Imaginar que algum bispo brasileiro sairá em defesa de algum aborto é algo, guardada as devidas proporções, como pensar que algum dia Jair Messias Bolsonaro irá combater as torturas cometidas pelos militares na ditadura que o país vivenciou. Ainda que se deva admitir que a defesa feita pela igreja é em nome da vida, do ser humano, enquanto os defensores da tortura, jamais estarão respeitando vida e seres humanos.
Mas, a rígida doutrina católica jamais admitirá que bispos defendam o aborto, embora possam até existir religiosos que mostrem uma maior compreensão com a questão. Façam aquilo que poderíamos chamar de “juízo de ponderação”.
É o que faltou na mensagem postada nas redes sociais pelo arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo. Pecou ao generalizar, sendo incapaz de distinguir situações diversas entre gravidez interrompidas por mulheres de uma maneira em geral e o caso específico de uma menina de 10 anos. Parece evidente não haver como comparar o caso hipotético de uma mulher classe média, com formação profissional e situação social ajustada, com a de uma criança, fruto de uma família desajustada, órfã de mãe, com o pai preso e os avós sem terem direito como sustentarem a si e a ela.
Chocou também a virulência e a forma como tratou o assunto da menina de dez anos, de São Mateus (ES), violentada desde os seis anos por estupros que sofria de familiares. Uma menina/vítima, que foi submetida a uma interrupção da gravidez (aborto), de forma legal, com o consentimento da Justiça. Não houve, por parte do bispo, sequer a preocupação de demonstrar preocupação com a saúde física – nem se fale na psicológica, já afetada – desta vítima.
Certamente ele deve ter embasamentos científicos para poder afirmar, de forma categórica, que as duas vidas poderiam ser salvas. O mesmo que sustentou seu irmão de episcopado, dom Ricardo Hoepers, presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB. Este, em entrevista à Rede Aparecida, alegou que seria possível “manter as duas vidas”.
Mesmo que possuam conhecimento médico para tais afirmações, isso não os exime de explicar como esta menina – já submetida aos maus tratos do tio (e possivelmente de outros parentes), a uma infância perdida, ao medo de seu(s) agressor(es) retaliar(em) sobre outros parentes, como ela disse ter sido ameaçada -, conseguiria conviver com mais cinco meses de gravidez, até o momento normal do parto. Algo nada fácil, que certamente só aumentaria a sua perturbação psíquica/psicológica, que já não deve ser pequena.
Mesmo na hipotética possibilidade de que ela não interrompesse a gravidez, não é demais imaginar como a vida dela seria transtornada. Viraria uma espécie de show girl. Ainda que viesse a ser provida de bens materiais para o sustento seu e da(o) filha(o), não teria mais o sossego necessário a uma criança para crescer condignamente na condição de criança. Sem que tivesse feito – ou deixado de fazer – qualquer escolha/opção para isso. Ou seja, de um modo ou de outro, está condenada a uma vida diferente da que merece e teria direito.
Ainda que não se possa exigir que bispos abram mão dos dogmas e doutrinas da Igreja Católica Apostólica Romana, não é muito esperar/cobrar certa moderação.
Tal como a própria CNBB vem tendo – a contragosto de muitos cristãos – nas críticas ao governo de Bolsonaro. Não se vê atualmente os chamados “documentos proféticos” que a entidade e diversos bispos divulgavam nos anos 70 e 80, contra a ditadura militar. Tenha-se como exemplo a recente Carta ao Povo de Deus, endossada por 152 bispos, sobre a qual a cúpula da entidade se calou, tal como já narramos aqui no Blog em Carta ao Povo de Deus: sinuca para a CNBB e Carta ao Povo de Deus: CNBB se cala, padres apoiam.
A Conferência se manifestou com firmeza ao combater as ameaças ao meio ambiente e aos ataques à floresta amazônica. Afinal, trata-se de um tema que o próprio Papa Francisco abraçou. Uma bandeira que ele defende com ardor. Em outros assuntos, porém, o tom das críticas é bem mais ameno, quando não perdura o silêncio.
Até mesmo outros temas defendidos com o mesmo ardor por Francisco, como a defesa da moradia e da terra para todos poderem plantar. Recorde-se que, convidado pelo papa, João Pedro Stédile, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), já esteve por duas vezes em encontros de lideranças sociais realizados no Vaticano. Poderíamos questionar quantas vezes a cúpula da CNBB já procurou conversar com o mesmo MST de Stédile?
