Bola fora
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25 de abril de 2016

Marcelo Auler

Trago para a página do blog um debate para o qual ainda não tenho resposta. Parto de um comentário, na verdade, um artigo, de um dos nossos leitores. Pedro Paulo Pinho, a quem não conheço pessoalmente. Tomei esta iniciativa sem consultá-lo. Achei que merecia ser compartilhado pela análise histórica que faz do período que vivenciamos, estarrecidos. Ele bate em uma tecla que tem sido recorrente durante estes 25 meses das fases ostensivas da Operação Lava Jato: o possível interesses estrangeiros (leia-se, em especial, norte-americanos) na economia brasileira e no Pré-sal.

Enquanto no Brasil arma-se a destituição de Dilma Rousseff, em um golpe, nos EUA, pode ocorrer a ascensão de Hillary Clinton,. Fotos reprodução.

Enquanto no Brasil arma-se a destituição de Dilma Rousseff, em um golpe, nos EUA, pode ocorrer a ascensão de Hillary Clinton como digna representante da banca a qual, segundo suspeitas múltiplas, pode estar por detrás do golpe no Brasil. Fotos reprodução.

Por isso, resolvi abordar esta questão, embora nesta postagem vá criar mais dúvidas do que certezas na cabeça do leitor. O propósito é este mesmo, até por não encontrar, ainda, repostas para tudo. Juntos, talvez cheguemos a alguma conclusão.

Não me limitei ao que nos falou Pinho, trouxe algumas outros alertas dados recentemente por pessoas diferentes, entre os quais outro dos nossos leitores, João de Paiva.

Mas, do texto de Pinho destaco quando ele alerta que no ano em que o Brasil,parece caminhar para destituir a sua primeira presidente mulher, Dilma Rousseff, nos Estados Unidos ocorre a ascensão à Casa Branca de Hillary Clinton, a primeira mulher a presidir os EUA:

Ela representará melhor do que qualquer outros dos candidatos o interesse da banca. Desde a condução da dupla Thatcher/Reagan, nos anos 1980, o sistema financeiro internacional vem se apoderando dos governos em quase todo mundo, E, assim, vem impondo “crises” com as quais se apropria das riquezas e dos ganhos das outras atividades econômicas e concentra cada vez mais o poder em menor número de mãos“, diz Pinho

Em justa homenagem, devo lembrar que um dos leitores assíduos do Blog, João de Paiva, bate em tecla semelhante há muito tempo. No último dia 16 de março, por exemplo, ele postou nos comentários:

“(…) a Lava Jato JAMAIS teve o propósito de combater a corrupção, mas sim objetivos político-partidários, de modo a aniquilar o PT, os líderes petistas, a Esquerda em geral e derrubar a presidente Dilma Rousseff. A PF e o MP sem controle são o golpe; sergio moro é o golpe; o PIG, liderado pela globo, é o golpe. Janot compactua com o golpe. Há uma conspiração para a derrubada do governo, com o alto comando nos EUA. A direita e extrema direita, em condições normais, dentro das regras do jogo democrático, não se mostra capaz de chegar ao poder central por meio do voto popular; por essa razão ela, que sempre foi golpista, se junta aos atores e instituições anteriormente citados, para criar e/ou agudizar a crise política e econômica, incitando o ódio de classe sobretudo na classe média e média alta, por meio da lavagem cerebral e manipulação e distorção criminosa das informações, através do PIG“.(o negrito é meu).

Os jornalistas Andrew Fishman e Glenn Greenwald, ainda que reconheçam que não há comprovação, levantam a tese do envolvimento norte-americano na crise brasileira. Foto: Reprodução da Internet

Os jornalistas Andrew Fishman e Glenn Greenwald, ainda que reconheçam que não há comprovação, levantam a tese do envolvimento norte-americano na crise brasileira. Foto: Reprodução da Internet

Adeptos da tese – Não são apenas os dois. Ainda recentemente um intrigante artigo dos jornalistas Glenn Greenwald, Andrew Fishman e David Miranda, na segunda-feira (18/04), em The Intercept, falava de encontros que o senador tucano Aloysio Nunes (SP), ex-candidato a vice na chapa de José Serra, teria nos Estados Unidos, logo após à votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma.

Em Porque o Sen. Aloysio Nunes foi a Washington um dia depois da votação do impeachment?, da qual trago alguns trechos mais abaixo, os três jornalistas também registram a suspeita do envolvimento norte-americano em tudo o que ocorre no Brasil, embora destaquem que ainda não há como  se confirmar tal tese.

Por fim, antes de passar à integra do artigo/comentário do Pinho, dentro da mesma linha de pensamento, de possíveis interesses estrangeiros no que estamos vivenciando no Brasil, cabe aqui lembrar o trecho final da coluna de Luís Fernando Veríssimo de quinta-feira (21/04), intitulada Morcegos. Nela, ele primeiro aborda o destacado papel da Escola das Américas nos golpes na América Latina, através do adestramento de militares e policiais brasileiros e latino-americanos, inclusive com táticas de torturas. Em seguida, levanta uma verdadeira lebre sobre a crise atual, trazendo dois personagens que até agora passaram desapercebidos:

Veríssimo defende que se investigue as ligações dos irmãos David e Charles Koch com a crise brasileira.Foto- reprodução da Internet

Veríssimo defende que se investigue as ligações dos irmãos David e Charles Koch com a crise brasileira.Foto- reprodução da Internet

Os irmãos Koch são multimilionários americanos com intensa atividade política. São, possivelmente, o maior exemplo mundial do poder do dinheiro sobre a política. Fazem e desfazem candidatos e também ignoram fronteiras, inclusive morais. Chama atenção a quantidade de sites na internet ligando os Koch ao Brasil, principalmente agora, quando o destino do petróleo, o maior interesse dos irmãos, está em jogo — embora, nesta confusão, poucos se lembrem disso. Os Koch também têm a sua escola das Américas, versão civil, para doutrinar jovens empresários e líderes continentais, inclusive desfilantes brasileiros. Felizmente, tortura não parece estar no currículo.

Alguém da nossa brava imprensa investigativa deveria dar uma espiada nessa ligação Koch-Brasil. Eu não. Eu quase não estou mais aqui”.

Vamos ao artigo de Pinho e depois a trechos do artigo dos jornalistas Glenn Greenwald, Andrew Fishman e David Miranda.

Deposição? Acordão? Revolução?

Tanta sensibilidade à cortesia e tão pouca à verdade.

(Rui Barbosa, Réplica)

Pedro Augusto Pinho (*)

votação do impeachment - reprodução Rhe Intercept

A aprovação da admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff desperta a sensação de que os interesses dos capitais estrangeiros, do sistema financeiro internacional aliaram-se à corrupção da maioria dos políticos nacionais e ao apoio histórico da elite. Foto reprodução The Intercept

Nesta última semana de abril, quando escrevo, há uma sensação de que os interesses dos capitais estrangeiros, do sistema financeiro internacional que chamo a banca, aliados à corrupção da maioria dos políticos nacionais e o apoio histórico da elite rentista, escravagista e ociosa, levarão à deposição da primeira mulher eleita para presidir o Brasil.

