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Marcelo Auler

Ademir Gonçalves Costa, 39 anos.

Ademir Gonçalves Costa, 39 anos.

UM ALERTA AOS LEITORES. ESTA REPORTAGEM CONTÉM IMAGENS QUE PODEM CHOCAR. MAS A PUBLICAÇÃO DAS MESMAS SE JUSTIFICA NA MEDIDA EM QUE, POR MEIO DELA, SE LEVANTA A SUSPEITA SE O QUE OCORREU FOI UMA MORTE POR CONTA DE UMA POSSÍVEL VIOLÊNCIA.

Ademir Gonçalves Costa, de 39 anos, natural de Umuarama (PR), voltava no sábado à tarde do Paraguai, em um mototáxi, ao ser parado por servidores da Receita Federal, na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR). Ele, segundo alguns, teria reagido à abordagem. Mas, conforme registram filmes feitos por transeuntes, foi imobilizado. Consta que usaram gás de pimenta, ao qual era alérgico. Estava deitado no chão, de barriga para baixo e de calças arriadas, o que impediria sua fuga. Neste momento, movimentava braços e pernas. Levado para a saleta da Aduana, saiu de lá morto. Seu rosto, como mostram fotos, estava completamente deformado.

Sua companheira há cinco anos, Thaís Claro Goulart, admitiu, em entrevista à repórter Jacqueline Krüger da Rede Massa News, do Paraná, que ele teria resistido quando parado pelos fiscais da Receita Federal. Ela narrou o que ouviu falarem, pois não estava presente:

Esse tal de Ezídio já derrubou ele da moto e partiu para a porrada pra cima dele. E ele resistiu à abordagem, né? E começaram a bater nele. Tacaram spray de pimenta na cara dele, meteram spray de pimenta na cara dele. Daí levaram ele para uma sala, deixaram ele lá e lá eles agrediram ele muito, porque ele está todo machucado. Inclusive mandaram um laudo para o IML que ele morreu de morte natural. Eu vi o corpo. Está todo machucado, todo, todo. A boca dele está estourada, a cabeça dele está machucada, as pernas, tudo. Tudo, muito feio”. (sic)

Na entrevista, ela admite que ele “era alérgico a muita coisa. Ele era alérgico a spray de pimenta também. Geralmente.. eu acho que por isso mesmo que ele passou mal, que aí deu a falta de ar nele, porque ele tem alergia a muita coisa”.(sic)

Sem que se saiba oficialmente a causa morte (o laudo da necropsia só deve ficar pronto em até 30 dias), fica a possibilidade de a morte ter sido provocada pela sua reação ao spray de pimenta. Mas, fotos recebidas pelo Blog mostram que Ademir ficou com o rosto desfigurado com mancha vermelha que vão do queixo ao alto do nariz; com algo que parece ser um filete de sangue que escorreu na parte esquerda do rosto;  marca preta na testa; pequenos hematomas nas pernas; e muitas partes do corpo, inclusive tórax, arroxeadas. No pulso a marca que pode ter sido causada por algema.

Em uma foto feita dentro da Aduana, ele aprece de calça arriada, mas acima do joelho e, embora o tórax estivesse descoberto, seus braços permaneciam nas mangas longas da camisa. No vídeo abaixo, feito por transeuntes e imediatamente postado nas redes sociais, Ademir aparece deitado no chão, fora da sala da Aduana, totalmente dominado. Sem condições de fuga, pois ali, a calça estava mais arriada do que na foto feita depois, do seu corpo inerte, dentro da Aduana. O Vídeo abaixo, o mesmo que o Blog recebeu, está no Youtube colocado pelo Umuarama News.

Ao mostrar o vídeo acima e duas fotos do rosto de Ademir a um experiente policial federal ele considerou que houve, no mínimo, falta de assistência, mas não arriscou avançar no provável motivo da morte:

“Eu acho que somente a necropsia pode dizer a causa morte. De qualquer modo, o vídeo mostra ele deitado no chão, ainda vivo, e necessitava de socorro urgente, parece que não houve. O rosto muito inchado pode ser tanto lesões como forte alergia”.

