Em um rápido comentário ao Blog, quando caminhava em direção ao superlotado Centro de Convenções do Windsor Oceânico Hotel, na Barra da Tijuca, o ex-presidente Luiz In´cio Lula da Silva contradisse todos que falam que o PT acabou.
Para ele, o partido foi vítima de uma criminalização, cometeu erros, pagou pelos seus erros com a derrota, mas agora não adianta ficar chorando, tem que se preparar para vencer a próxima. Ou seja, não desistirá.
Para exemplificar a criminalização do partido, Lula citou as prisões de Guido Mantega, Antôonio Palocci e a denúncia contra ele mesmo. Tais fatos, segundo ele, foram os principais cabos eleitorais das forças conservadoras.
No hotel, ele foi homenageado por 1.300 sindicalistas de 122 países de todos os continentes, durante a abertura do 2° Congresso da IndustriALL Global Union. Como o vídeo abaixo registra, foi ovacionado pelos presentes.
Lula também comentou o grande número de abstenções votos brancos e nulos, enquanto caminhava para o auditório o que fez com que a gravação não ficasse totalmente nítida, Para ele, as ausências , os votos em branco e nulos são
“o resultado da campanha da negação da política pela imprensa brasileira”
O papel da mídia tradicional e conservadora foi lembrado por ele quando questionou o que a TV Globo fez durante a campanha:
“É só você analisar quantos minutos a Globo deu das denúncias e quanto ela deu da defesa e vai perceber que o resultado eleitoral foi uma coisa muito complicada”.
Durante o encontro com os sindicalistas do mundo inteiro, como destacou o Tijolaço de Fernando Brito, evento, Lula disse que “na questão eleitoral, em uma eleição você cresce, outra você cai. Democracia é isso. Se tivesse escrito que o PT não poderia perder nunca, eu não teria criado um partido político. É uma disputa”, afirmou Lula, acrescentando:
“Quem perdeu em 2012 ganhou agora. Quem ganhou agora pode perder em 2018, 2022. Essa é a beleza da democracia. É por isso que eu participo, senão eu não participava. Se eu começasse o ano sabendo quem ia ser prefeito, governador, eu não participava”, disse o ex-presidente.
(*) O vídeo foi filmado pelo blogueiro durante o percurso de Lula para o auditório do Centro de Convenções. Assumo a responsabilidade pelos erros e peço desculpas publicamente. Mais uma vez, devo agradecer à parceria do amigo, companheiro, repórter fotográfico/editor de vídeos, Américo Vermelho pela ajuda na edição das imagens melhorando-a no que era possível melhorar.
Matéria reeditada às 06h00 de quarta-feira (05/10) para acréscimo de informações.
10 Comentários
«Chegue num jantar de inteligentinhos e, por exemplo, defenda a LAVA-JATO. Haha. Você vai VER o que vai acontecer com você, né? Vão olhar TORTO pra você achando que, de repente, você é dono de um banco, alguém assim! E não alguém que trabalha duro para sobreviver e, por isso, SEMPRE desconfia de quem não o faz… Né?»
O principal VALOR DO DINHEIRO de propina do PETISMO (e de seus Satélites) está no fato de que se VIVE NUM MUNDO em que este é sobrestimado.
DESEJO DO ATRASO
Com a tradução brasileira, em 2011, da versão editada nos Estados Unidos da América (EUA) com o mesmo nome (A Ética da Autenticidade), de The Malaise of Modernity (1992) de Charles Taylor, filósofo canadense, fiz uma releitura desta obra, que reporto neste artigo.
Taylor ficou mais conhecido fora das fronteiras canadenses, onde teve militância política socialdemocrática e conservadora, e angloamericanas pela obra, de 1989, As Fontes do Self.
Na obra ora em questão, Taylor enumera três fatores de desconforto da modernidade: o individualismo, a razão instrumental e a consequência destes para a vida política.
O primeiro – individualismo – decorre da responsabilidade do indivíduo vivendo no regime democrático.
Na escravidão ou na sujeição colonial, as pessoas estavam “fixadas em lugar determinado”, desempenhavam papéis pré definidos, em um estrato imutável onde era “quase impensável se desviar”. Qualquer passo de liberdade era severamente reprimido, quer pela representação do divino quer pelo representante do poder terreno. Diz Taylor: “a liberdade moderna surgiu pelo descrédito de tais ordens”.
E, ao conquistarmos esta liberdade, assumimos o “desconforto” da responsabilidade e, em alguns casos, a ambivalência em sentimentos e comportamentos livres. Este fenômeno psicológico ou sociopsicológico ganha dimensão maior com a ascensão da burguesia (século XVIII) que vai a cada conquista econômica, social, tecnológica se revestindo de novos contornos. Exemplo: ao optar por programas ou projetos que, claramente, são opostos à construção da cidadania, à liberdade do século XXI, escolhendo o chamado “voto conservador”, esta pessoa, na verdade, está fugindo da liberdade, do individualismo responsável. E nesta fuga, evitando autoflagelar-se, apresentará as desculpas da “sociedade permissiva”, da “escola partidária”, do ridículo “que sempre foi assim”, quando não de uma pretensa e inexistente isenção.
O segundo desencanto é denominado “razão instrumental”.
Este mal estar pode ser resumido à aplicação, ampla, geral e irrestrita, de padrões do custo-benefício às ações humanas. O mundo é matéria prima, insumo dos projetos, efêmero bem que será aproveitado pela tecnologia e pela ciência. Daí resulta a deformidade da sacralização do saber formal, o mais mesquinho ato de discriminar o semelhante. E neste aspecto o ensino como aplicado em nossa sociedade e a comunicação de massa executam a permanente doutrinação que faz a todos, opressores e oprimidos, servos da mitologia do saber acadêmico.
