TEMER: RENUNCIE !!!
11 de janeiro de 2017
A imprensa que acusou, cala-se na absolvição.
12 de janeiro de 2017

Marcelo Auler

Do Face Book de Ciro Gomes. (reprodução).

Do Face Book de Ciro Gomes. (reprodução).

Dentro da proposta de pluralidade do blog, como uma via de mão dupla, decidi nesta quarta-feira publicar dois comentários do Face Book do meu amigo Catito. Uma amizade de 30 anos, graças a um amigo comum que nos deixou muito cedo, vítima de um acidente de carro, o jornalista e irmão Paulo César Barreto de Araújo, o PC Araújo (1943-1987). Certamente eu e Catito não comungamos em todas as ideias, mas estamos juntos no principal que é a defesa da democracia, da ética, do respeito aos Direito Humanos.  Ao ler, nos últimos dois dias seus comentários no Face Book – que são constantes – resolvi trazê-los, com sua autorização para o Blog. Ele, por si só tem muitos seguidores na internet. Mas, acho que a reprodução vale tanto no recado ao presidente, postado pela manhã – “Temer: Renuncie!” – como nesta “Nota de Falecimento”, que ataca o cerne da questão principal: a ética no serviço público.

NOTA DE FALECIMENTO

Omar Catito Peres (*)

Michel Temer deu carona a Gilmar Mendes para Portugal, mas o ministro do STF não esteve no funeral de Mário Soares. Passeio?

Gilmar Mendes é empresário (dono de Universidades) e Juiz de nossa Suprema Corte e, também Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Portanto, um dos homens mais poderosos do Brasil. Julga ações fundamentais para o funcionamento de nossa democracia.

Está em suas mãos a decisão de quando será julgada a ação proposta pelo PSDB que pede a impugnação da chapa Dilma-Temer, por abuso de poder econômico durante a campanha.

Segunda-feira (09/01), foi com o Presidente Temer de carona no avião presidencial para o enterro de Mário Soares.

Qual o problema ? Muitos.

Mas o principal deles é a AFRONTA à nação, ao jogar a ética no lixo ! , pois simplesmente um Juiz NÃO PODE pegar carona com quem é réu e cuja ação depende da decisão dele, o Juiz.

E me desculpem os que podem achar “normal” uma atitude dessas. Se você defende, é porque você merece viver esse país como ele é.

Enfim, comunico o falecimento da ÉTICA em nosso país.

Simples assim!

Leia ainda no Tijolaço de Fernando BritoGilmar não foi ao velório de Mário Soares. Era só carona no Haagensair de Temer

Omar Catito Peres, empresário.

Omar Catito Peres, empresário.

 

(*) Omar Catito Peres, mineiro, ex-secretário estadual do Governo Itamar Franco, empresário, proprietário dos restaurantes La Fiorentina (Leme, RJ), Bar Lagoa  (Lagoa Rodrigo de Freitas (Lagoa, RJ) e Piantella (Asa Sul, Brasília). Texto compartilhado do Face Book de Catito.

4 Comentários

  1. C.Poivre disse:

    A coisa é pior do que parece: grandes latifundiários devem quase UM TRILHÃO em impostos à União:

    https://youtu.be/H_WihPiZ0L4

    PS – Sobre o caso da carona do Beiçola, muitos parlamentares já foram cassados por “falta de decoro” (seja lá o que for) e no caso deste “ministro” atitudes como esta, da carona, e muitas outras mais antigas, não se caracterizam também como falta de decoro?

  2. Pedro Augusto Pinho disse:

    DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA É FRAUDE

    Economista e professor lança repto aos governistas e a qualquer financista:

    debater o suposto déficit da Previdência Social.

    Governo faz propaganda de déficit que não existe
    J. Carlos de Assis*

    O Governo Temer está gastando milhões de reais em propaganda a fim de convencer o povo brasileiro de que a Previdência Social tem um grande déficit e precisa urgentemente de reformas profundas que atingem direitos adquiridos dos trabalhadores. A alegação de que há um grande déficit previdenciário é falsa. Na verdade, a Previdência não tem déficit nenhum, é superavitária. O propósito da propaganda de televisão é dúbio. Pode ser simplesmente dar dinheiro para a TV Globo, ou disseminar a ideologia do déficit.

    Como um governo pode mentir tanto, para tantos e durante tanto tempo? Simples, manipulando os conceitos constitucionais de Previdência e de Seguridade Social. Previdência Social é o sistema contributivo tradicional. Para ele contribuem todo trabalhador do setor privado, assim como os autônomos. Chama-se, apropriadamente, de Previdência contributiva. Se olharem as contas, tem sido superavitário por anos e décadas. É um mecanismo de solidariedade entre gerações: os ativos pagam pelos inativos.

    Seguridade Social envolve também a parte não contributiva do sistema do lado patronal. É o caso da aposentadoria do setor público, saúde, aposentadoria rural e assistência. Embora não sejam integrantes do sistema contributivo, a Constituição criou fontes de financiamento para eles, notadamente contribuição dos servidores, contribuição sobre lucro líquido, Finsocial, receita de loterias etc. Em algum momento a CPMF integrou esse sistema de financiamento, mas os bancos e os grandes interesses conseguiram revogá-la.

