Em sua coluna de terça-feira (23/08) na Folha de S. Paulo, a farejadora Mônica Bérgamo – a quem devo parte do Prêmio Esso que recebi em 1992 quando estávamos na Veja –, traz a público a indignação do ministro Gilmar Mendes – logo ele – com o vazamento de informações – Vazamento de citação a Toffoli em delação abre crise entre STF e MPF. Referia-se ao provável vazamento por procuradores da República de informações reveladas por Veja em sua última edição. Foi uma tentativa direta de queimar o ministro Dias Toffoli como, aliás, Luís Nassif comentou em oportuno artigo no próprio sábado (20/08) – A vingança torpe da Lava Jato contra Dias Toffoli. Tanto que viralizou.
No transcorrer do dia, Mendes voltou a se manifestar, ampliando suas críticas às 10 Medidas Contra a Corrupção, apresentadas pelo Ministério Público Federal, com mais de dois milhões de assinaturas coletadas em todo o país. Segundo o UOL, o ministro do Supremo Tribunal Federal, referindo-se aos procuradores da Lava Jato, sem citá-los comentou que os “cemitério está cheio desses heróis“.
Bateu firme na proposta de “que prova ilícita, obtida de boa fé, deve ser validada”. Para ele, “a priori, tem que ser muito criticada e se negar trânsito. Imagine, agora, um sujeito que é torturado, ah, mas foi de boa fé”.
Avançando, criticou os procuradores e foi citar seu velho arqui-inimigo, o ex-delegado federal Protógenes Queiroz, da Operação Satiagraha – deflagrada em 2008 -, expulso da Polícia Federal por violação de sigilo funcional.
“Isso lembra o nosso delegado herói, que fazia interceptação telefônica sob o argumento de que agia com bons propósitos. Ora, espera aí. A autoridade se distingue do criminoso porque não comete crime, senão é criminoso também! Aí vira o Estado de Direito da barbárie (…) Estado de Direito tem que ser Estado de Direito. Não se combate crime com a prática de crime. É preciso moderação, que os procuradores calcem as sandálias da humildade”.
Acostumado a lidar com procuradores da República desde os anos 90, com muitos dos quais desenvolvi amizade, eu lamento que dentro do Ministério Público Federal, que sempre assumiu o seu papel constitucional de fiscal da lei, tenha hoje um grupo – pequeno, é verdade – que se destaque pela defesa de métodos que ferem a Constituição e o Estado de Direito, Pior ainda, o próprio juiz Sérgio Moro defendeu algo parecido na Câmara dos Deputados, mas naquela vez não se ouviu qualquer voz do STF criticá-lo.
Alerto para um comentário postado aqui no blog pelo leitor Ramirez Gonzaga, que certamente já é o que muitos começam a defender. Se acontecer, entendo que será um retrocesso, mas plenamente justificado aos olhos de uma parcela da sociedade, pela ação deste pequeno grupo que age sob o silêncio da maioria. Diz o leitor Gonzaga:
“Com todo respeito ao Ministério Público, vejo que os poderes investigatórios desse órgão deve ser revisto e seus membros devem se ocupar apenas com sua função acusatória. Esse negócio da Liga da Justiça formada entre um juiz, procuradores e policiais federais se mostrou perniciosa ao País”.
Silêncio sobre o grampo na cela – Não sei se a opinião de Mendes é compartilhada pelos outros dez ministros . Geralmente não é. Mas, ao que parece, o Supremo está despertando muito tarde para um problema que vem sendo apontado na Lava Jato há anos. Aqui neste blog, desde agosto de 2014. E não só pela questão dos vazamentos, mas também pelo uso de métodos heterodoxos adotados nas investigações que acabaram sendo validados, ainda que indiretamente, pelos tribunais superiores, inclusive o próprio STF.
Para citar um exemplo clássico, basta refazer uma pergunta muitas vezes repetida aqui: O que foi feito pela Polícia Federal – e pelo Ministério Público Federal, que deve exercer o controle externo do DPF – da sindicância sobre o grampo ilegal encontrado na cela da Alberto Youssef?
O resultado desta sindicância, lembre-se, foi prometida pelo corregedor do DPF, delegado Roberto Mario da Cunha Cordeiro, em ofício ao próprio juiz Moro, para o final de novembro de 2015 (veja ao lado), como noticiamos em novembro na reportagem Grampo da Lava Jato: aproxima-se a hora da verdade.