Ademir dentro da Aduana. umuarama-noticia-galeria

Ademir dentro da Aduana. Reprodução do Umuarama News

O nome citado pela companheira de Ademir soa como Ezídio. Também em outros áudios que recebemos, o que se ouve parece Elzídio. Mas, quem conhece Foz do Iguaçu sabe que na Aduana, há anos, trabalha o Técnico da Receita Federal (TRF) chamado Egídio Davies. Ele tem um irmão agente de Polícia Federal que não está mais lotado em Foz e que é considerado um policial sério e respeitado. Porém, o servidor da Aduana, assim como outros que ali trabalham, possuem ligações próximas com muitos dos policiais federais lotados naquela fronteira.

Em 2004, Davies foi referência em um boletim do SindReceita, no qual destacaram uma apreensão de drogas feita por ele:

Essa apreensão é mais uma, entre as várias centenas de apreensões de drogas já realizadas pelo Técnico Egídio Davies, em Foz do Iguaçu. Em 2002, o Técnico Egídio Davies foi agraciado com o Prêmio Nacional de Valorização da Vida, concedido pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) justamente por ser um dos maiores apreensores de drogas do País, em quantidade de apreensões individuais“.

Por ser considerada área de fronteira, território federal, a investigação caberá à Polícia Federal. Teoricamente, à Delegacia de Foz do Iguaçu. Há, porém, quem entenda de que ela deveria ser comandada por uma equipe de fora, mais isenta. De modo transparente e público. O nome de Egídio – ainda que de forma errônea -é citado em mensagens de áudio que circularam em redes de WhatsApp logo após o acidente e que foram repassadas ao Blog:

“O cara não tinha nada, não devia nada. A única coisa é que o Ezídio foi revistar ele e ele não gostou, aí o Ezídio trocou na porrada com ele, lá na Aduana”, falam em uma das gravações.

O cara reagiu à prisão, e aí três, quatro pegou o cara assim, meteu um monte de spray na cara do cara. Eu vi tudo (…) jogou o cara lá dentro. Agora eu fui lá abastecer a moto, fui dar uma olhada na Aduana lá, fui lá abastecer a moto, tá os IML lá. Eu até desconfiei. E é o cara, mas o cara está morto lá. Mataram o cara. Só que eu não vi o cara, o cara está dentro da casinha. Jogou o cara dentro da casinha, lá” (sic). Em uma nova mensagem, cuja voz é idêntica à outra recebida, o narrador explica: “Boa noite…. o Ezídio matou um cara às cinco horas lá na Aduana, ….. O cara está morto até agora. Eu fui agora abastecer a moto lá no Paraguai e o cara está morto lá. Matou o cara sufocado com spray de pimenta“.

Ele morreu,morreu, já morreu. O Ezídio pegou lá ele, cara, pulou nele, eles se trocaram na porrada, veio mais Receita… eu estava lá, na hora, vendo lá“, detalham em outra mensagem.

Ao todo repassaram ao Blog nove fotos de Ademir, já morto, algumas, provavelmente no IML. São fotos que chocam qualquer pessoa, mas que, de certa forma, podem vir a confirmar o que disse a companheira dele e as mensagens telefônicas sobre possíveis atos de violência. Abaixo apresentamos alguns detalhes que ajudam a alimentar dúvidas sobre a causa da morte. Tentamos reduzir as fotos para não chocarem tanto.

