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Carta a dom Orani: Diocese acusa o Blog de distorção
9 de dezembro de 2016

Marcelo Auler (*)

Dom Orani, um cardeal que atende ao apelo do presidente e vai com ele rezar por uma Emenda Constitucional que a própria CNBB condenou, na hora que ia polícia invade sua Igreja, vai se queixar ao comando da PM? O senhor pode muito mais. Use sua liderança e imponha o respeito que lhe devem.

Dom Orani, um cardeal que atende ao apelo do presidente e vai com ele rezar por uma Emenda Constitucional que a própria CNBB condenou, na hora que ia polícia invade sua Igreja, vai se queixar ao comando da PM? O senhor pode muito mais. Use sua liderança e imponha o respeito que lhe devem.

Prezadísssmo Cardeal Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

MD Dom Orani João Tempesta

Ao iniciar esta carta, ante de qualquer coisa explico que abdiquei do tratamento cerimonioso de “Sua Eminência Reverendíssima” por entender que no papado de Francisco, tais títulos e tratamento são altamente dispensáveis. Não significa, porém, nenhuma forma de desconhecer sua função de líder da Igreja Católica no Rio de Janeiro.

Pois é como católico, embora possivelmente não praticante quanto devesse, e certamente um pecador como todo ser humano, que tomo a liberdade de me dirigir através deste blog ao senhor em função do ocorrido na tarde de terça-feira (06/12), na Igreja de São José, na Avenida Primeiro de Março, no centro da capital do Estado do Rio de Janeiro.

O flagrante foi vito por todos com transmissão ao vivo pelas redes sociais.

O flagrante foi vito por todos com transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Recebi, da sua assessoria, a nota oficial que reproduzo abaixo no papel timbrado da Arquidiocese. Também tomei conhecimento da entrevista que o senhor deu ao jornal Extra, considerando o episódio “lamentável” e revelando que procurou o comando da Polícia Militar para, acredito, protestar. Pelo que li, o senhor teria dito:

“Tivemos conhecimento do que aconteceu e, em vistas disso, liguei para o comandante da Polícia Militar, coronel Wolney Dias. Ele afirmou que estão apurando os fatos. A igreja é lugar de paz e nós queremos que continue sendo sinal de paz. Lamentamos muito o acontecido e esperamos que sejam tomadas as medidas cabíveis diante de fato grave“.

Na manhã desta quarta-feira (07/12) recebi outra nota, após seu encontro com o comandante da PM, coronel Wolney Dias Ferreira, quando ele teria ido se explicar e se desculpar do ocorrido. Somente nesta nota, quase 24 horas após o ocorrido é que sua assessoria de imprensa fala claramente que o senhor

“manifestou seu repúdio pelos lamentáveis fatos ocorridos

É a partir destes pronunciamentos, dom Orani, que ouso discordar abertamente do senhor. A invasão de um prédio, sem mandado judicial, é crime. A invasão de um templo religioso, é muito mais do que crime, portanto, mais do que simplesmente lamentável, no mínimo “deplorável”, inadmissível, profano.

nota-da-igreja-sao-jose-06-12-2016Mais ainda quando isto é feito para, de dentro do templo, invadido pela porta dos fundos como descrito no relatório (veja ao lado) assinado por Gary Bon-Ali e Lêda Machado, provedores da Irmandade do Glorioso Patriarca São José, que administra a Igreja de São José, atacarem manifestantes que exerciam um direito constitucional, ainda que alguns deles possam ter extrapolado nessas manifestações – o que não posso garantir, por não estar presente, mas admitir, apenas hipoteticamente.

Este episódio, que a própria mídia deu importância menor, em pleno regime democrático – ainda que alguns tenham dúvidas sobre isso -, no Estado de Direito, é gravíssimo. Basta lembrar que, durante os 21 anos de ditadura militar, um regime de força, pelo que minha memória permite e após algumas consultas feitas – uma única vez os militares invadiram um templo católico. Ocorreu em 1981, na Igreja de São Geraldo do Araguaia, quando foram prender os padres franceses Aristide Camio e François Gouriou.

Na época, o senhor tinha apenas sete anos de sacerdócio e estava na diocese de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo. Coincidentemente, eu tinha sete anos de jornalismo e já morava em São Paulo, depois de passar dois anos em Brasília aonde ia constantemente à CNBB. As reações foram imensas e não se limitaram a uma nota ou declaração considerando o fato “lamentável”.

Houve ainda outro episódio marcante, em 1967, quando o Exército de Barra Mansa invadiu a residência de dom Waldir Calheiros, bispo de Volta Redonda, para fazer busca nos aposentos de quatro jovens militantes da igreja que tinham sido presos distribuindo panfletos que foram considerados subversivos. Sugiro que o senhor veja no Relatório Final da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, as consequências que tal fato teve e a reação de dom Calheiros, recordando que, à época, não havia internet e até as comunicações telefônicas eram difíceis. Para ler, clique aqui.