Passaram-se nove meses e ela não veio a público.E o pior, por todas as informações que se tem, ela está concluída e deverá atingir pesos pesados da Força Tarefa da Lava Jato. Mas não é tornada pública. Medo de serem obrigados a punir membros da Força Tarefa?
Afinal, como o agente da Polícia Federal Dalmey Werlang confessou, foi ele quem instalou o grampo a mando dos delegados Rosalvo Ferreira Franco, superintendente do DPF no Paraná, Igor Romário de Paulo, coordenador regional da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (DRCOR) e Marcio Anselmo Adriano, que comandava as investigações na época.
Sindicância engavetada – É algo semelhante com o que aconteceu com a sindicância para apurar o grampo mandado instalar no fumódromo.
Desde agosto de 2015, na primeira reportagem nesse blog sobre a força tarefa de Curitiba – Lava Jato revolve lamaçal na PF-PR – noticiamos que, através do depoimento do Agente de Polícia Federal (APF) Dalmey Werlang, que o grampo no fumódromo partiu de uma ordem da delegadas Daniele Gossenheimer Rodrigues, chefe do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) da Superintendência, coincidentemente, esposa do delegado Igor.
A responsabilidade dela pela colocação do grampo foi confirmada pela Sindicância realizada, mas a corregedoria e a direção-geral do DPF decidiram que ela e Werlang só responderão a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), tal como informamos em Para o DPF, grampo ilegal na Superintendência do PR é transgressão disciplinar, Esqueceram que o uso de grampo ambiental sem autorização judicial é considerado crime?
Há, porém, uma curiosidade. Quem acessou o relatório da sindicância sobre este grampo no fumódromo reparou que ele ficou pronto em 21 de dezembro passado, mas a instalação do PAD só ocorreu através da Portaria N° 6516/2016, assinada no último 1° de agosto, pelo diretor-geral do DPF, delegado Leandro Daiello Coimbra. Ficou cinco meses à espera de um parecer do delegado Osvaldo Pinheiro Torres Jr, da Coordenadoria de Disciplina. Por que da demora? Ninguém consegue a resposta. E a sindicância do grampo na cela do Youssef, não estaria na mesma situação, pronta mas engavetada? Quem cobrará isso do DPF? O atual ministro? Ao juiz Moro, pelo que tudo indica, não interessa essa cobrança e, talvez, nem a divulgação do resultado. Já o MPF, embora fiscal da lei e responsável pelo controle externo da Polícia Federal, simplesmente se omite.
Sem falar que quando Eugênio Aragão assumiu o ministério da Justiça, em março de 2016, cobrou insistentemente estas sindicâncias do diretor-geral e do corregedor do DPF, mas sempre recebeu a resposta que elas estavam em andamento. A do fumódromo, sabe-se agora, estava pronta e engavetada. A da cela do Youssef estaria na mesma situação?
Ao amigos tudo… -Provavelmente, se surgirem respostas, dirão que não. Alegarão, por exemplo, que a contadora de Youssef que se tornou informante da PF infiltrada na Lava Jato, Meire Bonfim da Silva Poza, foi ouvida sobre esse grampo em maio passado. Mas ela nada tinha a falar a esse respeito. Foi proposital para retardarem o resultado?
Há ainda mais mistérios envolvendo o comportamento da cúpula da Polícia Federal a serem desvendados. No final de 2015, o agente federal Flávio Werneck Meneguelli. presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol) e vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) levou um dossiê ao então chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, o ministro Jacques Wagner. O documento denunciava estas mesmas irregularidades que há muito vêm se falando e que não são apuradas.
Seu gesto, embora seja um sindicalista, foi considerado uma transgressão disciplinar. No último dia 18, ele passou a responder um PAD, assim como Daniele. Mas Werneck foi afastado da função que exercia.