Ironicamente, será também o ano que os Estados Unidos da América (EUA) elegerá, pela primeira vez, uma Presidenta. Ela representará melhor do que qualquer outros dos candidatos o interesse da banca. Desde a condução da dupla Thatcher/Reagan, nos anos 1980, o sistema financeiro internacional vem se apoderando dos governos em quase todo mundo, E, assim, vem impondo “crises” com as quais se apropria das riquezas e dos ganhos das outras atividades econômicas e concentra cada vez mais o poder em menor número de mãos.

No Brasil, os sempre presentes interesses alienígenas haviam transferido da farda para a toga, pois os militares haviam cometido um “erro” ao promover o desenvolvimento econômico com estatais e capitais brasileiros, a missão de impedir o salto socioeconômico previsto com os programas que estavam em curso desde 2003.

Mas houve, como já ocorrera em 1964, outro erro de avaliação. A caça às bruxas, que as escutas telefônicas prometiam destruir a Petrobras e a engenharia brasileira, chegou ao aparelhamento político que, no desenho democrático liberal, favorecia os interesses estrangeiros, parceiros desde o Império das elites brasileiras.

Surgiu então o conflito. Muito dinheiro já havia sido gasto pela banca, como na criação dos IPES e IBAD dos anos 1960, para destruir esta nova tentativa de se ter um Brasil Soberano e Justo. E os acólitos da banca começavam a ser delatados nos inquéritos, outros processos se iniciavam fora da ação dos regentes escolhidos, e, em pouco tempo, as oposições e a maioria parlamentar ficavam expostas às mesmas mazelas com que se pretendia atingir tão somente os condutores do processo desenvolvimentista.

Tratou-se de conseguir um novo instrumento e para isto, na mesma linha togada, foi ampliada a conquista, por meios que o futuro, como sempre, revelará.

Temos então o impeachment da Presidente Dilma e a absolvição coletiva da corrupção. Voltamos à acomodada situação parlamentar burguesa, sem o risco Lula.

Golpe civil-militar de 1964. Vamos repetir Foto reprodução outraspalavras.netSerá isso mesmo? Repetirá o Brasil, em 2016, o Brasil de 1954? de 1964? É esta a tragédia brasileira?
Houve sempre e, não só em nossa história, mas na história de muitas nações, a crença do líder, no salvador que nos tiraria da angústia e da aflição.

Salvo teóricos e estudiosos da política, da história, das ciências sociais, poucos entenderam que a participação é fundamento indispensável de qualquer transformação. Como administrador profissional aprendi que as reações às mudanças organizacionais se combatiam com o envolvimento de todas as áreas envolvidas naquela mudança.

Por que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é constantemente criminalizado? Por que é tão desfigurado na grande e oligopolista imprensa? Por que será o alvo específico, dentro de uma lei aparentemente antiterrorista? Ouso entender que é uma associação constituída na participação.

Numa entrevista em programa da televisão aberta, seu representante João Pedro Stédile afirmou que as unidades do Movimento são autônomas; tem liberdade de decisão em todas as áreas, inclusive na ideologia religiosa, que fora o objeto da pergunta, onde convivem católicos, denominações protestantes e cultos de matriz africana. Assim não se perde, em discussões desagregadoras, o objetivo maior da produção da propriedade agrária.

Outra questão diz respeito aos acordões. O brilhante jornalista Fernando Brito encima seu blog com o dístico: “A política, sem polêmica, é a arma das elites”.

Getúlio Vargas e João Goulart, pela formação e, talvez, pela própria condição social e econômica, não promoveram a ampla integração política das classes trabalhadoras e dos despossuídos nacionais. Faltou-lhes, no momento crítico, uma estrutura corresponsável pelos mínimos avanços que se pusesse ou se propusesse defendê-los. Os ganhos eram decorrência de acordos, de cartas aos brasileiros, de juros altos e ajustes fiscais.

A eleição da Hillary Clinton trará, com toda certeza, uma nova crise, tipo 2008. A banca está cobrando mais sacrifícios à população dos emigrantes, dos desempregados, dos aposentados e pensionistas sem seus direitos. Acredito que esta “crise” se dará na área do euro, procurando atingir mais fortemente a economia da Federação Russa, mas com grande repercussão na fragilizada economia brasileira. Será o grande problema do dirigente de 2017. Quem saberá ou poderá contê-la ou minimizá-la com as restrições de um acordão?

Acredito que o Brasil que queremos não virá, necessariamente, de uma revolução. Mas não virá também de acordos impossíveis com a banca e com a elite cruel, como a denominou o grande pensador brasileiro, Darcy Ribeiro.

(*) Pedro Augusto Pinho, avô e administrador aposentado

Porque o Sen. Aloysio Nunes foi a Washington um dia depois da votação do impeachment?

“Oo Estados Unidos têm permanecido notavelmente silenciosos sobre esse tumulto no segundo maior país do hemisfério, e sua postura mal foi debatida na grande imprensa. Não é difícil ver o porquê. Os EUA passaram anos negando veementemente qualquer papel no golpe militar de 1964 que removeu o governo de esquerda então eleito, um golpe que resultou em 20 anos de uma ditadura brutal de direita pró-EUA. Porém, documentos secretos e registros surgiram, comprovando que os EUA auxiliaram ativamente no planejamento do golpe, e o relatório da Comissão da Verdade de 2014 no país trouxe informações de que os EUA e o Reino Unido apoiaram agressivamente a ditadura e até mesmo “treinaram interrogadores em técnicas de tortura.” 

Por anos, o relacionamento de Dilma e Obama foi instável, e significativamente afetado pelas denúncia da presidente à espionagem da NSA,. Foto: planalto.gov.br

Por anos, o relacionamento de Dilma e Obama foi instável, e significativamente afetado pelas denúncia da presidente à espionagem da NSA,. Foto: planalto.gov.br

(…)  Por anos, o relacionamento de Dilma com os EUA foi instável, e significativamente afetado pelas declarações de denúncia da presidente à espionagem da NSA, que atingiu a indústria brasileira, a população e a presidente pessoalmente, assim como as estreitas relações comerciais do Brasil com a China. Seu antecessor, Lula da Silva, também deixou de lado muitos oficiais norte-americanos quando, entre outras ações, juntou-se à Turquia para negociar um acordo independente com o Irã sobre seu programa nuclear, enquanto Washington tentava reunir pressão internacional contra Teerã. Autoridades em Washington têm deixado cada vez mais claro que não veem mais o Brasil como seguro para o capital.

Os EUA certamente têm um longo — e recente — histórico de criar instabilidade e golpes contra os governos de esquerda Latino-Americanos democraticamente eleitos que o país desaprova. Além do golpe de 1964 no Brasil, os EUA foram no mínimo coniventes com a tentativa de depor o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em 2002; tiveram papel central na destituição do presidente do Haiti, Jean-Bertrand Aristide em 2004; e a então Secretária de Estado, Hillary Clinton, prestou apoio vital para legitimar o golpe 2009 em Honduras, apenas para citar alguns exemplos.

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Aloysio Nunes (esquerda) José Serra e Eduardo Cunha: “Como presidente da Comissão de Relações e Defesa Nacional do Senado, Nunes defendeu repetidas vezes que o Brasil se aproxime de uma aliança com os EUA e o Reino Unido”, diz o The Intercept (foto Reprodução The Intercept).