As críticas ficam sempre centradas nos comportamentos individuais. Não são questionadas as instituições, os institutos, os poderes, como se houvesse neles em toda circunstância “isenção”. Tudo se passa como estas criações da sociedade pairassem num limbo, sem desejos, sem objetivos, sem favores.
E, por fim, como consequência na vida política do “individualismo” e da “razão instrumental” surge o terceiro desconforto.
Sherlock Holmes diz a Dr. Watson que se busca o criminoso com a resposta à expressão latina: cui bono, ou seja, a quem interessa o crime.
Neste mundo de contradições, onde o corte de investimentos é apresentado como gerador de empregos, deveríamos perguntar: a quem interessa a fraude que cotidianamente vemos, lemos e ouvimos nos veículos de comunicação de massa, em especial a televisão, o de mais ampla e profunda influência? E sabendo que não há o limbo da isenção, o que faz pessoas, que são avaliadas pela correção das decisões, assumirem com desfaçatez sofismas ridículos para justificarem o benefício a um indivíduo ou a um grupo?
Estará a burguesia tão idiotizada que vote contra sua própria liberdade? Pela repressão que, como toda repressão, acaba perseguindo os próprios repressores?
Tenho escrito que o sistema financeiro internacional, a banca, que melhor do que qualquer outro sistema, soube explorar a tecnologia da informação e da comunicação, entranhou as instituições e poderes por todo mundo. Passou a guiar, com verdadeiros e pouco onerosos prepostos, governos nacionais e organizações multinacionais, impondo sua nova forma colonial, com o apoio dos burgueses e mesmo dos desvalidos midiatizados.
O desejo do atraso se demonstra em eleições, referendos incompreensíveis para grande maioria das populações. Lamentavelmente o Brasil não é exceção.
Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado
Ontem vi um documentário no Netflix que, apesar de não ser por razões políticas, faz lembrar a lava jato pois tem também um promotor preconceituoso e dado a ilações, presunções e pressuposições como os procuradores da lava jato, associado a uma mídia poderosa e manipuladora como a nossa. O documentário (com os personagens reais) chama-se “Amanda Knox” e ocorreu em 2007 na Itália.
EM SILÊNCIO:
Não precisa falar NADA. Em silêncio, leve seu cartazinho ao açougue, quando for comprar carne. Levante seu CARTAZINHO na fila, vire-o para um lado e, depois, vire para o outro. Levante bem alto seu cartazinho de Fora Temer; para que todos o VÊEM!
Escreva, também FRAZINHAS no G+, no FACEBOOK, no Twitter.
[…] Por Marcelo Auler e Américo Vermelho (*) […]
Prezados,
Mesmo numa brevíssima fala e com os problemas técnicos enfrentados pelo repórter algumas coisas ficam nítidas:
Primeira: Lula é um gigante da Política, o maior líder político e popular brasileiro nas últimas seis décadas;
Segunda: Lula e o PT são perseguidos porque numa disputa política normal, dentro das regras democráticas, sem que a burocracia estatal (PF, MP e PJ, em conluio com o PIG/PPV, formassem uma ORCRIM institucional para aniquilá-los, seriam adversários das oligarquias plutocráticas, escravocratas, privatistas e entreguistas muito difíceis de vencer;
Terceira: Ao mesmo tipo de perseguição estarão sujeitos quaisquer outros partidos e líderes da Esquerda política Brasileira que venham a surgir nos próximos anos. As ORCRIMs institucionais escolheram o PT e o Lula porque são aqueles estruturados, enraizados e capilarizados na sociedade brasileira e capazes de realmente conquistar e se manter no poder executivo federal, em estados importantes da federação e em grandes cidades.
Quarta: Qualquer partido de Esquerda ou líder político popular que venha a surgir e que apresente(m) propostas de desenvolvimento soberano para o Brasil, com inclusão social das massas trabalhadoras e daquelas secularmente exploradas e excluídas serão vítimas do mesmo tipo de perseguição que hoje observamos em relação ao PT e ao Lula.
Quinta: o sistema de justiça brasileiro (aí inclusos PF, MP e o PJ) é herdeiro e representante das oligarquias plutocráticas, escravocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas; esse sistema NUNCA teve e NÃO tem o propósito de combater a corrupção, mas sim o de combater a Esquerda Política e qualquer alternativa política que possa trazer mudanças estruturais na sociedade brasileira, reduzindo a desigualdade, os privilégios de nascimento e de classe, proporcionando condições de inclusão e emancipação das classes trabalhadoras e daquelas secularmente exploradas e excluídas.
Sexta: Os grandes veículos de comunicação – o PIG/PPV – assim como as instituições burocráticas do sistema de justiça brasileiro, atuam como partido político representante e defensor dos interesses das oligarquias plutocráticas, escravocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas.
Você disse tudo e mais um pouco! E o Lula foi feliz quando disse que a lava jato foi o principal cabo eleitoral do conservadorismo existente no Brasil que estava enraizado e agora quer aflorar, mas Deus não deixa.
Verdade. Todavia, ninguém foi e ninguém jamais será merecedor de tamanho arranjo de forças em coalizão para ataques coordenados e continuados, durante tanto tempo, porque, primeiro, ninguém jamais cresceu e construiu um projeto de país capaz de ameaçar a hegemonia do capital rentista no planeta e jamais construirá. Em segundo lugar, porque ninguém teve e nem terá jamais uma estrutura de organizações e pessoas preparadas e determinadas a resistir e a sobreviver sob tamanho cerco de ações de linchamento continuado e sobreviverá para afirmar, como o maior estadista do país afirma, a despeito de tudo, que a luta prossegue e o lutador é inabalável.
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