O mesmo não aconteceu com Daniele que ocupa cargo de chefia em um setor super sensível, o Núcleo de Inteligência Policial,. Trata-se justamente do setor encarregado de fazer investigações invasivas – colocar grampos, vigiar pessoas, etc., – inclusive e principalmente, investigando policiais em desvios de conduta. Já o agente Dalmey, há muito foi afastado de suas funções no NIP e hoje atua no aeroporto Afonso Perna. Há três meses ele pede para se aposentar e o DPF não concorda, embora já tenha tempo suficiente para isso. Será quer a atual direção do DPF é adepta da velha tese para “aos amigos tudo, aos inimigos a Lei”?
Vazamentos não investigados – Ainda na questão das escutas ilegais cabe lembrar que até hoje não houve uma explicação pública para o aparelho de escuta ambiental localizado no gabinete do ministro do STF Luís Roberto Barroso, em Brasília. O dispositivo foi achado no dia 11 de abril passado em uma varredura de rotina realizada pela Secretaria de Segurança. Na época à TV UOL, o ministro classificou a questão como “do ponto de vista institucional, gravíssimo. Uma ousadia, uma desfaçatez alguém colocar um aparelho de escuta no gabinete de um ministro do Supremo. Tenha sido no meu, ou se isto estivesse aí muito antes”. Até hoje, porém, ninguém veio a público esclarecer quem fez esta instalação. Ou seja, os fatos surgem os crimes e “desfaçatez” são descobertos, mas depois tudo é esquecido.
Como foram esquecidos os muitos casos de vazamentos que ocorrem em operações da Polícia Federal em geral, mas com intensidade jamais vista na Operação Lava Jato. estes vazamentos começaram em 2014, no período da campanha eleitoral, em uma nítida tentativa de se atingir o PT e sua candidata, Dilma Rousseff, como mostram as capas da Veja reproduzidas ao lado.
Este é só um caso. Houve muitos outros, na maioria das vezes tentando incriminar o PT e petistas. Como, por exemplo, narramos na reportagem Lauro Jardim entrega sua fonte: os procuradores. E agora, dr. Janot?. Neste caso o alvo foi a candidata Marina da Silva. Vale a pena repetir um trecho da reportagem aqui postada:
“No mesmo sábado (11/06) em que o jornal O Globo, na sua página 4, publicou declarações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, desmentindo que vazamentos partam da Procuradoria Geral da República (PGR), a coluna de Lauro Jardim, no site do jornal, apontou os procuradores da República como a fonte de informação de delação na Operação Lava Jato. Mais grave, delação que ainda acontecerá. Ou seja, nem no papel está”.
Os exemplos se sucedem. Em abril deste ano, na matéria Além de afrontar o STF, Lava Jato antecipa nova condenação de Dirceu mostramos que o site do jornal O Estado de S. Paulo não vazou apenas informações das investigações sigilosas, mas antecipou uma sentença que o juiz Sérgio Moro ainda não tinha dado contra o ex-deputado José Dirceu.
A notícia foi publicada no site do jornal em 23 de abril e saiu na edição impressa do dia seguinte, domingo (24/03).Ela, no site, afirmava que José Dirceu “será condenado no próximo mês pelo juiz Sérgio Moro”. No dia 18 de maio, o próprio Estadão noticiou: Moro afirma que Dirceu não era o ‘comandante do grupo criminoso’
“Ao condenar ex-ministro da Casa Civil a 23 anos e 3 meses de prisão, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, juiz da Lava Jato deixa em aberto papel de líder do esquema de propinas instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014”
Faltou apenas lembrar, como a imprensa costuma fazer, “conforme anunciamos com exclusividade no dia 23 de abril”.
Na verdade, ao único vazamento que mereceu uma investigação e, ainda assim, com nítidos sinais de direcionamento, foi o caso das postagens feitas por delegados da Lava Jato, ainda no período pré-eleitoral, com críticas ao presidente Lula, à candidata Dilma como denunciou, após as eleições,a repórter Julia Duailibi, do Estadão em Delegados da Lava Jato exaltam Aécio e atacam PT na rede.
Entre os envolvidos nas postagens estava o delegado Igor de Paulo, como diz a matéria de Julia Duailibi: “No dia 17 de outubro, Igor de Paula também compartilhou um link da revista inglesa The Economist que defendia voto em Aécio”. Na notícia, lia-se: “Brasil precisa se livrar de Dilma e eleger Aécio”.