Ademir Gonçalves Costa Mosaico2Essas perguntas só uma investigação isenta, a partir do laudo do IML, poderão responder. Na manhã desta segunda-feira (30/01) a família velou o corpo de Ademir no Jardim São Paulo, em Foz do Iguaçu. Foi liberado sem laudo necrológico porque, segundo o IML, serão necessários exames a serem feitos em Curitiba. O advogado contratado por familiares, Edson Lara, espera que não se gaste os 30 dias normais em caso de exames mais detalhados. Conta com a repercussão do caso nas mídias da região, para que a resposta venha em prazo mais curto, como disse à Rede Massa News, na reportagem Sem laudo do IML, família cobra explicações sobre causa da morte de Ademir:

Não temos a causa definitiva. Novos exames foram solicitados e o parecer deve ser emitido por Curitiba. Na delegacia nos disseram que o resultado sai, em média, em torno de 30 dias. No entanto, como a repercussão foi grande, podemos conseguir antes. Também estudamos pedir a celeridade do resultado em juízo”, disse em entrevista ao Massa News.

Uma conversa de Zap com alguém de Foz do Iguaçu que foi repassada ao Blog. Falam da morte natural e de que estariam pensando em relacionar a vítima ao consumo de drogas;

Uma conversa de Zap com alguém de Foz do Iguaçu que foi repassada ao Blog. Falam da morte natural e de que estariam pensando em relacionar a vítima ao consumo de drogas;

Ainda conforme ele, o corpo de Ademir foi liberado sem o boletim de ocorrência.

“Nem a Polícia Civil nem a Polícia Federal emitiram boletins. Tivemos grande dificuldade em relação a isso. Houve impasse em razão da definição de competência dos órgãos”, detalhou. “No fim, ficou a cargo da Polícia Federal, por se tratar de território aduaneiro, que até agora não emitiu nenhum parecer”. E acrescentou:

“Existe um desespero para saber o que realmente aconteceu. São várias dúvidas. Queremos saber se ele foi agredido ou se foi uma fatalidade. Ele passou mal? Por que não foi encaminhado a um Pronto Atendimento? A família também que ter acesso às imagens das câmeras de segurança da aduana. Ela procura por respostas”.

Embora possa parecer absurda a versão dada pela companheira de Ademir, Thaís – “mandaram um laudo para o IML que ele morreu de morte natural” -, conforme se constata no vídeo que reproduzimos abaixo, o Blog recebeu a foto de uma conversa de WhatsApp, a qual o remetente não identificou os personagens do diálogo, em que falam algo parecido com o que ela disse.

Nessa conversa, entre dois amigos, sendo um de Foz do Iguaçu, se admite que possam sair pela “morte natural”, independentemente de qualquer coisa. Falam até que poderá surgir a versão de que a vítima havia consumido droga. Ou seja, sugerem que o inquérito na Polícia Federal possa vir a ser armado para jogar no acaso a morte de Ademir. Seria, segundo a fonte que abasteceu o blog de informações, algo natural na cidade.

Curiosamente, na manhã desta segunda-feira, 30/01, a Receita Federal de Foz do Iguaçu emitiu uma nota e nela fala que o homem, “apresentava-se em estado alterado”. Segundo a Receita, depois “passou para um quadro de convulsão tendo expelido sangue e um pedaço de plástico pela boca”. (grifo nosso) Veja a integra:

A Receita Federal informa que o homem abordado em um mototáxi neste sábado quando entrava no Brasil pela Ponte da Amizade apresentava-se em estado alterado e reagiu à abordagem.

Por causa de seu estado alterado foi realizado um primeiro acionamento do Samu. Enquanto aguardava, o homem passou para um quadro de convulsão tendo expelido sangue e um pedaço de plástico pela boca. Novamente o Samu foi acionado tendo sido relatada a mudança de quadro agressivo para de convulsão.

Depois de constatado o óbito, a Polícia Federal foi acionada para realizar as perícias necessárias“.

Ademir, segundo admitiu sua companheira, “trabalhava com venda de mercadorias, como chapinha, máquina de cabelo, essas coisas”.  Isto pode significar que ele fazia o chamado crime de descaminho, que é a introdução de produtos estrangeiros sem os devidos recolhimentos de impostos. Na explicação de outra fonte do Blog, ele vendia tais produtos pela internet: “E esse cara ia ingerir cápsulas para atravessar a ponte? Ele levava prancha de cabelo, vendia pelo Mercado Livre e OLX. É um pobre coitado.

