Foi ao acaso. Na verdade, buscava – e ainda busco – um artigo meu de 1978. Mas nas caixas com papéis velhos, reportagens, documentos, processos, etc., eis que me deparo com a Folha de S. Paulo do dia 2 de janeiro de 2003.
Guardei porque sabia que aquele momento era histórico. Tanto que fiz questão de levar minhas três filhas – as gêmeas com 16 anos, a mais nova com apenas 10 -, à Brasília para que assistissem um evento único. Como foi. Nem mesmo na reeleição de Lula ele se repetiu. Poderia sim, ter sido até superado esse ano, se…
Na comparação entre as duas posses, mais do que qualquer depoimento falam as fotos que a Folha publicou à época.
A começar pelas primeiras páginas de 2003 (Foto de Eduardo Knapp) e a desta quarta-feira (Foto de Pedro Ladeira), reproduzidas parcialmente ao lado.
Abaixo comparo fotos da Folha em 2003 com as publicadas pela própria FSP e pelo Estadão nesta quarta-feira (02/01/19).
Não precisa muito texto. Nem explicação. Uma tem povo. tem gente. Tem alma, diria algum poeta. Já a atual…
Fica o pedido de desculpas pela má qualidade da reprodução do jornal de 15 anos atrás.
O que vale, porém, é a comparação do que foi e do que poderia ter sido novamente.
Cenas que teriam se repetido, ou até mesmo superadas, não fosse uma sentença injusta. Decidida sem provas nos autos, com base em delações premiadas. Prevista com antecedência, como mostraram juristas de diversos países no livro “Comentários a uma Sentença Anunciada: O Processo Lula“. Tudo promovido por um juiz que se tornou ministro de Estado, no governo do adversário político do condenado.
Condenação reforçadas por um julgamento acelerado, em Porto Alegre (RS). No qual os argumentos da defesa foram superados de forma a jato. Sem a devida apreciação, como reclamam os advogados do réu. Tudo corroborado pela, no mínimo, omissão de ministros dos tribunais superiores, aos quais faltou coragem para enfrentar os diversos motivos de nulidades apontados por juristas de tendências políticas diversas.
Enfim, seriam cenas diferentes, em Brasília, na última terça-feira, caso não tivessem impedido a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal, segundo todas as pesquisas, ele ameaçava vencer em primeiro turno. Isto a elite não admitiu.
Em consequência, há 270 dias, aquele que mundialmente é considerado o maior líder político da atualidade brasileira encontra-se trancafiado em 15 metros quadrados na sede da Polícia Federal, em Curitiba, enquanto o país é entregue a um aventureiro, ingressando em um período, no mínimo, tenebroso.
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6 Comentários
O Jornalista Marcelo Auler mostra fotos feitas pelo jornal FSP, tucano até a medula. Certamente há fotos bem melhores do que essas, no acervo da própria FSP (não digo isso em relação a problemas de resolução devido à digitalização de imagens impressas em papel jornal, mas sim à seleção que o jornal da família Frias fez).
Muitos jornalistas se escondem sob um falso “manto de neutralidade”, para assim justificar posturas ‘blasè’, indiferentes, em relação ao Ex-Presidente Lula, negando-se a reconhecer no ex-metalúrgico o maior líder popular e político que o Brasil já produziu e aquele que, oriundo das classes populares, conseguiu, por dois mandatos governar democraticamente atendendo a demanda de TODAS as classes sociais. Os mais ressentidos e invejosos atribuem o sucesso dos governos do Ex-Presidente Lula não ao talento e habilidade dele e da equipe de governo, mas um um suposto fator “sorte”, conjuntura internacional favorável ou ao fato do governo neoliberal privatista e entreguista de FHC ter “arrumado a casa”.
Se Lula não fosse o maior líder político e popular e aquele capaz de conduzir um Projeto de Desenvolvimento Soberano e Inclusivo para o Brasil, ele não seria perseguido, difamado, caluniado e tornado preso político pelos golpistas. O povão sabe disso e por essa razão lhe daria mais de 60% dos votos válidos, caso o PT não tivesse aberto mão da candidatura do Ex-Presidente, o que seria suficiente para elegê-lo de forma consagradora, já no 1º turno, para um 3º mandato.
Não reconheço uma eleição farsesca e fraudulenta como essa de 2018. O Presidente que eu e mais de 60 milhões de brasileiros elegeríamos ´é Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje deve ser tratado não como Ex-Presidente, mas Presidente.
Auler, eis aqui uma sugestão para suas competentes investigações, que também servirá de alerta para muitos incautos e incautas
https://urbsmagna.com/2019/01/06/joao-de-deus-e-acusado-de-trafico-internacional-de-bebes-assassinato-de-mulheres-escravidao-e-estupro-em-video-denuncia-chocante-da-ativista-sabrina-bittencourt/
O período áureo dos governos Lula agora, visto retrospectivamente, parece um sonho de felicidade. Acho que nunca viveremos um tempo como aquele de novo.
#LulaLivre
Bobagem o que escrevi, trata-se de uma franquia da Kopenhagen que a família Bolsonaro tem no shopping via parque, na av. ayrton senna, rj, é que o nome registrado é Bolsotini
Sim, só em termos de astral, alegria, esperança, não há comparação possível. E houve o fato do povo invadir a parte que seria de segurança, uma hora ninguém segurou, o povo invadiu e foi tudo pacífico, a festa continuou. Marcelo Auler, aproveitando: a família Bolsonaro empreende junto. Além da empresa Bolsonaro Digital de monetização de vídeos no Youtube têm a Bolsotini Chocolates e Café Ltda na Av. Ayrton Senna, 3000, só que nesse endereço não há essa Bolsotini, mas Katz Chocolates e pelo que foi publicado no site do Estadão sobre as Declarações ao TSE (patrimônio) Flavio Bolsonaro não declarou a Bolsotini; não sei se Jair Bolsonaro e os outros dois filhos declararam. Ambas as empresas podem ser consultadas nos dados abertos na internet – consulta socio, cnpj, conjur, escavador. Essa Bolsotini tem dois processos no Conjur, um trabalhista.
A culpa de tudo o que acontece é nossa, pois, nunca poderíamos ter deixado prenderem o nosso Lula e agora, se não tirarmos o nosso presidente a força da prisão , Ele irá morrer lá.