Estranho desaparecimento – Pois foi o próprio Igor quem criou relatórios internos para o superintendente informando da existência de um grupo de dissidentes dos quais, pelo menos dois, estariam envolvido, ainda que indiretamente com a divulgação destas postagens do Face book. O fato de os delegados terem criticado um presidente da República e uma ex-ministra, então candidata, assim como feito publicidade do candidato da oposição, foi totalmente relevado pela Corregedoria na sindicância aberta por pressão do então ministro José Eduardo Cardozo. Isto apesar de ser considerado transgressões disciplinares tais tipos de manifestações.
Mas, a partir dos relatórios do delegado Igor, um delegado federal, um ex-agente de Polícia Federal e dois advogados foram indiciados em um inquérito presidido pela delegada Tânia Fogaça, da Corregedoria. O crime deles, “corrupção imaterial”. A investigação não conseguiu provar que houve pagamento ou cobrança de propina, então concluiu que o ganho seria a queda da cúpula da superintendência do DPF no Paraná, como mostramos em 30 de abril, na postagem Quem com ferro fere… Força Tarefa da Lava Jato pode tornar-se alvo de delação premiada. Ali, noticiamos:
“Mostrando que a Polícia Federal usa dois pesos e duas medidas, a Corregedoria não apresenta o resultado da sindicância do grampo, mas levou a cabo a investigação em torno dos chamados “dissidentes” da Lava Jato. Indiciaram o delegado Paulo Renato Herrera, o ex-agente Rodrigo Gnazzo, e os advogados Marden Maués, que defendeu a doleira Nelma Kodama, e Augusto de Arruda Botelho, defensor do executivo Márcio Faria, ligado à Odebrecht, por crime de corrupção.
A delegada Tânia Fogaça, da Coger/DPF, não conseguiu provar que houve o tal dossiê que alegaram que os “dissidentes” tinham feito para vender para as defesas dos réus para, com ele, tentarem derrubar a Lava Jato. Mesmo com quebra de todos os sigilos dos investigados, também não provou nenhum pagamento ou movimentação financeira estranha em suas contas. Mas, ainda assim, indiciou Herrera por corrupção ativa alegando que seu ganho seria a “derrubada da direção da superintendência da Polícia Federal no Paraná”. Os demais envolvidos foram indiciados por contribuírem com este “crime”.
No Inquérito por ela presidido ainda não houve denúncia, o que depende da manifestação do Ministério Público Federal. Mas já se descobriu que nele foi retirado um minucioso relatório do delegado Mario Renato Castanheira Fanton,que foi quem instaurou a investigação e a conduziu nos meses em que esteve em Curitiba, como o advogado Marden Maués denunciou recentemente ao juiz da 14ª Vara Federal de Curitiba, Marcos Josegrei da Silva. Algo, no mínimo, estranho.
São fatos que correm nos bastidores da Operação Lava Jato. Muitos deles noticiados – não pela mídia tradicional – mas por diversos outros meios de comunicação quando não denunciado por advogados de defesa. Mas, a todos eles, o Supremo Tribunal Federal fechou os olhos. Agota, que mais um ministro foi atingido pelos vazamentos seletivos e ilegais, será que a posição daquela corte irá mudar? Vão, finalmente acordar?
28 Comentários
[…] muitas coisas na Lava Jato não foram esclarecidas. Basta ver a reportagem que postamos – Lava Jato: após omitir-se, o Supremo se assusta. Vai acordar?. Tudo que o país e essa sofrida sociedade não precisa é assistir cenas de pugilismo verbais […]
A operacao fora Dilma, fora PT, vulgo lava jato ja acabou! Os palhacinhos de Curitiba jogaram todo servico no lixo pq acreditavam que sendo bandidos tinha costa quente no MP e Judiciario, SQN!
Cada um vai pro olho da rua e preso tambem. Vcs lembram do Protogenes e do Juiz De Sanctis? É assim que vai ficar, porem vai ter prisoes tambem.
Voce Rosalvo vai poder brincar de escuta na cela do Youssef com o Igor, Marcio e Erika cada um com o ouvido na parede ouvindo o outro. Legal né!
Ouvi dizer de um conhecido do MPF em Brasilia que vai ter Procurador na rua tambem.
Depois vem essa reportagem infantil de um Procurador citada acima que “Eles da FT se achavam lindos e de repente tudo acabou, era para derrubar Dilma”. Se houvesse etica e impessoalidade jamais haveria esse sentimento e a LJ nao seria anulada.