Muitos na esquerda brasileira acreditam que os EUA estão planejando ativamente a instabilidade atual no país com o propósito de se livrar de um partido de esquerda que se apoiou fortemente no comércio com a China, e colocar no lugar dele um governo mais favorável aos EUA que nunca poderia ganhar uma eleição por conta própria.

Faltam evidências – Embora não tenha surgido nenhuma evidência que comprove essa teoria, uma viagem aos EUA, pouco divulgada, de um dos principais líderes da oposição brasileira deve provavelmente alimentar essas preocupações. Hoje — o dia seguinte à votação do impeachment — o Sen. Aloysio Nunes do PSDB estará em Washington para participar de três dias de reuniões com várias autoridades norte-americanas, além de lobistas e pessoas influentes próximas a Clinton e outras lideranças políticas.

O Senador Nunes vai se reunir com o presidente e um membro do Comitê de Relações Internacionais do Senado, Bob Corker (republicano, do estado do Tennessee) e Ben Cardin (democrata, do estado de Maryland), e com o Subsecretário de Estado e ex-Embaixador no Brasil, Thomas Shannon, além de comparecer a um almoço promovido pela empresa lobista de Washington, Albright Stonebridge Group, comandada pela ex-Secretária de Estado de Clinton, Madeleine Albright e pelo ex-Secretário de Comércio de Bush e ex-diretor-executivo da empresa Kellogg, Carlos Gutierrez.

A Embaixada Brasileira em Washington e o gabinete do Senador Nunes disseram ao The Intercept que não tinham maiores informações a respeito do almoço de terça-feira. Por e-mail, o Albright Stonebridge Group afirmou que o evento não tem importância midiática, que é voltado “à comunidade política e de negócios de Washington”, e que não revelariam uma lista de presentes ou assuntos discutidos.

Nunes é uma figura da oposição extremamente importante — e reveladora — para viajar aos EUA para esses encontros de alto escalão. Ele concorreu à vice-presidência em 2014 na chapa do PSDB que perdeu para Dilma e agora passa a ser, claramente, uma das figuras-chave de oposição que lideram a luta do impeachment contra Dilma no Senado.

Interesses de Temer – Como presidente da Comissão de Relações e Defesa Nacional do Senado, Nunes defendeu repetidas vezes que o Brasil se aproxime de uma aliança com os EUA e o Reino Unido. E — quase não é necessário dizer — Nunes foi fortemente apontado em denúncias de corrupção; em setembro, um juiz ordenou uma investigação criminal após um informante, um executivo de uma empresa de construção, declarar a investigadores ter oferecido R$ 500.000 para financiar sua campanha — R$ 300.000 enviados legalmente e mais R$ 200.000 em propinas ilícitas de caixa dois — para ganhar contratos com a Petrobras. E essa não é a primeira acusação do tipo contra ele.

A viagem de Nunes a Washington foi divulgada como ordem do próprio Temer, que está agindo como se já governasse o Brasil. Temer está furioso com o que ele considera uma mudança radical e altamente desfavorável na narrativa internacional, que tem retratado o impeachment como uma tentativa ilegal e anti-democrática da oposição, liderada por ele, para ganhar o poder de forma ilegítima.

O pretenso presidente enviou Nunes para Washington, segundo a Folha, para lançar uma “contraofensiva de relações públicas” e combater o aumento do sentimento anti-impeachment ao redor do mundo, o qual Temer afirma estar “desmoraliz[ando] as instituições brasileiras”. Demonstrando preocupação sobre a crescente percepção da tentativa da oposição brasileira de remover Dilma, Nunes disse, em Washington, “vamos explicar que o Brasil não é uma república de bananas”. Um representante de Temer afirmou que essa percepção “contamina a imagem do Brasil no exterior”.

“É uma viagem de relações públicas”, afirma Maurício Santoro, professor de ciências políticas da UFRJ, em entrevista ao The Intercept. “O desafio mais importante que Aloysio enfrenta não é o governo americano, mas a opinião pública dos EUA. É aí que a oposição está perdendo a batalha”.

28 Comentários

  1. Gostaria de deixar esse comentario para agradecer seu conteúdo novamente, ótima leitura. Att. Luiz Carlos Casante

  2. Pedro Augusto Pinho disse:

    Prezado Marcelo Auler
    Está dada a autorização para uso de minhas reflexões.
    Seguem outras, sobre mais um infeliz momento de nossa história.
    ONDE ESTAMOS? AONDE VAMOS? COM QUAL PROJETO?

    Depois de um longo sono letárgico, tão terrível como a morte,
    a razão acorda esbaforida dos monstros que a cercavam. O
    gênio armado do dom de pensar sai a campo para combatê-los.
    A verdade se mostra sob estes auspícios; seu esplendor
    trabalhosamente penetra através das espessas trevas da
    ignorância. O erro treme; as serpentes assobiam sobre a cabeça
    da inveja. A superstição mal segura na sua peçonha, cambaleia.
    Prepara-se uma grande revolução.
    (José Bonifácio de Andrade e Silva, Projetos para o Brasil)