Será mais um sinal dos tempos sombrios que o país vem vivendo com manipulações e atropelo das leis?

Abaixo a entrevista de Thaís, a companheira de Ademir, à jornalista Jacqueline Krüger da Rede Massa News, do Paraná, no domingo (29/01) pela manhã.

 

23 Comentários

  1. […] da Receita Federal Egídio Davies, o mesmo que teria se envolvido na morte de um cidadão na aduana Brasil/Paraguai teria sido pego na malha fina do próprio órgão, por ter […]

  2. Re disse:

    Meu deus, tem gente justificando o possível assassinato pelo fato do rapaz ser muambeiro, não é à toa que o general Mourão se sente à vontade para falar em intervenção militar – o Brasil, e muitos dos próprios brasileiros, se afastaram do Estado de Direito.

  3. […] 39 anos, sofreu uma reviravolta e poderá ter um desfecho diferente. Como noticiamos em A estranha morte na Aduana, em 28 de janeiro passado, ele preso na guarita da Receita Federal, na Ponte Internacional da Amizade […]

  4. C.Poivre disse:

    Num país dominado por facções criminosas empoleiradas nas instituições outrora republicanas e “governado” por uma gangue de ladrões de cofres públicos, protegidos por parcelas da PF, do MF e do judiciário, pode-se esperar de tudo.

  5. Sergio Domingos Vieira disse:

    É lamentável tal fato. Parabéns pela coragem em publicar esta matéria, Marcelo. Teria que haver uma séria investigação para punir os fiscais da Receita Federal ou da Polícia Federal. É um absurdo o que fizeram com o rapaz. Alguém tem que responder por este crime. É típico dos tempos ditatoriais que vivemos.

  6. Wagner Pinheiro disse:

    é a primeira que entro no Blog…certos comentários não leio…..Vcs tem q bloquear esses porras…..

  7. Samantha disse:

    Falam ah não foi a polícia! Quem faz policiamento é policial também! É autoridade! Está acima do cidadão comum! E no mais, o que a polícia de fato, tão isenta do caso fez para elucidar a situação apresentada? Nada! Esconderam tudo da mesma maneira, não apontaram os responsáveis de maneira objetiva, ou seja, tudo farinha do mesmo saco.

  8. Guilherme disse:

    Outro que a polícia tortura e mata e não irá acontecer nada.

    • A bem da verdade disse:

      Leia a matéria antes de comentar equivocadamente.
      Não tem nada a ver com polícia.
      Se houve qualquer tipo de erro foi da RECEITA FEDERAL, a qual não tem status de polícia na CF.

  9. […] reportagem, com imagens fortes, está no Blog do Marcelo Auler, mas parece não ter criado interesse nas partes em que […]

  10. Marcos disse:

    Olha tenho do pela familia,mas quem é do meio sabe muito bem que esse cara nao era gente boa,o que me assusta é pessoas defendo um bandido,morte injusta com certeza,nao precisava disso tudo,a Receita errou sim e deve pagar,mas eu nunca na minha vida ia sair da minha casa pra ir protestar a favor de bandido,e nao adianta falar que era gente boa e bla bla bla,ele fazia sim coisa errada,nao levava so chapinha e mquina de corta cabelo nao.quem é do meio sabe muito bem disso !!

    • João de Paiva disse:

      Mas nada disso justifica que os agentes da RFB cometam um crime, que torturem e matem um homem, principalmente depois dele ter sido imobilizado. Não há atenuante ou justificativa para os crimes cometidos por agentes da RFB. Pouco importa se Ademir Gonçalves Costa era suspeito ou mesmo tenha cometido alguma ilegalidade ou crime anteriormente. Agentes da RFB não têm poder de polícia nem licença para torturar e matar pessoas.

    • Ninho disse:

      O que isso tem a ver?????? Vc trabalha na aduana ou é só muito trouxa.

  11. Anderson disse:

    Tadinho, trabalhador né, que foge da receita, que dizem ter alergia a spray de pimenta… E como sabia?