Mas ha uma sauda pra vcs! Tentem aprovar a medida de convalecencia da prova ilicita de boa fe, que quem sabe só consigam a demissao de seus cargos, sem prisao.
O imortal (kkkkk) Merval Pereira (a voz da Rede Globo) foi ouvido hoje na CBN e disse com todas as letras: “Gilmar não atua com emoção, ele sabe o que faz, e deve saber o que está dizendo”.
Renan Calheiros está o dia todo na TV, o semblante soturno, abatido, mudou, tá com a pele boa, um fofo!
O que será que aconteuceu? O que será que mudou?
E lá na SR/PR, como que tá o pessoal?
Os salários nos estados estão na faixa de 50, 60, 100 mil reais. Como isso é legal, se ninguém pode ultrapassar o teto dos ministros do Supremo, que é trinta e poucos mil? Como se consegue essa margem? Eu tenho a impressão de que o país virou uma república corporativa em que cada qual, se aproveitando da autonomia administrativa e financeira, faz seu pequeno assalto. Não pode ser assim. Acho que isso precisa ser discutido – afirmou Gilmar Mendes.
Bem, eu pergunto, como empresário, que trabalha pelo menos 60 horas por semana.
Como pode isso?
Nem um alto executivo ganha isso no Brasil. Vocês sabem quanto ganha um executivo no BR?
Um CEO de indústria média, supervisionando tudo, financeiro, fiscal, produção, ganha em média 20-25k limpos, e isso em tempos normais, não nessa crise brava que está aí, na qual essa operação lava jato nos jogou.
Eu estou com o Gilmar Mendes. Isso tem cara e corpo e cheiro e hálito, e tudo o mais, de ser uma grande quadrilha.
E vc acredita, caro Matos, que gilmar e os demais ministros do stf ganham só o tal “teto” salarial, com todos aqueles penduricalhos? Eles se posicionaram favoravelmente ao Golpe de Estado ora em curso única e exclusivamente porquê a Presidenta Dilma lhes negou um aumento sobre seus já polpudíssimos salários. O caso do hipócrita gilmar é mais grave porquê ele fatura por fora com sua faculdadezinha de direito, fora otras cositas más… Convém dar uma olhada na Lista de Furnas e conferir quem andou recebendo o dinheiro público desviado da estatal:
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/os-nomes-e-valores-da-lista-de-furnas
Um amiguinho da PGR/Brasília falou que não tem mais jeito…os malandrinhos da PF Curitiba destruiram a operação lava jato. A escuta ilegal do Youssef e as fraude processuais com Meire Poza destruíram todo o trabalho. Eles estão tão putos que querem todos esses muleque sem cana! Essa PF de Curitiba tem Corregedor? Não faz nada? É um nada? Se tem é omisso…
Quando que a ERIKA vai assumir a DG?
Quando que o Rosalvo vai pra adidância em Portugal? E o MC Marcinho, quando que assume Paris?
E o Igor, quando que ele assume a SR/PR?
Porra, vamo faze essa fila anda mano, Leandro, Valeixo, porra mano… eu tenho que subir….., orra meu
Fato: “Associações de Procuradores externam apoio aos membro da força tarefa da lava jato, que faz um trabalho técnico e republicano, e não faz vazamentos”
Análise do tinhoso: “uuuuuuuuuuuuahahahahhahahahahhahahahhhahhhaa, tiiiiiiiiiiiiiime, is on my side, yes it is……”
Fato: AMB rechaçou as declarações de Gilmar Mendes, que alegam, tenta “atacar a Lava-Jato”
Análise do oráculo: “CALMA AMB, QUERO VER O QUE VOCÊS VÃO DIZER MÊS QUE VEM!!!”
Sob anonimato, um procurador da Operação Lava Jato disse à jornalista Natuza Nery, responsável pelo Painel da Folha desta quarta (24), que o sentimento comum na força-tarefa hoje é de que eles foram usados para derrubar a presidente Dilma Rousseff e, agora que o impeachment está quase consolidado, estão sendo descartados. “Éramos lindos até o impeachment ser irreversível. Agora que já nos usaram, dizem chega”, disse o procurador.