    Vivemos, nas palavras de governistas e dos golpistas, um caos; para os últimos “por Deus, pela minha família, pelas pessoas de bem” ou, já que me pretendo jocoso, “pessoas de bens”. É o resultado deste processo de impeachment que acrescenta a outras mazelas nossa humilhação no mundo contemporâneo.
    O primeiro passo para qualquer projeto é o conhecimento da realidade quer factual quer ideológica. Os objetivos, para um mínimo de efetividade, devem ter início no ponto em que nos encontramos.
    O Brasil vive um encontro do passado, por nossas instituições – reflexo da elite no poder desde o período colonial, com o presente das tecnologias de comunicação e com as ambições populares de participação e reconhecimento.
    Também a geopolítica não é aquela que nos aprisionou na dualidade da guerra fria. Hoje vivemos a expansão de um sistema financeiro, que abreviadamente chamarei “banca”, ao qual se contrapõem movimentos nacionalistas. Basta ver as visitas do Papa Francisco e do Presidente Obama a Cuba e o curvar da República Popular da China aos instrumentos da banca para se ter a visão desta nova realidade. Também a oposição à banca se dá em movimentos políticos tão distintos quanto o de Evo Morales e sua República Multirracial e Marine Le Pen com sua Frente Nacional.
    Desfaz-se a oposição esquerda x direita. Surge um internacionalismo financeiro versus um nacionalismo econômico e político.
    No mundo acadêmico, em especial o norte-americano, há intenso debate sobre a influência das instituições no perfil dos países. O chamado legado histórico, que diferencia as colônias europeias nas Américas, seria decorrente dos modelos institucionais exportados pelos colonizadores.
    Sem qualquer pretensão de ensinar História, lembro que a colonização pela Inglaterra, Espanha e Portugal do Novo Mundo, ocorrida da virada do século XVI ao século XVIII, tiveram seus modelos institucionais distintos.
    O inglês, face às revoluções que ocorriam – Industrial, “Puritana” – não foi único nem linear. Algumas colônias como Virgínia e Massachussets foram estabelecidas por companhias de comércio, outras, como Maryland, por aristocratas – Lorde Baltimore, Lorde Carlisle – e outras, ainda, por populações de indivíduos, o que não lhes deu caráter homogêneo e integrador, o que só ocorreria posteriormente e com uma Guerra Civil. Espanha e Portugal, ao contrário, tinham uma uniformidade institucional, ainda que operacionalmente diferentes.
    Ater-me-ei somente ao caso da colonização portuguesa, mas recordo que todas economias coloniais nas Américas adotaram a escravidão africana.
    Por que teríamos por tão largo tempo a escravidão como matriz da economia brasileira? Porque o modelo difundido por Portugal não aproveitava as revoluções que corriam na Europa, mas, ao contrário, reagia ao capitalismo com um sistema pré-capitalista e comercial pluricontinental. Havia um só Reino, uma só Nobreza e diversas capitanias, num conjunto incrivelmente similar do Extremo Oriente à América Lusa: câmaras municipais, corpos de ordenanças e irmandades, conforme o pacto padrão entre a coroa e as famílias – as elites locais.
    Estas elites locais não se apresentavam como Nação, mas com seus projetos e interesses individuais. No magnífico trabalho – O arcaísmo como projeto – Fragoso e Tolentino (1993) demonstram que o horizonte referencial das famílias era o enriquecimento mercantil e a propriedade territorial, para “viver de rendas”, copiando a indolência e ociosidade da aristocracia lusa, além de calcada na desumanidade da escravidão e da ampla segregação.
    Nossa infelicidade maior é a que, ao se tornar um Estado, por um acidente histórico – Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves – ainda no período colonial e posteriormente com a monarquia “nacional”, continuou prevalecendo, até no período republicano, o modelo institucional das famílias e suas orientações, acordos e referências ao além-mar.
    Hoje esta sujeição ao estrangeiro está na submissão ao capital financeiro internacional, com os juros altos e as propostas recorrentes de Estado Mínimo.
    Recentíssima pesquisa, neste ambiente extremado do impeachment, mostrou que os brasileiros, por quase três quartos dos entrevistados, prefere um Estado Forte e Presente.
    Volto a nossas instituições. Não acredito no determinismo histórico, como os marxistas, em geral. Vejo a possibilidade de, por políticas públicas, redirecionar os rumos delineados pelas instituições arcaicas. A plataforma do Bolsa Família é um caso notável que merece estudo até nas antigas potencias coloniais.
    Roberto Mangabeira Unger, em 2001, no livro A 2ª Via, profeticamente escrevia: “É preciso manter o regime presidencialista mas curá-lo, ao mesmo tempo, dos péssimos defeitos que ele tem demonstrado no nosso meio: o surgimento de impasses entre o presidente popular eleito e a maioria congressual hostil e a estranha inversão que torna o presidente forte para apadrinhar e fraco para transformar”.
    Chegamos ao desfecho de outra lamentável página de nossa História: o cinismo, os mais escusos interesses, a chantagem e a vilania, falsamente respaldadas por legislação, mesmo que imposta pelas elites à Nação, unem-se para uma volta ao passado. As mesmas pressões e os recursos da mesma origem estrangeira subvertem novamente a arcaica normalidade institucional para que permaneça tudo como sempre.
    Um site de humor provoca seus leitores afirmando que entre os compromissos dos neogovernantes com seus financiadores está a revogação da Lei Imperial nº 3.353, de 18 de maio de 1888.
    Marcharão o Senado Federal, com sua aprovação, e o Supremo Tribunal Federal, com sua omissão, no apoio ao impeachment, respondendo assim às futuras gerações?
    Fala-se, e eu concordo, na honradez pessoal do Marechal Castelo Branco. Mas a dupla Oliveira Campos/Gouveia de Bulhões, com medidas indecorosas, transferiram ativos e riquezas nacionais para o exterior, empobrecendo o País. Imaginem agora, com a dupla Temer/Cunha e os mesmos interesses impatrióticos na condução econômica, o que mais poderão fazer? Pagaremos royalties pelo ar que respiramos!
    Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

  3. bebel disse:

    Fiquei com a pulga atrás da orelha quando soube que o George Soros vendeu suas ações da Petrobras. Ele não dá ponto sem nó.

  4. C.Paoliello disse:

    Como o Tijolaço revelou, o golpista fhc deu ordens expressas ao golpista temer para nomear o ultra-golpista serra para o ministério da fazenda. Caso isso venha a se concretizar, os funcionários do Banco do Brasil, da CEF, do BNDES, de Furnas e de todas as empresas públicas e estatais podem ir preparando o lombo para uma agressiva e alucinada privatização maciça. Os servidores dessas instituições podem ir se preparar, portanto, para perder muitas conquistas trabalhistas e enfrentar listas intermináveis de demissões, como Macri está fazendo na Argentina a mando do mercado financeiro internacional, a quem também serve o supergolpista serra.

  5. Luiz André disse:

    Eu acredito sim que tudo partiu dos EUA, pois a NSA, muito antes de aparecer a Lava Jato, já vinha espionando a Petrobras e a presidenta Dilma. Ela deve ter repassado para a Republiqueta do Paraná todas as diretrizes de como conduzir todo o processo golpista em curso.

  6. João de Paiva disse:

    Querem a prova do “crime”?

    Acessem http://jornalggn.com.br/noticia/interpretacao-de-texto-em-o-globo-para-alegrar-a-vida e tirem conclusões.

  7. Rekern disse:

    Antes do Pré-Sal, o Brasil estava as mil maravilhas, com as descobertas destes começaram as ações dos EUA:

    1. Financiaram os movimentos contra os aumentos das passagens do transporte coletivo com verba e logística para seus protestos que iniciaram a fase negra para nossa democracia

    2. O uso dos ataques a FIFA para atacarem por tabela a Copa do Mundo no Brasil

    3. Financiaram os movimentos contra o PT em suas manifestações.

    4. Financiamento de jornalistas e veículo de comunicações para atacarem o governo.

  8. José Carlos Vieira Filho disse:

    Se queremos provas da intervenção americana neste golpe, podemos esperar 50 anos, quando os arquivos respectivos estarão liberados para consulta pública.
    Mas, isso não é uma maneira prudente de defender o nosso País

  9. Márcio Moura disse:

    Caro Marcelo,
    O que acontece, e isto está bem claro, não é a Teoria de Conspiração, é sim, Definitivamente, o OPORTUNISMO. Exemplifico;
    _ A Operação Lava Jato, tocada por uns “moleques inconsequentes de classe média tucanos” abriu espaço , pelo vácuo criado pela omissão de quem deveria freia los, para vários “sub interesses” que além de se beneficiaram com o Caos, ainda ajudam a impulsiona lo.

    São eles :
    – Estado Americano, no qual tem interesse no comércio do Petróleo e na desconstrução das empreiteiras brasileiras, além de submarinos nucleares.
    – Rede Globo – interesse além de outros de tirar o foco da Op. ZELOTES que demonstraria a rede de lavagem da emissora e subornos por transmissões.
    TANTO OS AMERICANOS COMO A GLOBO DERAM PRÊMIOS PARA OS PROCURADORES JUIZ E POLICIAIS para ” trazemos para o meu lado”
    – Oposição Política ao Governo- não precisa explicar.
    – Associacao do Delegados da PF – viram na Lava Jato a oprtunidade de usarem a Operação politicamente como pressão para emplacaram os anceios de classe . Os delegados através de grupos de redes sociais fechados articulam para tal.
    -Juizes- Viram a oportunidade de maior fortalecimento da classe
    MPF – a tal das “10 medidas contra a corrupcao” nada mais é também ambições de classe disfarçados e medidas contra corrupcao.
    Fiesp e Bancos Privados – interesses corporativistas aliados a um possível governo , mesmo que seja através de golpe, de direita.
    Além desses interesses também prevalece o interesse PARTICULAR de cada um que acha que pode tirar umancasquinha para si desse estado “sem dono”.