    Qual é, pois, a origem da manipulação? Consiste em somar todos os benefícios da Seguridade Social e compará-los ao financiamento exclusivo da Previdência Social. Claro, aparecerá um déficit gigantesco porque a Previdência não foi criada para sustentar todo o sistema de seguridade, mas apenas o sistema contributivo privado. A outra parte, não tendo financiamento específico, deve ser financiada pelas contribuições da seguridade em geral e, quando isso não é suficiente, por recursos do Tesouro Nacional.

    Essa questão não é apenas contábil. É a fonte de distorção da proposta de reforma previdenciária defendida pelo governo e pelos asseclas do grande capital que estão de olho na privatização da Previdência como fizeram no Chile, destruindo o sistema público. Os trabalhadores terão de resistir a isso, do contrário não terão cobertura previdenciária na velhice. Além disso, se a proposta colocada pelo governo supostamente protege direitos adquiridos, podem se preparar, na frente, para uma segunda etapa, na qual esses direitos também desaparecerão. Portanto, é fundamental resistir já, agora!

    Sugiro que a resistência não se restrinja a lobbies no Congresso Nacional. Isso é importante, mas não basta. Os trabalhadores poderiam, por exemplo, procurar juristas respeitados e entrar imediatamente com uma ação de improbidade administrativa contra o governo a fim de sustar a publicidade do déficit previdenciário na televisão, que pode ser classificado como propaganda enganosa. Isso teria um caráter pedagógico importante. Se quiserem, darei uma assessoria informal, gratuita. Acho que a professora Denise Gentil, a maior especialista brasileira em Seguridade Social, também dará.

    Note-se que, além de manipular as contas da Seguridade, o governo rouba – e isso vem de longe – através de contingenciamentos, recursos que seriam dirigidos constitucionalmente para seu financiamento. Esse “roubo” sistemático, que vem desde o Governo FHC, é destinado a pagar juros da dívida pública, de acordo com os mecanismos fiscais socialmente perversos introduzidos nas finanças públicas brasileiras desde a inominável Lei de Responsabilidade Fiscal, da qual fui um dos principais críticos na época de sua aprovação, e que agora está destruindo estados e prefeituras.

    No meu caso, aceito qualquer debate sobre déficit da Seguridade e da Previdência com qualquer pessoa de dentro ou de fora do governo. Pode ser economista da PUC, pode ser economista de banco, pode ser contabilista, pode ser comentarista de jornal: aceita-se o contraditório, coisa que do lado de lá nunca fazem. Tenho mais de 40 anos de experiência em economia política, mais de 20 livros publicados, mais de 5 mil artigos em grandes jornais, e, mais recentemente, na internet: jamais vi, em minha vida profissional, maior tentativa de manipulação do povo do que essa publicidade de déficit previdenciário como matéria paga pela televisão.

    *J. Carlos de Assis
    Jornalista, economista, do Conselho Editorial do Monitor Mercantil, coordenador do Movimento Brasil Agora.

  3. […] Fonte: Nota de Falecimento! | Marcelo Auler […]

  4. João de Paiva disse:

    Como sempre, GM foi bajulado pela mídia sabuja, que não questionou eme criticou esse último ato imoral e anti-ético por ele cometido; a imprensa chapa-branca se limitou a reproduzir as desculpas esfarrapadas de GM, tentando justificar o injustificável. GM só não dise as grosserias e impropérios que costuma dizer nos microfones porque antes fora devidamente enquadrado pelo procurador Eugênio Aragão que escreveu demolidor artigo, criticando o nefasto comportamento do que hoje preside o TSE e ocupa uma cadeira no STF.

    Há dezenas de motivos para pedir o impedimento de GM. Renan Calheiros recusou os anteriores porque foi chantageado pelo STF (Cármen Lúcia desengavetou um processo contra Renan, que dormitava longos 9 anos nas gavetas do STF. O motivo? Chantagem política explícita, à la Eduardo Cunha, pois Renan pautou para votação um PL que prevê punição para procuradores e juízes que cometam abuso de autoridade. O desfecho, hoje sabemos, foi aquele acordão que manteve Renan na presidência do Senado, mas impossibilitado de suceder o traidor-golpista-usurpador-corrupto profissional, michel temer, na presidência da república. A chantagem teve também o auxílio luxuoso do ególatra-mor do STF, Marco Aurélio Mello, que de forma monocrática e ABSOLUTAMENTE INCONSTITUCIONAL determinou o afastamento de Renan da presidência do Senado. Então GM entrou em cena e orientou Renan a não tomar conhecimento da notificação e seguir na presidência do Senado. Na manhã do dia seguinte já era ventilado na imprensa que Renan seria mantido na presidência do Senado. Na tarde do dia 6 de dezembro de 2016, num jogo combinado, numa barganha política do mesmo nível das de Eduardo Cunha, o plenário do STF fez um mise-en-scène, massageando o ego de MAM, mantendo Renan Calheiros na presidência do Senado, garantindo assim a votação e aprovação da PEC-55-241/2016, a da morte, que sucateia os serviços públicos nas próximas duas década, mas inabilitando Renan da linha sucessória da presidência da república).

    Pelo relato de Omar Catito Peres e pelo que acabei de expor nota-se que não apenas a ética, mas as principais instituições públicas brasileiras, sobretudo as federais – dos três poderes – estão mortas e apodrecidas.

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