gfd”.””
N tinha visto a postagem anterior!! Então trata-se do mesmo delegado!! Que absurdo!!!!
Alguém leu o relatório do indiciamento? É uma peça imprestavel…ele jogou para a galera, ele sabe disso…ele sabe também que irá preso…ele sabe que as merdas que ele fez foram sérias e estão quase concluídas, por órgão de incestigaçao adequado!! Esse rapazinho está frito…ele sabe disso!!
Esee dpf Marcio, é o mesmo DPF q estava envolvido na instalação do grampo na cela do Youssef?? É
O mesmo q combinava a hora da busca e apreensão no escritorio da Meire???