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Arnaldo César (*)

sergio Moro nas redes sociais editado1   Julgar: Formar conceito, emitir parecer, opinião sobre (alguém ou algo)”.

  Justiçar: “Punir aplicando uma forma de suplício corporal, em especial condenar à morte”.

Como se percebe nas definições extraídas do Dicionário Houaiss: “julgamento” e “justiçamento” são expressões com significados diametralmente opostos. Os episódios registrados, nos dias que antecedem o depoimento do ex-presidente Lula, na audiência da Lava Jato marcados para a próxima quarta-feira (dia 10), nos leva a crer que ele será submetido a um “justiçamento”.

Nem tanto pelo tratamento dedicado pelos jornais e revistas ao assunto, neste final de semana, mas também pelo comportamento da Justiça Federal, em Curitiba. O vídeo postado pelo juiz Sérgio Moro, no endereço dele no Facebook, no último dia 06, é uma tremenda transgressão. Para não dizer um acinte.

Aquela máxima de que “juízes só se manifestam nos autos” não se aplica aos magistrados que professam o “lawfare” (utilização da Justiça como arma política). Não é a primeira vez, tampouco será a última, que Moro ocupa os palanques e palcos – sejam eles virtuais ou reais – para mandar palavras de ordem aos seus seguidores (ele, espertamente, os chama de “apoiadores”).

Vejam que coisa curiosa: um magistrado tem “seguidores/apoiadores”.  Moro se enxerga, certamente, no papel de um artista ou um atleta “pop star” ou de político que, a todo instante, deveria prestar conta de seus atos aos seus eleitores.

Nas redes sociais , a juíza Diele emite suas opiniões como cidadã. Um direito, sem dúvida. Mas depois de atacar Lula e o PT, ela não se sente impedida de decidir em processos em que ambos têm interesse? E a imparcialidade?

Nas redes sociais , a juíza Diele emite suas opiniões como cidadã. Um direito, sem dúvida. Mas depois de atacar Lula e o PT, ela não se sente impedida de decidir em processos em que ambos têm interesse? Com isso não passa a necessária imagem de imparcialidade.

A Juíza Diele Denardin Zydek, da  5º Vara da Fazenda Pública do Paraná (como noticiado nesse blog em Lula em Curitiba: monta-se um ringue) decidiu proibir a aglomeração de pessoas não apenas nas imediações do Fórum Federal, onde Lula será ouvido, mas em toda Curitiba. Diele tem por hábito publicar nas suas páginas do Facebook posts elogiando o seu colega Moro e desancado Lula e os petistas.

Basta acessar o seu endereço nas redes sociais para se perceber que a magistrada é uma figura comprometida idelogicamente e deveria se abster de fazer qualquer julgamento neste caso. Isso é querer de mais num universo em que o “lawfare” é a palavra de ordem. Diele é uma fã obcecada por Moro e deve estar disposta até a ir com ele até às portas do inferno, se preciso for.

A maioria da população brasileira, entre eles petistas e alguns adversários do presidente Lula, gostaria muito que ele fosse julgado com imparcialidade. Sonham até hoje que o estado de direito prevalecesse não só para ele como todos os demais acusados, denunciados e condenados pela Lava Jato. Até mesmo, figuras execráveis como Eduardo Cunha.

Por que não garantir um julgamento imparcial neste esforço monumental que o País está fazendo para conter a corrupção? Por uma razão muito simples: imparcialidade não rima com justiçamento. Moro, juntamente com os procuradores da República e delegados da Polícia Federal, tem em mente outra coisa.

Para eles, conter a roubalheira generalizada não é o mais importante. Estão obsessivamente na missão de destruir Lula e o PT. Isto é o que os “Senhores da Casa Grande” desejam que eles façam. E isso é o que eles tentam fazer.

A presença de 30 mil ou 60 mil pessoas não nas cercanias do Fórum Federal onde Moro despacha, mas na capital paranaense, não servirá apenas para proteger o ex-presidente de um justiçamento. Ela mostrará ao resto do País que ele não está só nesta empreitada. Antes mesmo de se encontrarem em Curitiba já estão escancarando para todos os demais brasileiros que Lula é vítima de arbitrariedades incontáveis. Desgraçadamente, a injustiça terá tudo para prevalecer neste caso.

Se esta Nação se defrontar com uma muito provável convulsão social é bom não se esquecer de incluir os nomes de Sérgio Moro e Diele Zydek no rol daqueles que contribuíram sobremaneira para construir o caos. Na história aparecerão sempre ao lado dos golpistas e arrivistas que tanto se esforçaram pelo retrocesso moral deste País.

(*) Arnaldo César é jornalistas e colaborador do Blog.

5 Comentários

  1. Marcos disse:

    Quero melhoras, precisamos, não aguento mais. Não me conformo do nosso país ser assim.

  2. Beatriz disse:

    Brasil, país da vergonha. Temos que mudar isso.

  3. Lucia disse:

    Esse nosso Brasil, nossa justiça está ficando cada vez mais complicado, mas nem tudo ainda está perdido, mas o povo precisa agir com inteligência e não com interesse, é o que penso.

  4. Dilma Coelho disse:

    Não é preciso ser psicólogo ou psiquiatra para perceber que essa criatura zydec tem traços de desequilibrada. TOC ou psicopatia. Ela desconhece o que seja a função de um juiz. Uniu-se a outro desequilibrado, que também desconhece o seu papel. Dois golpistas safados e bandidos.
    LULA 2018 !!! DIRETAS JÁ!!!

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