    Esse é o vácuo criado.pela Lava Jato, que fique claro,porém quem o permitiu, foi a incompetência e inércia do próprio governo Dilma, que em um primeiro momento COMPACTUOU com isso tudo achando que era uma Operação contra corrupcao e não lhe atingirá por nao ser corrupta. Agora aguenta minha querida.

  10. João de Paiva disse:

    Caros leitores, caro Jornalista Marcelo Auler.

    O que move a ciência e a busca pelo conhecimento e pelo saber não são as certezas, mas as dúvidas. Sobram-me dúvidas, que de largo superam as certezas provisórias. Mas pela observação dos acontecimentos desde 2011, como muito bem ilustraram os leitor Ruy e Bacellar, o enredo da conspiração não é uma teoria, mas uma verdade que se mostra aos mais atentos de percepção mais aguçada.

    O Poder Judiciário brasileiro é plutocrata e oligárquico; foi cúmplice e/ou apoiador de outros golpes de Estado (sempre contra governos trabalhistas e/ou populares). Para vergonha dos brasileiros defensores da Democracia e dos Direitos Humanos, o STF chancelou a lei da anistia, eximindo de culpa e punibilidade, os torturadores e assassinos da ditadura que assolou o Brasil por mais de duas décadas, a partir de 1964. Isso ao arrepio dos tribunais internacionais, para os quais crimes de tortura, de guerra e contra a humanidade são imprescritíveis. Portanto, a maior surpresa não está na cooptação do PJ pelo alto comando dos EUA.

    Das instituições burocráticas do Estado aquela cuja cooptação/aliciamento por parte do alto comando estadunidense causa maior surpresa é a o MP. Pode-se considerar que o MP com os poderes e atribuições e com a estrutura atual foi refundado pela CF/1988 e que nos governos petistas a ele foram dadas condições de independência e de autonomia (inclusive financeira) para por em prática a fiscalização dos agentes do Estado, atuantes nos outros poderes, investigando e oferecendo denúncias. Ao MP foram dados poderes excessivos e nenhum controle. Com a autonomia financeira, o MP passou a realizar concursos oferecendo altos salários, várias vantagens e mamatas, carreira sólida e estável; assim, foram atraídos jovens voluntariosos (nerds), que viam na carreira de procurador a oportunidade de ter um cargo público, com estabilidade, altos salários, várias regalias e muito poder e prestígio; os que passaram a ingressar no MP não o faziam/fazem por apreço à carreira pública, mas pelo retorno financeiro, statu, estabilidade, vantagens e mamatas e, sobretudo, pelo poder. Cláudio Fonteles, ex-PGR, já demonstrou isso em artigo que foi republicado no blog.

    Quem conhece o histórico da PF não se surpreende que sejam os agentes e delegados desse “departamento”, em tese hierarquicamente comandado pelo Ministério da Justiça, sempre muito vulneráveis e sujeitos a cooptações aliciamentos por parte de organismos e forças alienígenas. Mesmo após a reestruturação da PF, seu aparelhamento (no sentido técnico), a consolidação de plano de carreira com boa remuneração tanto para agentes como para delegados e outros profissionais, continuaram a existir nas SRs do DPF várias facções; o jogo de vaidades e de interesses na PF é tão bruto quanto o jogo político (se não mais). Há evidências de que profissionais da PF recebam uma espécie de “bolsa” da CIA, como conseqüência de “acordos de cooperação” com os EUA. Acordos parecidos foram estabelecidos pelo MPF com autoridades americanas… Basta lembrar que alguns procuradores brasileiros foram aos EU levar informações para subsidiar processos que aquele país move contra a Petrobrás. A recíproca, todos aqui sabem, jamais aconteceria ou acontecerá. Não podemos esquecer que lá nos EU os procuradores tomaram instruções sobre quem investigar aqui. Pouco tempo depois, o juiz sérgio moro determinou a prisão do vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, coordenador do programa nuclear brasileiro. Coincidência? Só os tolos e ingênuos acreditam nisso.

    Sobre a oposição política que trabalha pelo golpe não é preciso comentar; basta observar o que foi aquele circo de horrores da votação pela admissibilidade do pedido de impedimento da presidente Dilma, conduzido por Eduardo Cunha, denunciado no STF com fartas provas de ter cometido diversos crimes, como corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas… Com tudo isso Eduardo Cunha é protegido pelo STF que, covarde e criminosamente, não o julga nem determina o afastamento dele da presidência da Câmara, onde manobra e delinqüe diariamente, a fim de evitar a cassação do mandato pelo conselho de ética(?) da casa. Mais da metade dos deputados que votaram pelo afastamento da presidente Dilma responde a algum tipo de processo no PJ.

    Hoje a cúpula do PJ, o STF, tem enorme parcela de culpa e participação nesse golpe de Estado falsamente legal e falsamente institucional que está em curso no Brasil. A omissão covarde ou a total distorção do objeto da análise – sobretudo de três boquirrotos e militantes ministros: Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello – já prenunciam que os doutos ministros lavam as mãos (como Pilatos) para o que está acontecendo no País. Para piorar, têm a desfaçatez de dizer que as instituições estão funcionando, além de ameaçar a vítima do golpe, a presidente Dilma Rousseff, de denunciar a trama no pronunciamento que fez na ONU.

    Por fim falemos da mídia comercial brasileira, o PIG, que atua como partido político, sempre maximizando o noticiário negativo contra os governos do PT, omitindo ou distorcendo os fatos positivos ou as realizações do governo. A manipulação grosseira do noticiário, o colunismo nazifascistóide que cega e dissemina o ódio contra o PT, contra os petistas, contra Esquerda Política, contra Lula, contra Dilma, etc. A fratura social que decorre dessa atuação criminosa da mídia comercial levará o País a uma guerra civil, ao aumento da violência e da repressão aos movimentos sociais, caso um governo ilegítimo (de Michel Temer e Eduardo Cunha) coloque em prática um programa neoliberal com o desmantelamento das conquistas sociais dos últimos 13 anos.

    A Lava a Jato é aquilo que já afirmei e que outros também já constataram: uma operação midiático-policial-judicial com o slogan de “combate à corrupção”, mas que tem objetivos puramente político-partidários em âmbito nacional e que segue à risca o que determina o alto comando estadunidense (NSA, CIA, Pentágono, Dep. de Estado dos EU, etc.). Sérgio Moro foi treinado e doutrinado nos EUA. E a referência que ele tem de “combate à corrupção” é a operação mani pulite italiana, que arruinou o sistema político daquele país, NÃO reduziu a corrupção (já que ela se sofisticou, dificultando ainda mais o combate) e teve como conseqüência a ascensão do magnata da mídia Silvio Berlusconi ao poder. Portanto, se juízes de tribunais superiores depositavam alguma expectativa positiva em relação aos resultados da Lava a Jato, podemos duvidar de sua boa-fé.

