Marcelo Auler
Não deve surpreender a ninguém a campanha que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vem fazendo contra a recondução de Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República, no próximo mês de setembro, caso ele seja o escolhido entre os seus pares e indicado por Dilma Rousseff.
Investigado por conta da Operação Lava Jato e sem conseguir explicar a contento, com clareza, o envolvimento do seu gabinete na elaboração de ofícios que teriam por finalidade pressionar empreiteira para liberar recursos, nada diferente poderia sair dele além da ameaça de transformar a vida da presidente Dilma Rousseff em “um inferno”, como noticia, neste sábado (16/05) o jornal O Globo.
É verdade que Cunha nega a autoria da frase, mas recentemente ele negou ter feito outro comentário jocoso sobre o PT e acabou desmentido por uma gravação.
Surpreendente em tudo isto é saber que ele tem como advogado um antecessor de Janot no cargo, o procurador da República Antônio Fernando de Souza.
Está certo que todo cidadão tem direito a uma defesa. Mas, das duas uma, ou Souza poderia conter seu cliente ou, por uma questão de coerência com a sua antiga e brilhante carreira na instituição, deveria repensar sua atuação no caso.
1 Comentário
Meu DEUS só tu para nos salvar….