Conforme o GGN mostrou semanas atrás, a Lava Jato bateu recorde de aparecimento nas manchetes de jornais durante o mês de março de 2016, criando o clima favorável ao impeachment de Dilma Rousseff na Câmara. Mais de um terço das capas da Folha foram dedicadas à operação e a outras investigações contra Lula. O próprio Datafolha nunca usou as pedaladas fiscais para questionar à população se Dilma merecia o impeachment. A pergunta feita era se as “revelações” da Lava Jato deveriam render o seu afastamento.
A fala do procurador ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes reagir ao vazamento de suposta delação da OAS citando Dias Toffoli, membro da Corte, apenas para criar constrangimentos. Segundo a colunista, “o Estado-maior da Lava Jato é unânime: o avanço das investigações sobre setores do Judiciário pode acabar se transformando em um freio na operação.”
Após o episódio, Gilmar deu uma série de entrevistas sinalizando que a Lava Jato está se comportando como um grupo de “heróis” sem limites e que deveria, ao invés disso, “calçar as sandálias da humildade”. O ministro também disparou contra uma das propostas defendida pelos membros da operação no Congresso, que trata da permissão de usar provas obtidas de maneira irregular, desde que de boa-fé. Chegou a dizer que isso é coisa de “cretino”.
Com a reação do ministro do STF, o procurador-geral da República Rodrigo Janot veio à tona defender a Lava Jato do vazamento. Disse que a responsabilidade pelo factóide entregue à Veja era dos advogados da OAS, que estariam fazendo pressão para fechar a delação de Leo Pinheiro. Ele também afirmou que não existe nenhuma menção a Toffoli no depoimento. O PGR usou esse argumento para suspender as negociações.
Histórico de abusos
A suspensão e a pressão do Supremo para isso são atitudes inéditas na Lava Jato. Não é como se a operação já não tivesse se envolvido em episódios polêmicos que colocaram em xeque os limites de sua atuação.
A título de exemplo, no caso do vazamento de um grampo presidencial, por exemplo, o máximo que ocorreu foi o juiz federal Sergio Moro pedir desculpas a Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Dilma Rousseff, que foi derrubada na Câmara dias após esse vazamento, aponta que esse tipo de vazamento “é crime em qualquer lugar do mundo”.
Além disso, foram mais de 13 delações vazadas para a imprensa, sem nenhuma reação. O que levanta a pergunta: por que após dois anos e meio de Lava Jato, só agora Janot quer findar um acordo de cooperação por causa de um vazamento?
Hoje, o GGN aponta em artigo de Luis Nassif que a suspensão da delação da OAS é um “empate vitorioso” entre Gilmar e Janot, com um importante desdobramento sobre a classe política: deve livrar a cara de José Serra e Aécio Neves (PSDB) – além de alguns petistas – que, como já se sabia, eram citados por Léo Pinheiro na delação.
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Ué mas nao foram os delegados Aecistas que começaram usando a lava jato para tentar eleger o Aécio ?___________________________________________
Se eu soubesse que o uso midiático das ações policiais teriam descambado em um golpe contra a nossa democracia, nunca teria dado início à essa forma de atuação da PF!
Peço desculpas ao Brasil.
Caro Mauro, seu papel foi correto, trouxe nova dimensão ao combate da corrupção, mas como toda corporação policial, a PF precisa de controle.
E controle mais não há, há tempos.
Fique tranqüilo!
A hora q esses policiais sérios do Paraná abrirem a boca, vai disparar a venda de fralda, hipoglos e rivotril em Cûrithybah.
Esse eu não sei se sabe escrever.
Mas cada vez que abre a boca, vem a enxurrada de merda.
Tudo que faz dá errado, aonde põe a mão fode tudo.
Por isso q em Porto Alegre o apelido dele nas segundas e quartas era ‘boca de bosta’, nas terças e quintas ‘mão de caralho’.
É só tristeza.
Caro Marcelo Auler, caros leitores.