Ao falarmos acima na necessidade de “moderação”, não estamos pedindo que a Igreja Católica não se manifeste, como é seu direito fazê-lo. Mas sair adjetivando como “crime hediondo”, comparável ao estupro sofrido pela menina, a interrupção da gestação, é acusar médicos que realizaram um procedimento cirúrgico autorizado judicialmente, logo, de acordo com as leis brasileiras.
Portanto, não cometeram crimes à luz da legislação brasileira. Quando muito, desrespeitaram uma doutrina religiosa. Mas e se eles com isso salvaram – no mais amplo sentido, não apenas no ponto de vista físico – a vida da menina? Terão também punição no Reino de Deus? O Deus em nome do qual esses bispos pregam, será tão punitivo assim, ou será o Deus do Amor que a igreja muito apregoa? Lembremos que, segundo o Evangelho, Jesus perdoou a adúltera, a pecadora.
O próprio site da CNBB reproduziu texto de dom Joel Portella Amado, bispo-auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da entidade – e por muitos tido como o mais conservador da cúpula da entidade – no qual ele não pegou pesado, como dom Walmor, sem, contudo, defender o aborto.
Em “Choro por todas as vítimas”, dom Portella procura inserir a questão da menina dentro de um contexto muito mais amplo de mortes a que assistimos passivamente, inclusive as hoje mais de 11 mil vítimas fatais pela Covid-19. Foi, como analisou um religioso, um texto em cima do muro, mas com o excelente estilo dos textos que dom Portella sempre ofereceu aos seus confrades. Ele diz:
“Abro os olhos para a vida e me deparo com a morte. Vejo os mais de 107 mil mortos pela covid-19. Vejo as mensagens que pedem alimento para quem enfrenta a fome. Fecho os olhos e recordo as vítimas do racismo. Volto a abri-los e vejo uma criança de dez anos estuprada, ao que foi informado, repetidamente, tendo-se encontrado no aborto a solução. Diante de tudo isso, eu me pergunto: por quem chorar? Mas, ao mesmo tempo, eu me coloco a questão se as lágrimas possuem uma única direção, se o direito a ser chorado pertence apenas a uma pessoa ou um tipo de morte.
Choro, então, por todas as vítimas. Choro pelo bebê, cuja morte foi considerada a melhor das soluções. Choro pela menina-mãe, que, aos seis anos, como informam os noticiários, já tinha sua vida profanada por alguém que lhe deveria proteger. Choro pelos demais adultos que, em situações como aquela, não conseguem perceber que uma criança está sendo violentada. Choro pelas crianças abandonadas, algumas perambulando pelas ruas a pedir alimento e, com certeza, afeto.”
Mais claro e direto, sem abrir mão do princípio e da doutrina da Igreja, porém, mostrando-se muito mais compreensível com a situação inusitada e não a generalizando, foi o arcebispo de Manaus (AM), dom Leonardo Ulrich Steiner, por sinal antecessor de dom Portella na secretaria-geral da CNBB (2011/2019).
Na segunda-feira (17/08) ao ser questionado por um repórter de rádio sobre o assunto, de forma cautelosa e didática ele expôs sua opinião, sem ódio, sem pré-julgamento:
“Primeiro a igreja nunca concorda com a violência. A igreja nunca concorda com abuso sexual de menores, que é o caso dessa menina, infelizmente, de dez anos e, a partir dos seis, sendo abusada. A Igreja nunca vai concordar e ela tem feito um trabalho extraordinário de conscientização.
Quanto à questão do aborto, é preciso ressaltar que nós sempre nos manifestamos contra o aborto. Sempre nos manifestamos e nos manifestaremos contra.
Uma outra questão é tentar analisar um caso muito concreto de uma menina de dez anos. Qual a possibilidade que ela tem de gerar uma criança? Não apenas psicologicamente, mas também fisicamente. Neste sentido, é preciso reunir pessoas da psicologia, da medicina, mas também da expressão religiosa que a família segue”.
Isto para não falar dos bispos considerados progressistas, principalmente aqueles mais antigos, como dom Mauro Morelli, ex-bispo auxiliar de dom Paulo Evaristo Arns, atualmente bispo emérito de Duque de Caxias (RJ). Na mesma segunda-feira do comentário de dom Leonardo Steiner, nas redes sociais, dom Morelli evitou debater o aborto.
Ressaltou sim o drama da menina, admitindo que pela idade, ela jamais pecou “e dada a gravidade de sua tortura, penso que até perdeu a capacidade de pecar… bem como de ser mãe”.
Ele ainda critica a hipocrisia dos que não se comovem com a “desgraça da desnutrição infantil, das crianças vítimas de balas “perdidas”, das crianças atoladas nas periferias imundas… aqueles esbirros arrotando sua blasfema religiosidade sustentam e alimentam a sociedade abortiva”.