Nota oficial da Arquidiocese do Rio de Janeiro sobre invasão da igreja de São José 

Perdoe-me a franqueza, dom Orani, mas, como líder da Igreja Católica do Rio, acho que suas atitudes foram tímidas. Era preciso um pouco mais de audácia e coragem para defender um templo sagrado, onde diariamente centenas (milhares?) de pessoas que circulam pelo centro do Rio param para fazer orações e preces.

O senhor, como cardeal arcebispo, cargo mais do que honorífico, costuma em época de campanha receber candidatos políticos. Alguns até o traem, como ocorreu com o pastor licenciado da Igreja Universal, Marcelo Crivella. Outros, como o presidente golpista (sei que o senhor não o considera assim) Michel Temer, buscam seu apoio na tentativa de melhorarem sua imagem perante o público. Chegam a lhe usar – me desculpe a expressão, mas foi o que em minha opinião ocorreu – para rezar por um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que dias depois foi condenado por seus irmãos bispos da CNBB que entenderam perfeitamente o projeto como prejudicial aos mais pobres.

Mas, apesar de todo esse seu prestígio, na hora que invadem uma Igreja o senhor telefona para o comandante da PM? Sua liderança, dom Orani, lhe permitia ligar não para o coronel, que merece respeito, mas para autoridades maiores como o governador, Luiz Fernando Pezão. Ou para o próprio presidente Temer, de quem o senhor, certamente, ficou amigo, demonstrando a real dimensão de tal fato.

Dom Orani recebeu o comandante da PM, coronel Wolney, mas não deveria ser o governador Pezão a lhe pedir desculpas? Foto reprodução.

Dom Orani recebeu o comandante da PM, coronel Wolney, mas não deveria ser o governador Pezão a lhe pedir desculpas? Foto reprodução.

Como cardeal, líder dos católicos, o senhor, em momentos como este, deve se dirigir às lideranças políticas – embora saibamos que elas estejam todas desacreditadas – não aos subordinados. Da mesma forma, não era do coronel Wolney que o senhor deveria receber o pedido de desculpas, na manhã desta quarta-feira, mas do governador Pezão.

Ainda dentro do espírito franco que costumo usar, porém, espero que entenda assim, fraterno, confesso que tinha divergências grandes com o modo de dom Eugênio Salles governar a Igreja Católica no Rio. Disto é testemunha o seu atual assessor de imprensa, Adionel Carlos, que também foi assessor dele e me conhece desde aquele tempo. Mas hoje, tenho certeza, a atitude de dom Eugênio seria outra. Jamais ligaria para um comandante da PM. Como líder católico, ele se impunha. Fazia-se respeitar.

Isto para não falar de outro líder católico da época, ainda vivo- graças a Deus – que pode lhe dar testemunho, caso o senhor necessite, dom Paulo Evaristo Arns. Certamente ele, que teve coragem de enfrentar os militares e realizar um Ato Ecumênico na Catedral de São Paulo – na verdade, um ato até político – em memória de um judeu assassinado no porão da ditadura, Vladimir Herozg.

Não tenho dúvidas que bispos como dom Paulo Evaristo, dom Waldir Calheiros, dom Adriano Hypólito (de Nova Iguaçu), dom Mauro Morelli (de Caxias), entre tantos outros, teriam posição diferente.

Certamente, no momento em que soubessem que a Igreja tinha sido invadida, muito provavelmente, eles iriam até lá fazer como Cristo fez, expulsando os vendilhões do templo.

Isto dom Orani, talvez nem precisasse acontecer. Um simples telefonema seu ao governador anunciando que estava indo para a Igreja São José seria o suficiente para que ele mandasse a tropa sair de lá. Assim, o senhor chegaria e encontraria a Igreja vazia. Poderia até abrir as suas portas, convocar manifestantes e policiais e junto rezarem pela Paz na cidade do Rio de Janeiro. Seria uma lição e uma grande ajuda ao estado, que anda sem liderança política e perdido depois de tamanha roubalheira.

O Papa Francisco, ainda cardeal Bergoglio, andando de metrô em Buenos Aires.

O Papa Francisco, ainda cardeal Bergoglio, andando de metrô em Buenos Aires.

Provavelmente o senhor teria dificuldades de se locomover de carro pois, pelo que fiquei sabendo aqui em São José dos Campos (SP) onde estava, o trânsito ficou parado. A cidade parou. Mas seria possível, imitando o então cardeal Jorge Mario Bergoglio, o hoje Papa Francisco, o senhor e sua assessoria poderiam se deslocar de metrô. Seria mais um exemplo às autoridades do Rio que estão perdidas, e um sinal de liderança aos seus fiéis.