Não se enganem com Gilmar Mendes ou Rodrigo Janot. Eles jogam no mesmo time e têm os mesmos objetivos: derrubar um governo legítimo, aniquilar um partido, o PT, e um espectro político, a Esquerda, incriminar e inviabilizar que qualquer líder popular de Esquerda tenha chances de chegar à presidência da república. A Farsa a Jato é uma Organização Criminosa Institucional, ORCRIM, composta por policiais federais, procuradores do MP e juízes. O STF é não apenas conivente, mas partícipe do golpe de Estado. O PGR é o alto comando nacional desse golpe; o alto comando internacional fica nos EUA. As quadrilhas políticas que tomaram de assalto o poder executivo federal em 12 de maio de 2016, representam as oligarquias plutocráticas, cleptocratas, escravocratas, privatistas e entreguistas; a essas mesmas oligarquias pertencem a maioria dos magistrados brasileiros e dos concurseiros do MP e da PF.
Gilmar Mendes proferiu a fala
“Isso lembra o nosso delegado herói, que fazia interceptação telefônica sob o argumento de que agia com bons propósitos. Ora, espera aí. A autoridade se distingue do criminoso porque não comete crime, senão é criminoso também! Aí vira o Estado de Direito da barbárie (…) Estado de Direito tem que ser Estado de Direito. Não se combate crime com a prática de crime. É preciso moderação, que os procuradores calcem as sandálias da humildade.”
não foi porque, de repente, caiu a ficha e ele se tornou um magistrado que defenda a Lei e o Estado Democrático de Direito, mas tão sòmente porque, num jogo combinado com o PGR e procuradores da Farsa a Jato, percebeu que as delações firmadas com ex-diretores e ex-executivos da OAS e da Odebrecht poderiam colocar em maus lençóis os aliados políticos dele, os tucanos Aécio Cunha, José Serra, Geraldo Alckmin e outros. A citação do pupilo de GM, José Dias Toffoli, em manchete da latrina criminosa “óia” é auto-destrutiva e não tem a menor substância capaz de incriminá-lo. Toffoli foi o escolhido pra a manchete da esgotífera revista porque, tendo sido advogado do PT num passado distante e nomeado por Lula para uma cadeira no STF, pode ser associado ao partido político que se deseja aniquilar; ademais, Dias Toffoli é tècnicamente o mais fraco dos ministros da ‘suprema côrte constitucional brasileira’ e o que menos força e argumento tem para rebater as investidas tanto do PIG, como dos procuradores da ORCRIM da Farsa Jato.
Lamentável é que Marco Aurélio Mello tenha perdido a oportunidade de ser ele o ministro do STF a partir para cima dos concurseiros da república de Curitiba. MAM poderia marcar gol de placa e fazer daqueles que integram a ORCRIM da Farsa a Jato não apenas um picadinho, mas uma sopa bem batida.
Foi na veia como sempre Paiva. É um golpe midiático-institucional. As instituições que se autodenominam “republicanas” estão em completo estado de putrefação e ao invés de defender a Democracia, a Nação e o Estado Democrático de Direito, ao contrário, se voltam contra estas conquistas vitais para a Humanidade. E não nos esqueçamos da Lista de Furnas, apesar da PGR fazer de tudo para escondê-la pois nela está TODA A CÚPULA DO PSDB:
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/os-nomes-e-valores-da-lista-de-furnas
Porque a delegada ainda é chefe na PF enquanto o Agente foi afastado?
Sr Eugênio Aragão e Marcelo Auler, perguntem ao sr. Gilmar Mendes se está certo um processo disciplinar contra uma chefe de um núcleo de inteligência que já esta envolvida em falcatruas de uso de equipamentos do setor dela para espionar Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa na cela que ocupava, vir agora ser autora de uma escuta ambiental clandestina para espionar servidores testemunhas dos crimes que se praticavam na PF de Curitiba e ser responsabilizada apenas com uma infração de suspensão e sequer sair da chefia do núcleo de inteligencia que ocupa.
Será que Gilmar Mendes, ministro Barroso e os demais acham que tal fato nao é crime bem infração punível com demissão?
A lei 8112 diz que quem pratica infração que configura ato de improbidade deve ser demitido.
Por que o Corregedor Geral e seu chefe Diretor Geral são tão complacentes e não punem com demissão e se atrasam tanto?
Intervenção já na PF!