Os exemplos, ainda que distintos nos posicionamentos, demonstram que a igreja pode sim, sem abrir mão de seus dogmas e sua doutrina, manifestar-se publicamente sem ódio e sem pré-julgamento. De forma compreensível, sem precisar reviver período inquisitoriais, tampouco desrespeitar os direitos individuais de cada ser humano. Em um papel solidário, ainda que crítico.
Lembrando o próprio ensinamento do Papa Francisco, um novo documento em gestação, a ser divulgado ainda nesta quinta-feira (20/08), encampado por mais de 100 cristãos de todo o país, é bastante crítico às manifestações do presidente da entidade e do presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família. Em Reflexões indignadas de cristãs e cristãos católic@s (documento que postaremos abaixo tão logo o texto seja tornado público) estes cristãos – não apenas católicos – lembram:
“Até parece que o Papa Francisco já previa isso ao referir-se a “ideologias que mutilam o coração do Evangelho”. “A defesa do inocente nascituro, por exemplo, deve ser clara, firme e apaixonada, porque neste caso está em jogo a dignidade da vida humana, sempre sagrada, e exige-o o amor por toda a pessoa, independentemente do seu desenvolvimento. Mas igualmente sagrada é a vida dos pobres que já nasceram e se debatem na miséria, no abandono, na exclusão, no tráfico de pessoas, na eutanásia encoberta de doentes e idosos privados de cuidados, nas novas formas de escravatura, e em todas as formas de descarte”. (Gaudete Exsultate 101).”
O mesmo grupo, encabeçado por Leonardo Boff, Márcia Miranda, Pedro Ribeiro de Oliveira e Tereza Sartório, preocupa-se com o destino da CNBB, ou, como diz o documento, o seu “apequenamento e a perda do fervor profético face às desgraças que assolam nosso povo, especialmente os mais vulneráveis”.
Dentro desta perspectiva, os cristãos assinam o documento e confessam a expectativa de viverem o suficiente para ver também o ressurgimento da Conferência, através do trabalho do novo episcopado que vem conquistando espaço na Igreja, movidos pelo exemplo de bispos que já se foram, em especial dom Pedro Casaldáliga. Consta do documento:
“com esses novos bispos que, em sintonia com a proposta de Igreja em saída e com a valiosa colaboração das Pastorais Sociais, denunciam os sistemas e os governantes que destroem a Vida das pessoas e de nossa Natureza ao mesmo tempo que anunciam a promessa de um novo céu e uma nova terra, movida pela mesma Esperança que deu vida à vida do santo Pedro do Araguaia”.
Abaixo publicaremos a íntegra do documento que em 24 horas recebeu 379 assinaturas:
Márcia Miranda, Leonardo Boff
Maria Tereza Sartorio
Pedro A. Ribeiro de Oliveira
Somos cristãs e cristãos católic@s, leig@s, religios@s e presbíteros que nos sentimos inspirados pelo Concílio Vaticano II e pelos documentos do CELAM que conscientemente temos assumido a missão de, à luz do Evangelho, ajudar junto com outr@s, a transformar a sociedade com tantas desigualdades e injustiças que penalizam os pobres e clamam ao céu. Fazemo-lo como parte plena da Igreja Católica, em comunhão com tantas pessoas que animam essa Igreja desde as Comunidades Eclesiais de Base até as Conferências Episcopais e a Diocese de Roma.
Comovid@s pelo sofrimento de uma menina de dez anos vítima de cruéis estupros – que precisou recorrer ao Judiciário para interromper a gravidez resultante daquela violência e foi atendida num hospital de Recife – e solidári@s com @s profissionais da saúde que a atenderam, obedecendo estritamente a legislação brasileira referente ao caso, sentimos que pertence também à nossa missão expressar o nosso profundo desconforto causado pelas manifestações de Bispos do Brasil.
Duas falas publicadas no site da CNBB no dia 18/08 bastam como exemplos. O site reporta a fala de seu Presidente, D. Walmor A. Oliveira, referindo-se a “dois crimes hediondos”, sendo um a violência sexual e o outro a violência do aborto. O texto dá a impressão de que o crime de estupro é menos hediondo do aquele do aborto. Fala que devemos ser “compassivos” mas não mostra em sua comunicação esta compaixão, própria da prática de Jesus e tão pregada pelo Papa Francisco.
Destaque maior é dado à manifestação de D. Ricardo Hoepers, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, que fala do aborto como “um ato horrendo, de um ato abominável, nós demos a pena capital a um bebê.”