Sei que me alonguei nesta carta aberta. Finalizo, porém, com uma humilde sugestão. Hoje, a Assembleia Legislativa continuará a votar este famigerado projeto de enxugamento das despesas do Estado do Rio que se encontra falido. Não por culpa de seus moradores ou funcionários públicos. Mas, pelas bandalheiras que os governos do PMDB – Sérgio Cabral, Jorge Picciani, Luiz Fernando Pezão e o vice-governador Francisco Dornelles, que o senhor apoiou quando candidato ao Senado para evitar que ganhasse uma candidata que apoiava o aborto (lembra-se) realizaram nos últimos dez anos. Pois bem, certamente, novas manifestações ocorrerão e o clima pode vir a esquentar.

igreja-sao-jose-no-centroSugiro, dom Orani, que o senhor use de sua autoridade eclesial e imponha a Paz na cidade do Rio. Convoque seus padres para, na mesma hora da sessão da ALERJ estarem todos na Igreja de São José, a mesma que foi invadida. Abra as portas do templo para a população, manifestantes, policiais, jornalistas e quem mais quiser, juntos rezarem pela Paz e o futuro deste Estado, Garanto que o efeito imediato de tal gesto será evitar novos tumulto e gente ferida. E isso não é pouco. Mas, será também uma espécie de desagravo ao templo que foi profanado. 

Fica a sugestão. Fraternalmente,

Marcelo Auler(*)

 

(*) Em tempo: Como o senhor deve saber, pois já encaminhei mensagem privada a seu assessor, sou o sexto filho de uma família de sete irmãos, dos quais apenas cinco permanecem vivos. Tenho a hora, assim como meus irmãos, de ter o caçula da família como padre, Sempre que podemos o ajudamos nas suas missões evangelizadoras e pastorais. Assim como ele sempre nos ajuda quando precisamos. Mas reafirmo aqui, que todos nos respeitamos e um não interfere no trabalho do outro. Portanto, o texto acima é úncia e exclusivamente de responsabilidade minha. Qualquer queixa, reclamação ou pedido de resposta – para o qual o blog sempre estará aberto, pode ser feito diretamente a mim, pelo seu assessor, que sabe como me localizar.

8 Comentários

  1. Erika Gloria disse:

    Prezado Marcelo Auler,

    seu artigo é esclarecedor e coerente! A Igreja do Rio anda na contra mão das provocações do Papa Francisco que se volta para defender uma Igreja em saída e com o povo.
    Na sua retrospectiva faltou apenas a crítica ao papelão do Cardeal convocando a “família tradicional brasileira” para a caminhada contra a “Ideologia de Gênero”, que aconteceu no último dia 15 de novembro.

  2. Fábio Lau disse:

    Gostaria de contestar algumas opiniões do nosso bravo Adionel Carlos, o mais longevo assessor de imprensa do Rio de Janeiro – e não vai aqui nenhuma ironia, mas apenas constatação da sua inquestionável qualidade profissional. Quando o jornalista Marcelo Auler, um dos mais vigorosos jornalistas do país, cobra da autoridade eclesiástica uma postura mais firme e repreendedora diante da PM e do próprio governo do estado, ele diz, em outras palavras, que dom Orani João Tempesta deveria ter falado em nome dos cariocas que tem suas casas invadidas pela mesma polícia há décadas e que jamais ouviram pedido de desculpas da autoridade policial . Ele pede para o arcebispo, do alto da sua responsabilidade, se posicionar em nome das mães, órfãos, viúvas, das vítimas permanentes de situações promovidas pela mesma PM que, após invadir um templo sagrado – e o vejo como tal – saiu-se com um patético pedido de desculpas. Que bom que Auler cobrou esta postura do arcebispo. A resposta vinda através de Adionel, nos revela agora, com maior profundidade, a disposição manifesta do representante legal do Vaticano no Rio na defesa da sua gente. O problema, Adionel, não começou e tampouco terminou na Igreja São José.

  3. Adionel Carlos da Cunhs disse:

    Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2016, Solenidade litúrgica da Imaculada Conceição.

    Ilmo. Sr.
    Jornalista Marcelo Auler.

    A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, considerando os acontecimentos relativos ao ingresso de policias na Igreja da Irmandade do Glorioso Patriarca São José, no Centro da Cidade, considerando a sua insistência em distorcer os fatos ocorridos, de maneira a induzir o seu leitor e a opinião pública em geral, ao erro, queremos ressaltar que:

    O deplorável acontecimento de invasão da referida Igreja nada tem de conexão com:
    1. Eleição Municipal e o Prefeito Eleito;
    2. Sucessão constitucional do Exmo. Sr. Vice-Presidente da República Federativa do Brasil que, por vontade soberana do Congresso Nacional, foi efetivado no cargo de Presidente da República Federativa do Brasil;
    3. Uso de metro ou de locomoção do Arcebispo Metropolitano;
    4. Suas críticas genéricas a todas as autoridades constituídas.