Prezado jornalista,
Se a corregedoria geral da PF tem as sindicancias prontas desde o mes de novembro de 2015 e uma delas surgiu com resultado em agosto de 2016 e a outra nem surgiu ainda, ficando evidente que nao afastaram os delegados criminosos da PF Curitiba para nao atrapalhar o impeachment e a lava jato toda contaminada de ilegalidades e nulidades. Fica evidente, ainda, que o Corregedor Geral da PF e o Diretor Geral da PF prevaricaram, desobedeceram ao MJ e praticaram improbidade administrativa, cabendo ao sr. Eugênio Aragão representar ambos no MPF para serem denunciados e processados.
Com a conduta do Corregedor Geral e do Diretor Geral em nao apurar de maneira rapida e nao afastar os infratores, fica evidente que o corporativismo da direcao da PF com a cupula dos delegados da PF de Curitiba, demonstrou que o Delegado Paulo Renato Herrera, Agente Gnazzo e Escrivao Werneck só poderiam se socorrer de autoridades externas a PF para conter a sangria de crimes e ilegalidades que se cometia em Curitiba prejudicando inocentes. E ainda a PF quer punir esses herois, kkkkkk. É uma piada mesmo! Motivo de mais uma responsabilizacao contra tais dirigentes. Representem contra eles senhores Herrera, Gnazzo e Werneck!
Caro Jornalista, cara Marjori ;
Eu não sou herói de nada, aliás NÃO EXISTE FUNCIONÁRIO PÚBLICO HERÓI. Apenas enquanto fui Policial Federal, dei sempre o melhor de mim. Nada mais que do que minha obrigação. Quanto aos fatos narrados pelo jornalista, quanto o que presenciei neste episódio, quanto ao que estou sendo submetido diante de um processo criminal, responderei sereno, caso houver uma denúncia, na justiça, com todo respeito ao judiciário, porém, com toda a indignação, firmeza e clareza, sobre tudo isto que estou assistindo acontecer, perplexo. Vamos esperar aonde isso vai chegar…
Gnazzo, Herrera e Werneck,
Vocês são heróis de tentarem trazer luz sobre esse mundo de crimes que a instituição que vocês trabalham sabe desde o início de 2015 e até agora não afastou ninguém.
Pelo contrário, um certo Diretor que se aposentou estava empenhado até o pescoço para fazer calar e demiti-los taxando-os de dissidentes.
A verdade precaleceu e a verdade vai livra-los das perseguições mediocres e vai colocar na cadeia os verdadeiros criminosos.
Parabéns a vocês!
Tem gente com diarréia na PF/Curitiba!!! Também não é para menos…fizeram muita coisa errada…muita…está vindo coisa pesada contra esses ” policiais”….nem a ” Delegada” Tânia vai conseguir ajudar agora! É picaaaaaaaaaa!!!!!!
Tem um pessoal postando ai que acredita nisso, naquilo….
Eu acredito que o GM vai socar a tromba na leva jato, vai voar merda pra todo lado, e acho pouco, kkkkkk
Prezado Marcelo Auler! As sindicância que comprovou que houve escuta ilegal na cela do Youssef, está concluidissima…ela aponta e comprova que além de ter havido escuta ilegal na cela do youssef e Delegado Moscardi forjou a sindicância anterior feita para concluir que tudo era legal…Agora o pior: o juiz Moro e o MPF receberam a nova sindicância já fazem dois meses…não juntaram aos autos e não tomaram providência alguma!!!!! Um escândalo!!!!!! Corra atrás disso é um escândalo!!!!!
Essa tal de lava jato está cada vez mais com a cara da macuco/banestado!
Acredito mais em um jogo de cenas para livrar Aécio, Cerra e outros figurões que não foram divulgados em função de como a História Atual do Brasil está sendo montada
…”sandálias da humildade” foi ótimo!
Já sei que Gilmar Mendes da iobope ao Pânico na TV… (meu Deus!!!!)
Brincadeiras a parte. A fúria de Gilmar Mendes foi por causa de Toffoli.
GM pode perder um grande aliado…
Toffoli não fazia parte da gangue suja de GM, e o menino “novo” pode ter os brios ofendidos e deixar de ser um aliado fiel de ultima hora. Gilmau não dá ponto sem nó… Ele sabe como a VAZA A JATO trabalha há quase 3 anos. E o teatro agora é só pra Toffoli ver….
Correta interpretação. Gilmar Mende e Janot estão sempre encenando. Esse embate deles é puro jogo de cena.