    • João de Paiva disse:

      Seo imbecil,

      Se fosse alguém da sua família queria ver você dizendo essa asneira. Quem é você para julgar o homem assassinado pela PF/RF? você trabalha em alguma dessas instituições? Se trabalha, exerce mal as funções e não cumpre o dever, sendo tão criminoso quanto os colegas. Canalha! Você não vale o que o gato enterra.

  12. […] Por Marcelo Auler, em Seu blogue –  […]

  13. Luiz Carlos P. Oliveira disse:

    Aqui temos um grande problema: o uso indiscriminado de gás de pimenta e gás lacrimogênio, pois não se leva em conta pessoas que podem ser alérgicas à essas substâncias. Pode ser que agora, devido à este caso (se é que foi alergia e não espancamento) a polícia restrinja o uso dessas “armas”.

  14. O Grupo Tortura Nunca Mais de Foz do Iguaçu torna pública sua mais veemente indignação e repudio contra a tortura que resultou em morte sofrida pelo trabalhador Ademir Gonçalves Costa.
    Os fatos de amplo conhecimento da população de foz do Iguaçu revelam que Ademir foi detido para averiguação na Ponte Internacional da Amizade (Ponte que liga o Brasil ao Paraguai) no último dia 28 de janeiro, tendo sido vítima de tortura seguida de morte.
    A tortura é um das mais graves violações dos direitos humanos e o Brasil tem um duplo compromisso com a erradicação da tortura. Primeiro, a Constituição de 1988 determina que ninguém será submetido a tortura ou tratamento degradante ou desumano, e que a tortura é inafiançável. Segundo, o Estado brasileiro é signatário dos instrumentos internacionais de proteção dos direitos humanos relativos à tortura.
    Tendo em vista o exposto, o Grupo Tortura Nunca Mais de Foz do Iguaçu, comunica que está encaminhando denúncia sobre o ocorrido para o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT)+, de acordo com a Lei nº 12.847, sancionada no dia 2 de agosto de 2013.
    Comunicamos ainda que estamos vigilantes e aguardando as devidas providências das autoridades para que os responsáveis por esse crime sejam levados à Justiça.
    Foz do Iguaçu, 30 de janeiro de 2017
    Grupo Tortura Nunca Mais
    Aluízio Palmar

  15. Jossimar disse:

    Antigamente quem assassinava civis eram os militares golpistas.
    Nos novos tempos Temerosos até agentes da receita federal estão matando.
    O brasil acabou de vez mesmo. salve-se quem puder.

  16. João de Paiva disse:

    Esse assassinato é mais um para as estatísticas das polícias assassinas, covardes, mentirosas e manipuladoras que temos neste País. Devemos enviar esta reportagem aos idólatras da PF, para ver se caem na real. A reportagem deve também ser divulgada na imprensa internacional.

    Qualquer versão que venha a ser divulgada pela PF e pelo IML que mencione morte natural ou ação policial reativa é uma fraude, portanto um crime.

    Esse assassinato bárbaro segue o padrão das ditaduras. Observamos que até o tipo de manipulação, de desculpa e justificativa, segue o padrão da época da redentora (grosseira, mal fundamentada, inconvincente) mostrando que instituições como as polícias e o IML acobertam práticas criminosas. Para os leitores do blog, acostumados a ler as reportagens-denúncia mostrando ilegalidades criminosas da PF – ultimamente mais focadas na Fraude a Jato – não chega a ser surpresa, mas uma constatação de que as instituições brasileiras estão apodrecidas e/ou tomadas por ORCRIMs institucionais ou com vários assassinos e criminosos compondo seus quadros.

    • João de Paiva disse:

      Correção: onde está escrito PF, leia-se RFB, pois foram agentes da Receita Federal que abordaram, asfixiaram, imobilizaram, torturaram e mataram Ademir Gonçalves da Costa. Feita essa correção, mantenho as demais críticas, tanto à PF, quanto à RFB, ao IML e outras autoridades responsáveis.

  17. […] Fonte: A estranha morte na Aduana | Marcelo Auler […]

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