    Estivéssemos numa outra época, em que os cidadãos comuns não dispusessem de canais alternativos para se informar, o golpe estaria consumado há muito tempo. Se a internet é ferramenta de espionagem e dominação que os EU utilizam à larga, ela também proporciona a difusão da informação e do conhecimento aos cidadãos, tornado a censura mais difícil. A atuação dos bravos jornalistas independentes em seus blogs e portais, assim como o uso das chamadas ‘redes sociais digitais’ – em que pese o monitoramento delas por parte do Dep. de Estado dos EU – permitiram que se denunciasse o golpe de Estado. Quando a imprensa estrangeira passou a olhar com atenção os recentes acontecimentos no Brasil, enviando bons profissionais para fazer a cobertura do que está de fato ocorrendo aqui, os principais veículos de comunicação do mundo passaram a tratar o golpe pelo que é: UM GOLPE. Portanto o PIG nacional, a mídia plutocrática brasileira, perdeu essa narrativa. Mesmo que o golpe seja aprovado no Senado, internacionalmente o governo ilegítimo da dupla Temer/Cunha terá dificuldades de se estabelecer perante o mundo. Internamente também o governo golpista não terá facilidades, pois os movimentos sociais ocuparão as ruas; setores organizados da sociedade não aceitam o golpe; se o governo golpista usar de violência e repressão, o mundo saberá instantaneamente. Até o momento as Forças Armadas não se manifestaram; mas se elas rejeitarem o golpe, Temer e Cunha podem ser defenestrados antes de serem empossados. Como eu disse no início, tenho muito mais dúvidas que certezas.

  11. sigma disse:

    Tem um detalhe importante, a ser considerado. Poucos anos atrás tivemos um golpe no Paraguai, orquestrado pela embaixadora americana, que logo a seguir se tornou a embaixadora americana… no Brasil. http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/115065/Na-hora-mais-escura-EUA-instalam-Liliana-no-Brasil.htm. Não penso ser apenas coincidência, somando-se ao conhecido fato de que o golpe de 1964 foi articulado pelo embaixador americano.

  12. Rasputin de Puta Pobre disse:

    E a matéria da carta capital dessa semana, ninguém viu? Tá tudo lá, a lava jato é uma fraude imensa, e os operadores são todos criminosos, incluindo membros do MPF provavavelmente, ou o MPF não sabia de nada?
    Leiam essa bomba e se preparem, pois se o direito e nosso estado de direito não forem defendidos agora, não nos restará nada!

    PS. Dizem que na polícia federal do paraná, tem um rapaz que tá falando mais fino que querubim.

  13. Bacellar disse:

    Vou compartilhar aqui um comentário meu feito no Viomundo e no Facebook em Março de 2015. Sim são ilações, porém ilações motivadas por um grande acumulo de acontecimentos:

    “Ninguém pediu minha opinião mas vou dar mesmo assim.

    Por que 200 mil pessoas estiveram domingo na Av. Paulista e a mídia corporativa nacional e estrangeira noticia que “1 milhão de brasileiros foi a rua pedir a saída de Dilma”?

    Não creio quando se tratam de grandes acontecimentos capazes de mudar o rumo da história de uma sociedade que um único fator isolado seja capaz de dar início a tais processos. Eventos radicais surgem da somatória de fatores convergentes.

    O que quebrou o pacto daquilo que o André Singer define por lulismo (o acordo entre oligarquia e governo trabalhista gerando altos rendimentos para o primeiro grupo e distribuição de excedentes para a população mais humilde via programas sociais múltiplos)? Se explica somente pela queda do preço dos principais produtos de exportação nacional e diminuição de demanda interna pelo endividamento familiar após um ciclo de expansão? Penso que esses fatores contam sim mas sozinhos não explicam toda a intensidade da movimentação orquestrada para dar fim ao ciclo petista.

    Estabelecendo como marco inicial do desgaste da presidente, que até então encontrava-se em situação confortável nas pesquisas de popularidade, as manifestações de Junho de 2013 devemos nos ater ao período que antecede esse ponto de inflexão.

    Dois “oponentes” de peso inigualável são contrariados em seus interesses nesse período; sistema bancário/financeiro e transnacionais petrolíferas.

    Em Janeiro de 2013 o governo federal tentando combater a draconiana taxa de juros, que trava a indústria nacional por nos tornar pouco competitivos em relação à transnacionais que se financiam a um custo muito menor e sangra uma parcela pornográfica do orçamento da união, leva a Selic para seu menor índice desde a criação do COPOM; 7,12.

    Ainda no segundo semestre de 2012 o governo também se esforçava para atenuar o problema do juro real através da diminuição do spread bancário via BB e Caixa. Ao derrubar o spread dos bancos públicos logicamente os privados seriam obrigados a diminuir suas taxas de retorno para evitar uma fuga em massa de correntistas.

    Não posso deixar de imaginar as veias saltadas nas têmporas dos distintos engravatados membros da FEBRABAN em suas reuniões ao citar o Governo Dilma. Imagino que possivelmente foram os primeiros a lhe dedicar a mimosa adjetivação que hoje se encontra na boca do povo desinformado: “Vaca”.

    Para tais senhores o fato do brasileiro, digamos um cliente do marinista Itaú (mas poderia ser qualquer outro banco), pagar uma taxa anual de 63,25% (2009) não causa a espécie que causa um governo buscar destravar a economia mexendo em seus sagrados cofres, ou melhor, em suas sagradas taxas de retorno.

    Mas não eram apenas rentistas, banqueiros e financistas que vinham sendo contrariados pela obstinada cartilha desenvolvimentista da ex-aluna de Maria da Conceição Tavares; um inimigo ainda mais indigesto naquele período estaria também prestando homenagens a Dilma em seus salões fechados; os CEOS das grandes transnacionais petrolíferas ao constatar que o Brasil buscava romper com o longo histórico de entreguismo total de seus recursos do subsolo devem ter igualmente se referido em baixos termos à Mrs.Rousseff: “Fucking Cow”…

    Em novembro de 2012 (o ano em que o mundo não acabou) Dilma sancionava a lei de distribuição dos recursos do petróleo sob o regime de partilha. Uma afronta imperdoável. Falamos afinal aqui de uma companhia com reservas estimadas que podem chegar ao volume de 300 bilhões de barris.

    A Presidente inicia 2013 com taxas elevadíssimas de aprovação popular em todos os institutos de pesquisa. Em 6 meses com o Brasil em vias de colapso social seus índices estariam no chão. Não eram 20 centavos…

    Teoria conspiratória? A ideia de teoria conspiratória, seja lá quem a desenvolveu, foi genial. Toda essa bobajada de illuminattis, repitilianos e outras idiotices do gênero imediatamente jogam no lixo qualquer análise para além dos fatos escancarados, repisados e com autenticação em cartório. A mais simples e clara ligação de pontos que qualquer analista possa fazer, análises óbvias, ganham o carimbo: Maluquice conspiratória. É genial.

