O ex-chanceler Celso Amorim, com os seus 80 anos, poderá ocupar um gabinete bem próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Ele já foi ministro das Relações Exteriores nos dois primeiros mandatos de Lula na presidência (2003/2011) e ocupou o Ministério da Defesa por um período do governo de Dilma Rousseff (2011/2015).
Embaixador de carreira desde 1965, quando se formou pelo Instituto Rio Branco, Amorim está sendo cotado pra ocupar a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da presidência da República. Forma encontrada para que Lula mantenha seu fiel amigo próximo ajudando-o de maneira mais ampla do que apenas no comando das Relações Exteriores. Pelo atual desenho do futuro governo, a chefia do Itamaraty deve ficar a cargo do embaixador Mauro Vieira, também ex-ministro das Relações Exteriores no governo Dilma. Vieira conta com a confiança e o apoio de Amorim.
No desenho que está sendo traçado do novo governo petista que assumirá em 1º de janeiro, a Secretaria de Assuntos Estratégicos poderá abrigar a Agência Brasileira de Inteligência ABIN, retirando-se assim o serviço de inteligência que assessora diretamente a Presidência da República do jugo militar. Atualmente a Agência está subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que cuida diretamente da segurança do presidente, do vice-presidente e de seus familiares.
Mas esse novo desenho ainda não é algo certo e definido. Entre os possíveis ocupantes do Planalto na gestão 2023/2026, deverá estar o general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, cotado justamente para comandar o GSI. Ele pessoalmente tem se mostrado contra a retirada da ABIN do gabinete que poderá comandar. G Dias, como é tratado o oficial, foi quem chefiou a segurança pessoal de Lula durante todos os oito anos dos dois governos petistas. Atualmente na reserva, ele dedica-ser à sua empresa de eventos e trabalhou diretamente na campanha do petista, cuidando da infra-estrutura dos palanques nos comícios realizados nos mais diversos estados e cidades.
Oficialmente a Secretaria de Assuntos Estratégicos cuida do planejamento nacional de longo prazo, debate as opções estratégicas do país, trata da articulação do governo com a sociedade para formular a estratégica nacional e políticas de desenvolvimento de longo prazo. Também lhe cabe promover parcerias com órgãos e entidades nacionais e estrangeiras que contribuam para a elaboração de iniciativas de desenvolvimento sustentável. Ela tem um braço que articula com os estados políticas públicas para o desenvolvimento sustentável e poderá cuidar também da elaboração de planos para o desenvolvimento da Amazônia de forma sustentável.
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