A nossa perplexidade e até certo ponto indignação tem duas causas. A primeira é com o simplismo intelectual dessas falas, que, seguindo a linguagem vulgar, não distingue embrião, feto e bebê, e ainda qualifica como pena capital um procedimento cirúrgico destinado a salvar a vida de uma menina, procedimento este feito dentro da estrita observância da legislação oficial brasileira para o caso.
De uma autoridade episcopal nós esperaríamos uma linguagem pastoral de moderação, evitando excessos emotivos moralistas e juvenis que ao ser reproduzida pelas redes digitais pode causar confusão em não poucas pessoas.
Tememos mais, que a dureza de coração deste prelado, afaste muit@s católic@s deste tipo de Igreja que se mostra sem compaixão para com uma menina de dez anos sempre salvaguardada a sacralidade da vida de cada ser em gestação.
A moral tradicional sempre ensinou, e supomos que o bispo Hoepers deveria saber disso, que se a vida da menina corre risco, a intervenção para salvar sua vida que implica indiretamente a morte do feto, não deve ser considerada aborto. Este não é intencionado, mas é entendido como um efeito não voluntário e mal menor face ao bem maior que é o de salvar a vida da mãe sob risco.
Ninguém que conhecemos considera o aborto um método de contracepção equivalente a qualquer outro, e nenhuma mulher recorre a esse procedimento com a mesma serenidade com que vai ao dentista. Estamos convencidos de que o aborto é sempre uma decisão muito grave e deve ser tratada com respeito.
Estima-se que, no Brasil, a cada ano mais de um milhão de mulheres recorrem ao aborto. As que podem pagar o procedimento numa clínica, o fazem com segurança; mas as mulheres pobres arriscam a sua vida e muitas, inclusive jovens e adolescentes, morrem. E são milhares. Por isso, o debate deve ser feito com seriedade, levando em conta os conhecimentos científicos, a Ética e – para os cristãos – os preceitos bíblicos de defesa da Vida.
A outra causa de nossa perplexidade é pelo destaque eclesiástico dado a essas manifestações enquanto a Carta ao Povo de Deus, endossada por mais de 150 bispos foi oficialmente ignorada pela CNBB. Ali se tratava de denunciar o descaso do governo que tolera a morte de mais de 100 mil pessoas pelo Covid-19 que não precisariam ser fatalmente vitimadas. A vida de todas essas pessoas, não só as idosas, mas também jovens e até crianças, é igualmente sagrada e merece todo o empenho cristão para salvá-las.
Até parece que o Papa Francisco já previa isso ao referir-se a “ideologias que mutilam o coração do Evangelho”. “A defesa do inocente nascituro, por exemplo, deve ser clara, firme e apaixonada, porque neste caso está em jogo a dignidade da vida humana, sempre sagrada, e exige-o o amor por toda a pessoa, independentemente do seu desenvolvimento. Mas igualmente sagrada é a vida dos pobres que já nasceram e se debatem na miséria, no abandono, na exclusão, no tráfico de pessoas, na eutanásia encoberta de doentes e idosos privados de cuidados, nas novas formas de escravatura, e em todas as formas de descarte”. (Gaudete Exsultate 101).
Diante dessa realidade atual de nossa Igreja, consola-nos o que disse a mesma CNBB, nos sofridos anos da ditadura militar aberta, no Comunicado Pastoral ao Povo de Deus, de 25 de outubro de 1976.
Citemos apenas a Introdução, onde se lê “Nossa intenção é iluminar com a luz da Palavra de Deus os acontecimentos atuais para que os cristãos tomem, diante deles, uma atitude de fé e coragem, uma animação parecida com aquela que dá o livro do Apocalipse. Ao cristão é proibido ter medo. É proibido ficar triste”.
E segue-se uma preciosa apresentação da realidade da época, com perseguição aos pobres e à Igreja, sempre relacionada ao Novo Testamento, que é a única fonte citada – ao todo, 14 vezes.
Praticamente todos nós temos vivido bastante para ver, não sem tristeza, o apequenamento da CNBB e a perda do fervor profético face às desgraças que assolam nosso povo, especialmente os mais vulneráveis. Esperamos viver ainda o suficiente para ver também o seu ressurgimento, com esses novos bispos que, em sintonia com a proposta de Igreja em saída e com a valiosa colaboração das Pastorais Sociais, denunciam os sistemas e os governantes que destroem a Vida das pessoas e de nossa Natureza ao mesmo tempo que anunciam a promessa de um novo céu e uma nova terra, movida pela mesma Esperança que deu vida à vida do santo Pedro do Araguaia.
19 de agosto de 2020
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Como disse o papa Francisco: “é melhor ser ateu do que católico hipócrita”. Falar mais o quê?