    O Senhor, de maneira leviana, aproveita de um deplorável ato de invasão de uma Igreja de nossa Arquidiocese para confundir a opinião pública.
    O Senhor Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro não compareceu à referida Igreja do Patriarca São José naquele lamentável ato porque estava incomunicável em ofício religioso que não tinha como ser interrompido. Ao terminar suas atividades o Cardeal Arcebispo pediu explicações imediatas do Governador do Estado e do Comandante Geral da PMERJ.
    Como é do seu conhecimento a própria PMERJ já se retratou em nota pública, pedindo perdão e informando que este lamentável fato não voltará acontecer.
    Parece, Senhor Marcelo Auler, que o senhor é um católico não praticante de sua fé. Antes de querer sugerir algo para o Cardeal Arcebispo deveria ter se informado que na última sexta-feira, dia 02 de dezembro, por vontade expressa do Cardeal Orani João Tempesta, em todas as Igrejas do Rio de Janeiro uma Hora Santa em favor da paz no mundo e, particularmente, no Rio de Janeiro. http://arqrio.org/noticias/detalhes/5130/hora-santa-pela-esperanca
    Senhor Marcelo Auler, o senhor induz, de forma equivocada e com viés eminentemente político-partidário, sem a isenção necessária que deve o jornalista informar a verdade, que a Igreja foi profanada. A Igreja não foi profanada. Houve um equívoco já devidamente desculpado pela Polícia Militar e pelo seu Comandante.
    Causa estranheza, Senhor Marcelo, que o senhor reiteradamente está atacando a honra e fazendo juízo de valor acerca do nosso atual Arcebispo e de nossa Arquidiocese no presente momento e em épocas passadas. Pediríamos que o senhor não colocasse ideologia e nem distorcesse os fatos em favor dos seus postulados político-partidários.
    Reitera que a Igreja, como Templo dedicado à Deus, é lugar privilegiado de encontro e acolhimento dos que sofrem e que ali procuram abrigo.
    O Rio de Janeiro precisa de paz e não de convulsão social e de notícias destorcidas como tem sido a sua inoportuna ação jornalística, infelizmente sem a isenção que os manuais jornalísticos esperam de quem quer anunciar a Verdade.
    Rezemos pela nossa grande cidade e por intercessão de Nossa Senhora da Penha e de São Sebastião, neste ano santo mariano, abençoe a todos!

    Adionel Carlos da Cunha
    Assessor de Imprensa
    da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

  4. Ricardo Leoni disse:

    A religião é a causa de metade das desgraças do mundo O cristianismo , aliás,como todas as supertições torna o homem mais fraco e conformado, ao invés de lutar por seus direitos na terra,fica esperando recompensa no céu.

  5. Luciana Crespo disse:

    Fui católica praticante, deixei de seguir a religião mas, emocionalmente e, mais importante ainda, eticamente, minha formação é toda católica. IGREJA É SANTUÁRIO. Está gravado em mim. Mais, historicamente, foi sempre santuário, refúgio, paz. Isto foi um ACINTE; aí chega um arcebispo, pastor de todas as almas neste burgo do Rio de Janeiro e representante do Papa na Arquidiocese, e diz que é “lamentável”? Um atentado a toda a Igreja? “Lamentável” é este arcebispo, que não é digno de representar o Papa Francisco, que se faz dia a dia pai de todos os perseguidos.

  6. Heitor disse:

    De cara o cardeal deveria ter se manifestado pela barbárie do conflito. Pelo menos é isso que faria o Papa Francisco. Não fez e ainda minimizou a invasão.
    Escutei de um padre uma vez que, se você não sabe como proceder ou agir, pense em como Cristo faria e procure imitá-lo. O cardeal está muito longe disso.
    Se pensarmos em seu posicionamento nessas últimas eleições municipais, não deveríamos ficar surpresos.
    Contatos de madrugada com bispo Crivella e punição a padres que resolveram apoiar o Freixo.
    Ainda foi à Brasília junto com o cardeal de SP rezar junto do presidente satanista pela PEC do inferno.
    Esse cardeal deveria pedir pra sair. É vergonhoso. Sou católico praticante e ele não me representa.

  7. […] colaborando num jornalzinho que lá se fazia no final dos anos 70, sou testemunha do que diz Marcelo Auler, em carta aberta ao Arcebispo do Rio, D. Orani Tempesta, protestando contra a pífia reação à […]

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