    Vamos colocar mais um elemento no caldeirão? National Security Agency. NSA. Seus principais alvos no Brasil? Mrs.Rousseff e alto escalão da Petrobrás. Talvez seja um delírio meu porém acho, só acho, que o cartel petrolífero tem alguma entrada nas agências do governo yanke, alguma influência na política externa estadunidense…Só um feeling mesmo…

    Também não creio que a expansão da relação do Brasil com Rússia, China e Índia e a criação do Banco dos Brics tenha aumentado a popularidade do Governo petista em Washington. “Moeda de conversão alternativa ao dolar? Hell no motherfuckers!” Devem ter pensado os velhos falcões.

    Se seguirmos ligando os pontos temos um governo a partir do segundo semestre de 2012 “marcado para morrer” pelos banqueiros brasileiros, petrolíferas transnacionais e governo estadunidense. Que troika macabra companheiros. PSDB, Folha, DEM, Globo são jagunçada. Funcionários. Só agem após o aval superior. O buraco é mais em cima.

    Agora só mais um pontinho: Início de 2014 (ano eleitoral) um paladino da justiça, lá das bandas das araucárias, investigando um singelo posto de gasolina descobre o maior esquema de corrupção da história da Via Láctea. Perdoem minha veia conspiratória mas não posso deixar de especular…O que será que a NSA fez com toda a informação colhida em sua espionagem à Petrobrás? Engavetou? Não foi incrível como setores da polícia sabiam quem chamar e com o que pressionar os depoentes?

    Talvez levando esse histórico recente em conta possamos entender a escolha de Levy, bandeirinha branca de arrego para os banqueiros pelo menos, talvez isso explique a tirada de pé na política desenvolvimentista e a tentativa de voltar à paz e amor da era Lula. Trata-se de uma tentativa de rearranjo do acordo PT-oligarquia.

    Porem do ponto de vista da elite financeira brasileira e de seus ideólogos e patrões transnacionais não acredito que qualquer acerto seja tolerável. Dilma abusou da insolência. E vão descarregar tudo que tem em cima do governo. Bateria após bateria.”

    • Maria disse:

      Faz sentido. Em tudo são a ineficiência e improdutividade. De repente a perfeição.

      E a dedicação exclusiva. Todos os outros tipos de investigação desaparecem.

  14. Ruy disse:

    A operação Lava Jato só ganhou tal amplitude porque foi feita a partir de dados hackeados em computadores e telefones da Petrobras pela NSA americana. Eu já tinha levantado essa hipótese, até que Pepe Escobar, que sabe das coisas, pois tem acesso a Snowden e a certos serviços secretos, levantou também. Até Dilma teve seu telefone hackeado, segundo Snowden; suponho que Lula também teve. Não é demais notar que toda a equipe da Lava Jato, incluindo o juiz Moro, foram treinados nos EUA. A facilidade com que se pegou tantos doleiros, com que se acessou tantas contas secretas em paraísos fiscais, tem um nome: Departamento de Estado Americano. Nossos tribunais superiores, que se mantêm coniventes ou calados, também foram hackeados, e quem sabe não tenham medo de rebelar-se por esse fato, se bem que eles fazem parte de uma elite de origem golpista. O segredo por detrás da Lava Jato é: “delate que eu te solto com uma boa grana ainda para você se dar bem.” Esse vai ser o último recurso de Cunha: delatar. O quê não sabemos, mas com a esperteza de malandro ladrão que ele tem, ele inventa uma boa estória que com boa vontade encaixa. A delação pode ou não ter fundamento, normalmente o fundamento é dado pela equipe de Moro, que lê nas entrelinhas. Vivemos uma guerra híbrida, assimétrica, disfarçada de investigação de corrupção. Corrupção nunca incomodou as elites ou ao governo americano. Se corrupção incomodasse, não se juntava tantos corruptos para impedir a presidente.

  15. Fabio Brito disse:

    O ASSUSTADOR DIA SEGUINTE!!!

    Quando 367 é maior que 54 milhões!!!

    Exclusivo no REBELDE SILENTE!!!

    https://rebeldesilente.wordpress.com/2016/04/24/pcc-na-direcao-e-o-comando-vermelho-no-coracao-triste-brasil/

  16. Luke disse:

    Criar uma massa precarizada, sem mais nenhuma identidade cultural, ideologia e politica. Uma massa desagregada sem mercado de trabalho, lutando diariamente para um prato de comida, vendo os próprios direitos humanos e trabalhistas se dissolvendo, enfim o caos social. Isso é o target mundial dessa elite que anualmente se reúne e traça o rumo ao desastre do mundo. A Europa esta sofrendo esse fenômeno agora também. “Invernos árabes”, guerra na Síria, exodos em massa para o velho continente com consequentes tumultos populares agravando a ja seria crise economica e social da Europa. Tudo esta escrito nada é por acaso. A investida é internacional e o Brasil esta no tabuleiro.

    • Marister Manfroi Melzer disse:

      “Um com DEUS é um EXÉRCITO”, e os que creem na sua VERDADE e JUSTIÇA, estão, desde sempre, sendo Divinamente inspirados pela SABEDORIA SUPREMA, para SALVAR a todos da confusão e loucura que os hipócritas estão trazendo ao mundo. Não há Tribunal de Justiça Terrena, Superior à Justiça de Deus. DEUS É TUDO, E DELE O HOMEM NÃO PODE ZOMBAR.
      Sejam abençoados e fortalecidos TODOS os que lutam por JUSTIÇA e IGUALDADE dos direitos e deveres, que amam ao seu próximo como a si mesmos, tendo em DEUS a direção para suas ações. Deus criou o BEM e o MAL, para que pudéssemos reconhecer entre uma e outra ação, para que fossemos livres na escolha. Este, o BEM e o Mal no mundo advindos de Deus é um mistério que não nos cabe resolver, mas vencer o Mal está em nosso poder, pois senão fosse assim Deus não nos armaria da sabedoria e entendimento que separa duas ações no mundo, o BEM e o MAL. Claramente, Deus nos orienta e fortalece para o BEM. Desde o princípio dos tempos, há uma luta interior no coração do homem em que o BEM tem um chamado superior. Os resultados de nossas escolhas nem sempre se mostram aparentes de imediato, mas está claro que, se o homem agir de má-fé, assim lhe sobrevirá, e será BEM AVENTURADO sendo JUSTO e FIEL. De Deus não se pode zombar, e tem sido infame as palavras de homens que se dizem Cristãos. Mas Deus TUDO SABE, TUDO VÊ… Acaso não saberia o que pensam aqueles que ELE MESMO criou?… Deus não deseja derramamento de sangue, por isso sei que inspirará a cada dia mais aos lutam pela justiça, e as ações deste Povo Brasileiro serão vistas no mundo, como sendo sábias, por isso mesmo pacíficas,
      e o mundo será fortalecido pela mesma luta, de PAZ pela PAZ, sem a loucura das guerras e morte de inocentes, contra toda a injustiça, e a favor da Verdade.
      “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará”. É preciso mantermos a humildade que nos desapega do ódio, pois é isto o que o inimigo semeia, e não vamos cultivar. Decepcionaremos aos que amam as armas, não para si mesmos, mas para que as usemos uns contra outros enquanto assistem sorridentes da platéia. Não justificaremos o seu próprio ódio e loucura. As armas deles, a mentira e a falsidade, são pura vaidade, e não perdurarão. Os interesses deles não tem bases sólidas, universais, pois não estão de acordo com a vontade de DEUS, Superior a tudo e a todos.
      Lideres religiosos, com exceções, tem usado abundantemente o nome de Deus em vão, confundindo a muitos. A evidência do desprezo e da hipocrisia deles é indiscutível aos que sinceramente buscam a Deus e não a lideres religiosos. Estes que se utilizam da falta de entendimento de homens sofredores para manipular a sua Fé. Hoje se evidenciam lideres que não conhecem a Deus, este Deus que nos ensina ações de amor incondicional. São vaidosos e nada sabem que os torne íntegros, porque amam títulos, posições, riquezas.
      A escravidão tem muitas faces, e precisamos estar atentos para podermos SER LIVRES. Livres para pensar, para trabalhar, para sentir, para criar, para aprender, para amadurecer, para viver, para morrer, e para continuar. Livres para entender os processos pelos quais todos passamos e que nos evoluirão diariamente. Livres para perceber que estamos atrasando nossa evolução por causa da manipulação da mídia que tem golpeado nossa capacidade de pensar, deixando-nos entorpecidos pelo material mentiroso que nos é apresentado incessantemente. O Golpe tem sido permanente, marteladas em nossas cabeças, com informações advindas quase exclusivamente da mesma direção e dos mesmos interesses próprios. Mas Deus disse: “Faça-se a Luz”.
      Nas Escrituras Sagradas, Deus nos disse que todos ouviríamos a Sua Palavra, em todos os lugares, que teríamos a oportunidade de conhecer os pensamentos Dele ao nosso respeito. Deus é Justo, nos tem dado oportunidades infinitas, e permitido o nosso Livre Arbítrio. Liberdade é inviolável, sem ela não nos respeitaremos e não nos reconheceremos irmãos para estarmos em harmonia com as nossas diferenças.
      Temos ouvido que o “dinheiro é o demônio”, pensamento de muitos que é expressado na voz da máxima e admirada liderança católica, o Papa Francisco. O dinheiro, em si, é totalmente inócuo, pois não passa de um instrumento bem ou mal utilizado pelo homem. Dinheiro apenas produz o que é bom quando há respeito por todos, e a igualdade de direitos deixa de ser vista como ameaça. Quem não deseja o melhor para si e para o outro está dividido interiormente. Está mentindo para si mesmo, e fica estagnado em sua mísera experiencia de vida.
      Os ricos não conhecem intimamente os pobres e os pobres não conhecem os ricos, e a desconfiança se apresenta entre as classes. É preciso conhecer a quem tememos para descobrir que este medo nos foi ensinado. Fomos todos, afinal, pobres e ricos, manipulados por um poder maior, um poder oculto, que está debaixo dos horrores cometidos desde o início dos tempos, que é o poder de algumas poucas vozes que se prestam a desestabilizar a humanidade.
      Imaginemo-nos, diariamente, formando a nossa opinião sem sairmos de nossas casas, ou de nossos escritórios, nossa empresa, nosso mercado…. ou seja, sem sairmos do nosso quadrado, de nossas próprias idéias, também estagnadas e já ficando sem conteúdos. O capitalismo ocupou lugar proeminente porque os homens deixaram de ir além, de pensar individualmente, e, com respeito, manifestarmos as novidades que surgiriam a partir destes novos pensamentos. Todos temos direito à expressão, mas, o que alguns dizem ser a livre expressão de seus pensamentos não passam de pensamentos massificados, pensamentos embutidos em suas mentes… Pensar, pensar mesmo, com liberdade, necessita esforço, e nos dá sabedoria. O medo que ricos e pobres passamos a ter uns dos outros infiltrou-se em nosso conhecimento e criou situações desastrosas. Pobreza e riqueza são apenas a definição dada pelo capitalismo, que supervalorizou-se, em detrimento do SER. Amar a Deus acima de todas as coisas é a nossa direção, e ao nosso próximo como a nós mesmos, a nossa garantia de Paz, Harmonia e Felicidade. A prosperidade infinita é resultado do amor e do respeito ao próximo. Tudo que se constrói sem esta base, acabará por desabar. É o que vivemos de tempos e tempos, e é global. Próximos somos todos uns dos outros, e somente juntos, ricos e pobres, podemos reverter o quadro assolador em que vivemos no agora. Muitos são os ricos que desconhecem a riqueza dos “chamados” pobres.
      AGORA é a HORA. Não de guerra, como espera a máquina de manipulação, os que se alimentam de ódio, mas, de PAZ. A palavra GUERRA provoca arrepios de morte, mas a palavra PAZ, traz força, vida, esperança. Parece ingênuo, utópico, mas não é. O que eles querem é justamente isso, que acreditemos que sem guerra não temos saída, que não temos força, que não temos direção, que somos marionetes, que perdemos nosso cérebro, que não temos opção, que não temos vontade, que NÃO SOMOS. Por isso aparecem risonhos e seguros. Não entenderam que recebemos de DEUS a nossa inteligência, não dos homens, e esta é incorruptível, bastando usá-la efetivamente para o BEM de todos nós. O Pensamento e a Palavra são criadores, e, com Deus, Co-Criadores. Ao princípio de todas as coisas, era o Verbo, e o Verbo se “fez carne”, se manifestou. Deus é o Criador, não o diabo. Precisamos despertar e nos lembrar que o Poder está em Deus, e com os que Nele creem. Creio no Bem, creio em Deus, e ELE nos dará a vitória. Ao final, estaremos leves ainda, porque não seremos pretensiosos e arrogantes. Deus está sim a nos abençoar. Agradeço por aqui estar.

      com o próximo, e o próximo somos todos, terminam estagnadas. Para que haja Paz e Harmonia dependemos SIM uns dos outros. ocupam posições que não passam de estagnação, O capitalismo, no entanto, é ofensivo, poi

    • Maria disse:

      Antes pensava se que manobrariam as contas, um arrocho aqui outro ali, e iríamos tocando o barco. Ora próximos dos EEUU em algumas coisas, ora longe em outras.

      Agora o medo é o Brasiraque mesmo. O único argumento contra é…..mas e as empresas americanas? Irão perde-las todas?

      A espionagem ao Min.da Energia foi pior que a espionagem a Dilma, numas. Mais econômica digamos.

  17. Caro Marcelo,

    Penso que, a abrangência do golpe tenha o status de um estado maior, que manipula todas as possibilidades. E isso vem de encontro e se soma aos fatores que você elencou acima.
    Entretanto, não se falou do silêncio de membros do STF. Isso chama muito a atenção, pois se dava ao órgão a última a perspectiva de assegurar a constitucionalidade do poder.
    Desde a prisão de Delcídio, tenho pensado na extensão dos grampos no STF. Creio que ainda haverá rebelião interna, a maioria querendo salvar sua própria imagem; alguns procurando salvar suas biografias e interesses; outros, tentando fórmulas de se exporem minimamente, como reféns – possivelmente de escutas do governo, não o atual, sim o governo futuro!?
    O que acha?

    • Eliane disse:

      Não foi mencionado o caso em que o Wikileaks denuncia o acordão do SERRA com a Chevron. “Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.

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